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Decreto Estadual de São Paulo nº 47.698 de 10 de março de 2003

Publicado por Governo do Estado de São Paulo


Capítulo I

Disposições Preliminares

Art. 1º

Fica criada, na Secretaria da Administração Penitenciária, diretamente subordinada ao Coordenador da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Noroeste do Estado, a Penitenciária de Avanhandava.

Parágrafo único

- A unidade de que trata este artigo tem nível de Departamento Técnico.

Art. 2º

A Penitenciária de Avanhandava é estabelecimento penal de segurança máxima destinado ao cumprimento de penas privativas de liberdade, em regime fechado, por presos do sexo masculino.

Capítulo II

Da Estrutura

Art. 3º

A Penitenciária de Avanhandava tem a seguinte estrutura:

I

Assistência Técnica;

II

Comissão Técnica de Classificação;

III

Centro de Reabilitação, com:

a

Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação;

b

Núcleo de Educação;

c

Equipe de Atividades Gerais;

IV

Centro de Atendimento de Saúde;

V

Centro de Segurança e Disciplina, com:

a

Equipe de Vigilância;

b

Equipe de Portaria;

c

Equipe de Controle;

d

Equipe Auxiliar de Segurança;

VI

Centro de Qualificação Profissional e Produção, com:

a

Núcleo de Oficinas;

b

Equipe de Aprovisionamento;

c

Equipe de Conservação;

VII

Centro Administrativo, com:

a

Núcleo de Finanças e Suprimentos;

b

Núcleo de Pessoal;

c

Núcleo de Infra-Estrutura;

d

Equipe de Contas Bancárias dos Presos;

VIII

Núcleo de Prontuários Penitenciários;

IX

Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária, com Equipe de Escolta e Vigilância.

§ 1º

A Equipe de Vigilância e a Equipe de Escolta e Vigilância funcionarão, cada uma, em 4 (quatro) turnos.

§ 2º

A Equipe de Portaria funcionará em 2 (dois) turnos.

§ 3º

Os Centros de que trata este artigo, exceto o Centro Administrativo, têm, cada um, uma Célula de Apoio Administrativo, assim como a Comissão Técnica de Classificação.

Art. 4º

A Assistência Técnica e as Células de Apoio Administrativo não se caracterizam como unidades administrativas.

Capítulo III

Dos Níveis Hierárquicos

Art. 5º

As unidades da Penitenciária de Avanhandava têm os seguintes níveis hierárquicos:

I

de Divisão Técnica, o Centro de Reabilitação;

II

de Divisão Técnica de Saúde, o Centro de Atendimento de Saúde;

III

de Divisão:

a

o Centro de Segurança e Disciplina;

b

o Centro de Qualificação Profissional e Produção;

c

o Centro Administrativo;

IV

de Serviço Técnico:

a

o Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação;

b

o Núcleo de Educação;

V

de Serviço:

a

o Núcleo de Oficinas;

b

o Núcleo de Finanças e Suprimentos;

c

o Núcleo de Pessoal;

d

o Núcleo de Infra-Estrutura;

e

o Núcleo de Prontuários Penitenciários;

f

o Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária;

VI

de Seção:

a

a Equipe de Atividades Gerais;

b

a Equipe de Vigilância;

c

a Equipe de Portaria;

d

a Equipe de Controle;

e

a Equipe Auxiliar de Segurança;

f

a Equipe de Aprovisionamento;

g

a Equipe de Conservação;

h

a Equipe de Contas Bancárias dos Presos;

i

a Equipe de Escolta e Vigilância.

Capítulo IV

Dos Órgãos dos Sistemas de Administração Geral

Art. 6º

O Núcleo de Pessoal é órgão subsetorial do Sistema de Administração de Pessoal.

Art. 7º

O Núcleo de Finanças e Suprimentos é órgão subsetorial dos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária.

Art. 8º

O Núcleo de Infra-Estrutura é órgão subsetorial do Sistema de Administração dos Transportes Internos Motorizados e funcionará, também, como órgão detentor.

Capítulo V

Das Atribuições

Seção I

Da Assistência Técnica

Art. 9º

A Assistência Técnica tem as seguintes atribuições:

I

assistir o Diretor no desempenho de suas funções;

II

analisar processos, realizar estudos e desenvolver atividades que se caracterizem como apoio técnico e administrativo à execução, controle e avaliação das atividades do Estabelecimento Penitenciário;

III

acompanhar e avaliar as atividades da unidade prisional;

IV

verificar a regularidade das atividades técnicas e administrativas da unidade prisional;

V

manter contatos com dirigentes da Fundação "Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel" - FUNAP, objetivando a integração para a atuação da Fundação no Estabelecimento Penitenciário;

VI

efetuar contatos com gerentes de estabelecimentos bancários oficiais com objetivo de manter abertas contas correntes dos presos;

VII

efetuar estudos e propor atualizações tecnológicas para a melhoria das atividades de informática;

VIII

identificar as falhas e quebras dos equipamentos de informática e providenciar sua manutenção;

IX

elaborar planos e programação de manutenção preventiva e corretiva nos microcomputadores;

X

avaliar o desempenho dos equipamentos e o teleprocessamento;

XI

apurar as irregularidades funcionais, através de sindicância administrativa e procedimento disciplinar dos custodiados.

Seção II

Do Centro de Reabilitação

Art. 10

O Centro de Reabilitação tem por atribuição proporcionar o desenvolvimento social e humano dos presos, visando a reintegração na sociedade em liberdade.

Art. 11

O Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação tem as seguintes atribuições:

I

elaborar diagnósticos dos aspectos sócio-econômicos dos presos;

II

avaliar, psicologicamente, os presos nas áreas de desenvolvimento geral, intelectual e emocional;

III

proceder ao diagnóstico dos presos e recomendar indicações psicológicas, psicofísicas e psicossociais, a partir da avaliação inicial;

IV

opinar sobre a designação ou o remanejamento dos presos nos pavilhões e nas unidades do Estabelecimento;

V

opinar sobre promoções ao terceiro estágio da pena;

VI

registrar informações relacionadas com os presos, de forma a compor o seu prontuário criminológico;

VII

executar programas de preparação para a liberdade;

VIII

propiciar aos presos conhecimentos e habilidades necessários à sua integração na comunidade;

IX

organizar cursos regulares ou intensivos de comportamento social;

X

proporcionar meios de integração entre os presos e a comunidade em geral;

XI

desenvolver programas de valorização humana;

XII

estudar e propor soluções para problemas da terapêutica penitenciária;

XIII

planejar e organizar projetos de trabalho para presos com problemas especiais, supervisionando ou ensinando-lhes, diretamente se for o caso, atividades prescritas para seu tratamento;

XIV

prestar orientação religiosa aos presos;

XV

colaborar, se for o caso, na elaboração das perícias criminológicas;

XVI

colaborar na seleção de livros e filmes destinados aos presos;

XVII

manter intercâmbio de informações e experiências com a unidade de Reabilitação Social Penitenciário, propondo as medidas necessárias à aproximação entre os presos e suas famílias;

XVIII

participar da programação das atividades de atendimento aos presos;

XIX

verificar a inadequabilidade de comportamento dos servidores que tratam diretamente com os presos, propondo as medidas que julgar necessárias;

XX

identificar as necessidades de treinamento para os servidores do Estabelecimento que tratam diretamente com os presos;

XXI

apresentar recomendações a respeito da atuação das demais unidades de atendimento aos presos, em relação a casos específicos ou a problemas de caráter geral;

XXII

acompanhar, permanentemente, o comportamento e as atividades dos presos, prestando-lhes assistência na solução de seus problemas.

Art. 12

O Núcleo de Educação tem as seguintes atribuições:

I

proporcionar aos presos a formação educacional necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades;

II

elaborar o horário de aulas e distribuir os presos por turmas e classes, observadas as normas didático-pedagógicas;

III

manter atualizados os diários de classes;

IV

avaliar o aproveitamento escolar dos alunos, de acordo com as normas de ensino;

V

acompanhar as atividades desenvolvidas pelos alunos;

VI

acompanhar o desenvolvimento das atividades docentes;

VII

elaborar e executar programas esportivos e de recreação, que visem a recuperação, o desenvolvimento e a manutenção das condições físicas dos detentos;

VIII

organizar visitas e excursões, observada a legislação pertinente;

IX

orientar a realização de espetáculos teatrais e de outras atividades culturais;

X

elaborar programas de solenidades, comemorações de caráter cívico e de festividades escolares, com a participação de elementos da comunidade;

XI

planejar e coordenar os trabalhos de encerramento dos períodos letivos;

XII

avaliar a execução do planejamento elaborado e sugerir a estruturação de novos cursos ou a alteração dos existentes;

XIII

executar, em conjunto com a unidade de qualificação profissional e produção, os programas de ensino supletivo;

XIV

assegurar, em colaboração com a unidade de qualificação profissional e produção, a eficiência do processo ensino-aprendizagem;

XV

orientar cursos por correspondência;

XVI

identificar, nos presos, necessidades e carências de ordem física e psicológica, encaminhando-os às unidades especializadas;

XVII

opinar sobre a oportunidade e necessidade de aquisição de equipamentos relacionados ao desenvolvimento das atividades didáticas;

XVIII

receber, registrar, classificar e catalogar livros, periódicos, documentos técnicos e legislação;

XIX

manter serviços de consultas e empréstimos;

XX

orientar os interessados nas consultas e pesquisas bibliográficas;

XXI

incentivar a criação de hábitos de leitura entre os presos e os servidores do Estabelecimento;

XXII

organizar e conservar atualizados os catálogos necessários aos serviços;

XXIII

manter intercâmbio com bibliotecas e centros de documentação;

XXIV

encaminhar, para publicação, os trabalhos elaborados pelos presos;

XXV

zelar pela guarda e conservação do acervo da unidade;

XXVI

sugerir a aquisição de livros e periódicos destinados aos presos.

Art. 13

A Equipe de Atividades Gerais tem as seguintes atribuições:

I

organizar e manter atualizados os prontuários criminológicos dos presos, de maneira a permitir o acompanhamento da evolução do tratamento;

II

juntar aos prontuários, documentos que lhe forem encaminhados para esse fim, pela unidade de Reabilitação;

III

providenciar a preparação de Carteiras de Identidade, de Trabalho e outros documentos necessários aos presos, por ocasião de sua liberdade;

IV

organizar os processos de matrículas, conferindo a documentação que deva instruí-los;

V

manter registros individuais sobre a vida escolar dos alunos;

VI

providenciar a expedição de diplomas ou certificados;

VII

proceder à verificação da frequência dos alunos;

VIII

providenciar o material escolar necessário e auxiliar os alunos nos trabalhos escolares, quando solicitado;

IX

providenciar a manutenção das salas de aula;

X

zelar pelo material e equipamento de ensino.

Seção III

Do Centro de Atendimento de Saúde

Art. 14

O Centro de Atendimento de Saúde tem as seguintes atribuições:

I

proporcionar assistência médica e ambulatorial aos presos;

II

realizar diagnósticos e exames clínicos, prescrevendo e acompanhando o tratamento;

III

prescrever as dietas alimentares;

IV

providenciar a internação de pacientes;

V

realizar o diagnóstico e o tratamento de afecções buco-maxilo-faciais;

VI

promover a higiene buco-dentária;

VII

realizar tratamento protético;

VIII

fornecer relatórios médicos;

IX

classificar doenças, causas de mortes e outros dados;

X

elaborar e distribuir relatórios diários de ocorrências;

XI

desenvolver programas de medicina preventiva e educação sanitária;

XII

zelar pela higiene e salubridade do Estabelecimento, fiscalizando, permanentemente, suas dependências e elaborando relatórios periódicos a respeito;

XIII

desenvolver trabalhos de vigilância epidemiológica;

XIV

promover a adoção de medidas de prevenção de infecções;

XV

prescrever a vacinação dos servidores e dos presos;

XVI

orientar ou realizar a coleta de material para exames;

XVII

receber material para exames;

XVIII

expedir os resultados dos exames realizados;

XIX

aviar as receitas prescritas pelos médicos;

XX

providenciar, quando for o caso, radiografias e interpretar seus resultados;

XXI

observar as instruções técnicas baixadas para uso da aparelhagem radiológica.

Art. 15

A Célula de Apoio Administrativo do Centro de Atendimento de Saúde, além de outras constantes do artigo 34 deste decreto, tem, ainda, as seguintes atribuições:

I

matricular e encaminhar pacientes para atendimento médico-hospitalar;

II

controlar e marcar consultas médicas e odontológicas;

III

atualizar os dados de identificação nas fichas de matrícula;

IV

controlar os prontuários e zelar pela sua conservação;

V

manter e controlar os estoques de medicamentos, de acordo com as normas vigentes;

VI

observar e controlar os prazos de validade constantes nas embalagens dos medicamentos;

VII

controlar requisições de medicamentos em geral, principalmente entorpecentes, psicotrópicos e outros medicamentos sob regime de controle;

VIII

manter o corpo clínico sempre atualizado sobre os medicamentos disponíveis.

Seção IV

Do Centro de Segurança e Disciplina

Art. 16

Ao Centro de Segurança e Disciplina cabe desenvolver os serviços de recepção, controle, segurança e disciplina.

Art. 17

A Equipe de Vigilância tem as seguintes atribuições:

I

em relação às atividades gerais da unidade:

a

manter a ordem, segurança e disciplina;

b

preparar o boletim de ocorrências diárias;

c

elaborar quadros demonstrativos relacionados com as atividades da unidade;

II

em relação aos presos:

a

zelar pelo regime disciplinar;

b

zelar por sua higiene pessoal e dos locais a eles destinados;

c

fiscalizar a distribuição da alimentação;

d

fiscalizar as visitas;

e

executar sua movimentação, comunicando à unidade de Controle as alterações ocorridas;

f

escoltar os presos em trânsito interno;

g

conferir, diariamente, e manter atualizado o quadro da população carcerária;

h

providenciar o encaminhamento, ao Núcleo de Prontuários Penitenciários, dos documentos relacionados com a situação processual dos presos;

III

em relação à segurança do estabelecimento:

a

inspecionar, diariamente, suas condições;

b

operar e controlar os serviços de telefonia, alarme, televisão e som.

Art. 18

A Equipe de Portaria tem as seguintes atribuições:

I

atender ao público em geral;

II

realizar revistas na portaria, à entrada e saída de presos, veículos e volumes, bem como de servidores e visitas;

III

recepcionar os que se dirigem ao Estabelecimento, inclusive presos, acompanhando-os às unidades a que se destinam;

IV

anotar as ocorrências de entradas e saídas do Estabelecimento;

V

receber e encaminhar, à Equipe de Controle, os objetos destinados aos presos;

VI

receber a correspondência dos servidores e dos presos;

VII

encaminhar a correspondência dos presos ao Núcleo de Prontuários Penitenciários;

VIII

distribuir a correspondência dos servidores;

IX

manter registro de identificação de servidores do Estabelecimento e das pessoas autorizadas a visitar os presos;

X

administrar a rouparia dos agentes de segurança penitenciária e mestres de ofício.

Art. 19

A Equipe de Controle tem as seguintes atribuições:

I

receber e conferir documentos referentes à internação de presos;

II

registrar e distribuir os objetos destinados aos presos;

III

providenciar a identificação datiloscópica e fotográfica dos presos e elaborar os respectivos documentos de identificação;

IV

encaminhar os novos presos para as unidades envolvidas no processo de internação;

V

comunicar, aos órgãos interessados, as internações dos presos;

VI

administrar a rouparia dos presos;

VII

organizar e manter atualizado o cadastro dos presos;

VIII

registrar e fornecer informações relativas à população de presos e sua movimentação;

IX

elaborar e manter atualizados os quadros demonstrativos do movimento carcerário;

X

receber, guardar e devolver, nos casos de liberdade, os pertences dos presos;

XI

receber e encaminhar à unidade de contas bancárias o dinheiro trazido pelo preso quando de sua entrada.

Art. 20

A Equipe Auxiliar de Segurança tem as seguintes atribuições:

I

efetuar a conservação de instalações, aparelhos, máquinas e equipamentos elétricos em geral;

II

conservar os sistemas de fornecimento de energia elétrica em regime de emergência;

III

zelar pelo uso adequado e conservação dos elevadores;

IV

efetuar a conservação do sistema de comunicações;

V

em relação à hidráulica, conservar as instalações;

VI

em relação à oficina de chaves, providenciar a confecção de chaves e a instalação ou substituição de fechaduras.

Seção V

Do Centro de Qualificação Profissional e Produção

Art. 21

Ao Centro de Qualificação Profissional e Produção cabe:

I

desenvolver, mediante o aproveitamento de trabalho dos presos, as atividades de produção e manutenção do Estabelecimento;

II

desenvolver as atividades de ensino profissionalizante aos presos, em complementação às atividades desenvolvidas pela unidade de Educação.

Art. 22

As unidades do Centro de Qualificação Profissional e Produção têm as seguintes atribuições comuns:

I

em relação aos presos:

a

orientar e acompanhar o desenvolvimento profissional;

b

controlar a freqüência e o rendimento em cada área de trabalho;

c

avaliar o aproveitamento para efeito de promoção na escala de categorias profissionais;

d

executar programas instrutivos de prevenção de acidentes de trabalho;

II

em relação à produção:

a

programar o trabalho;

b

sugerir a implantação de novos processos de produção;

c

contribuir para o aperfeiçoamento dos produtos;

d

controlar a quantidade e a qualidade dos produtos;

e

organizar o mostruário dos produtos;

f

encaminhar o produto acabado para o Núcleo de Finanças e Suprimentos;

g

propor a alienação de produtos considerados excedentes;

III

em relação aos equipamentos e matéria-prima de trabalho:

a

programar a utilização da maquinaria, ferramental, matéria-prima e demais componentes exigidos para os trabalhos da unidade, informando ao Núcleo de Finanças e Suprimentos suas necessidades;

b

distribuir, recolher e conferir as ferramentas de trabalho;

c

promover a guarda do material de uso específico da unidade, bem como controlar seu consumo;

d

verificar o estado de conservação das máquinas e ferramentas, providenciando a reposição de peças e os consertos necessários;

e

zelar pela correta utilização de equipamentos e materiais.

Art. 23

O Núcleo de Oficinas tem as seguintes atribuições:

I

desenvolver trabalhos de natureza industrial ou artesanal, que resultem na produção ou manutenção de bens em geral, para consumo interno ou de terceiros;

II

produzir bens em escala industrial.

Art. 24

A Equipe de Aprovisionamento tem as seguintes atribuições:

I

em relação à lavanderia:

a

receber e registrar roupas, lavar e passar;

b

revisar, periodicamente, o estado das roupas sob sua guarda, procedendo aos consertos, quando necessário;

II

em relação à copa e cozinha:

a

executar os serviços de copa;

b

elaborar os cardápios;

c

preparar as refeições, submetendo-as à aprovação do Diretor do Estabelecimento ou de quem for por este designado;

d

zelar pela correta utilização dos mantimentos, aparelhos e utensílios;

e

executar os serviços de limpeza dos aparelhos, utensílios, bem como dos locais de trabalho;

f

elaborar os expedientes relativos a requisição de mantimentos e outras provisões.

Art. 25

A Equipe de Conservação tem as seguintes atribuições:

I

em relação às atividades gerais, verificar o estado dos prédios, das instalações, dos móveis, dos objetos, bem como dos equipamentos e dos aparelhos, tomando as providências necessárias para sua conservação ou preservação;

II

em relação à pintura, executar serviços de pintura externa e interna dos edifícios e suas instalações;

III

em relação à alvenaria:

a

executar os serviços de alvenaria, revestimentos e coberturas;

b

conservar passeios, guias, cercas, muros e similares;

IV

em relação à limpeza interna:

a

executar, diariamente, os serviços de limpeza e arrumação das dependências;

b

zelar pela correta utilização de equipamentos e materiais de limpeza;

c

promover a guarda do material de limpeza e controlar seu consumo.

Seção VI

Do Centro Administrativo

Art. 26

O Centro Administrativo tem por atribuição prestar serviços às unidades do Estabelecimento nas áreas de finanças e orçamento, material e patrimônio, pessoal, transportes e comunicações administrativas.

Art. 27

O Núcleo de Finanças e Suprimentos tem as seguintes atribuições:

I

em relação aos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária, as previstas no artigo 10 do Decreto-Lei nº 233, de 28 de abril de 1970;

II

em relação às compras:

a

organizar e manter atualizado o cadastro de fornecedores de materiais e serviços;

b

colher informações de outros órgãos sobre a idoneidade das empresas, para fins de cadastramento;

c

preparar expedientes referentes à aquisição de material ou à prestação de serviços;

d

analisar as propostas de fornecimentos e as de prestação de serviços;

e

elaborar contratos relativos às compras de materiais ou à prestação de serviços;

III

em relação ao almoxarifado:

a

analisar a composição dos estoques, com o objetivo de verificar sua correspondência às necessidades efetivas;

b

fixar níveis de estoque mínimo, máximo e ponto de pedido de materiais;

c

elaborar pedidos de compra para formação ou reposição de estoques;

d

controlar o atendimento, pelos fornecedores, das encomendas efetuadas, comunicando ao órgão responsável pela aquisição e ao órgão requisitante, os atrasos e outras irregularidades cometidas;

e

receber, conferir, guardar e distribuir, mediante requisição, os materiais adquiridos;

f

controlar o estoque e a distribuição do material armazenado;

g

manter atualizados os registros de entrada e saída e de valores dos materiais em estoque;

h

realizar balancetes mensais e inventários, físicos e de valor, do material estocado;

i

elaborar levantamento estatístico de consumo anual, para orientar a elaboração do Orçamento-Programa;

j

elaborar relação de materiais considerados, de acordo com a legislação específica, excedentes ou em desuso;

l

receber, conferir e guardar os produtos encaminhados pelo Centro de Qualificação Profissional e Produção;

m

atender às requisições de produtos, quando autorizadas;

n

manter atualizados os registros de entrada e saída de produtos;

o

zelar pela conservação dos produtos em estoque.

Art. 28

O Núcleo de Pessoal tem as atribuições previstas nos artigos 11 a 16 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998.

Art. 29

O Núcleo de Infra-Estrutura tem as seguintes atribuições:

I

em relação ao protocolo:

a

receber, registrar, classificar, autuar, controlar a distribuição e expedir papéis e processos;

b

receber e expedir malotes, correspondência externa e volumes em geral;

c

informar sobre a localização de papéis e processos;

II

em relação ao arquivo:

a

arquivar papéis e processos;

b

preparar certidões de papéis e processos;

III

em relação ao Sistema de Administração dos Transportes Internos Motorizados, as previstas nos artigos 8º e 9º do Decreto nº 9.543, de 1º de março 1977;

IV

em relação à administração patrimonial:

a

cadastrar e chapear o material permanente e os equipamentos recebidos;

b

manter intercâmbio dos bens móveis, controlando a sua movimentação;

c

verificar, periodicamente, o estado dos bens móveis, imóveis e equipamentos, adotando as providências para sua manutenção, substituição ou baixa patrimonial;

d

providenciar o seguro dos bens móveis e imóveis e promover outras medidas administrativas necessárias à defesa dos bens patrimoniais;

e

providenciar e controlar as locações de imóveis, autorizadas, e mantê-las sob seu controle;

f

proceder, periodicamente, ao inventário de todos os bens móveis constantes do cadastro;

g

providenciar o arrolamento de bens inservíveis, observando a legislação específica.

Art. 30

A Equipe de Contas Bancárias dos Presos tem as seguintes atribuições:

I

manter o controle do numerário pertencente aos presos, bem como do seu pecúlio;

II

providenciar o depósito, em caderneta de poupança de estabelecimento bancário oficial, de preferência do Estado de São Paulo, de dinheiro trazido pelo preso quando de sua entrada e do saldo de sua remuneração.

Seção VII

Do Núcleo de Prontuários Penitenciários

Art. 31

O Núcleo de Prontuários Penitenciários tem as seguintes atribuições:

I

receber, registrar, distribuir e expedir papéis e processos;

II

preparar o expediente do Diretor e da Assistência Técnica;

III

executar e conferir os serviços de datilografia e digitação e manter o arquivo de cópias;

IV

organizar e manter atualizados os prontuários penitenciários dos presos;

V

providenciar para que constem dos prontuários todos os elementos que contribuam para o estudo da situação processual do preso;

VI

verificar a compatibilidade dos alvarás de soltura com os elementos constantes do prontuário penitenciário;

VII

fornecer, mediante autorização do Diretor do Estabelecimento, informações e certidões relativas à situação processual dos presos;

VIII

prestar ou solicitar informações, quando for o caso, à unidade incumbida de manter os prontuários criminológicos;

IX

manter a guarda e conservar os prontuários penitenciários e os Cartões de Identificação;

X

encaminhar os prontuários encerrados à unidade de controle da execução penal, para arquivamento;

XI

examinar e providenciar a distribuição da correspondência aos presos;

XII

examinar e expedir a correspondência escrita pelos presos;

XIII

verificar a autenticidade dos documentos a serem inseridos nos prontuários penitenciários;

XIV

providenciar o encaminhamento dos prontuários dos presos, quando de sua movimentação para outro estabelecimento penal.

Seção VIII

Do Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária

Art. 32

Ao Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária cabe o planejamento, a execução e a fiscalização das atividades de:

I

escolta e custódia de presos em movimentações externas;

II

guarda e vigilância das muralhas, alambrados e guaritas.

Art. 33

A Equipe de Escolta e Vigilância tem as seguintes atribuições:

I

exercer a escolta armada, vigilância e proteção dos presos, quando em trânsito e movimentação externa;

II

exercer a vigilância armada nas muralhas, alambrados e guaritas da unidade prisional;

III

elaborar boletins relatando as ocorrências diárias;

IV

zelar pela higiene e segurança dos locais onde desenvolvem suas atividades;

V

adotar todas as medidas de segurança necessárias ao bom funcionamento da unidade;

VI

vedar a entrada de pessoas estranhas à unidade;

VII

efetuar a revista dos presos quando for escoltá-los.

Seção IX

Das Células de Apoio Administrativo

Art. 34

As Células de Apoio Administrativo têm as seguintes atribuições:

I

preparar o expediente das respectivas unidades;

II

receber, registrar, distribuir e expedir papéis e processos;

III

manter registros sobre a freqüência e as férias dos servidores;

IV

preparar escalas de serviço;

V

estimar a necessidade de material permanente;

VI

manter registro do material permanente e comunicar à unidade competente a sua movimentação;

VII

desenvolver outras atividades características de apoio administrativo.

Seção X

Das Atribuições Comuns

Art. 35

São atribuições comuns a todas unidades:

I

colaborar com outras unidades do Estabelecimento na elaboração de projetos, atividades e trabalhos que visem os presos;

II

prestar informações relativas à sua área de atividade, desde que com autorização superior;

III

solicitar a colaboração de outras unidades do Estabelecimento para solução de problemas de relacionamento com os presos;

IV

elaborar relatórios mensais de atividades com dados qualitativos e quantitativos referentes à sua área;

V

notificar à unidade de Segurança e Disciplina os casos de indisciplina;

VI

coordenar, orientar e controlar o trabalho dos estagiários e voluntários;

VII

fiscalizar os serviços prestados por terceiros e, quando o contrato estiver sob sua responsabilidade, atestar sua qualidade e execução.

Capítulo VI

Das Competências

Seção I

Do Diretor da Penitenciária de Avanhandava

Art. 36

Ao Diretor da Penitenciária de Avanhandava, em sua área de atuação, compete:

I

em relação às atividades do Sistema Penitenciário:

a

dar cumprimento às determinações judiciais;

b

prestar, por intermédio do Coordenador, as informações que lhe forem solicitadas pelos Juízes, pelos Tribunais, pelo Conselho Penitenciário e por entidades públicas ou particulares;

c

zelar pela integridade física e moral dos presos;

d

assegurar alfabetização e trabalho para todos;

e

manter contato permanente com os presos, ouvir suas reclamações e pedidos, e encaminhá-los para solução;

f

autorizar os pedidos de liberação de parte do pecúlio;

g

encaminhar, à unidade de Controle e Execução Penal, para apreciação do Conselho Penitenciário, os recursos dos presos, acompanhados dos respectivos prontuários;

h

assinar certidões e autorizar o fornecimento de informações, relativas à situação processual dos presos;

i

solicitar a expedição de certidões ou cópias de peças processuais, para formação dos prontuários penitenciários e instrução de petições;

j

assinar o documento de identidade dos presos;

l

autorizar o remanejamento dos presos nas áreas do Estabelecimento Penitenciário;

m

determinar, quando for o caso, a realização de exames de sanidade mental do preso;

n

aplicar penalidades disciplinares aos presos, dentro de sua competência regimental;

o

instaurar sindicância;

p

zelar pela qualidade da alimentação dos presos;

q

autorizar visitas individuais ao Estabelecimento;

r

expedir atestado de boa conduta a egresso do Estabelecimento, observada a legislação pertinente;

s

decidir sobre a utilização dos pavilhões do Estabelecimento;

t

orientar a ordem e a segurança interna e externa do Estabelecimento;

u

fixar, por proposta da unidade de qualificação profissional e produção, os preços dos produtos, quando for o caso;

v

organizar a escala de plantões das respectivas diretorias;

II

em relação às atividades gerais:

a

solicitar informações a outros órgãos da Administração Pública;

b

decidir sobre os pedidos de certidões e "vista" de processos;

c

promover ações para manutenção dos sistemas de tratamento de esgotos da unidade;

III

em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, exercer as competências previstas nos artigos 27 e 29 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998, com a alteração introduzida pelo Decreto nº 43.881, de 9 de março de 1999;

IV

em relação aos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária, na qualidade de dirigente de unidade de despesa, exercer as competências previstas no artigo 14 do Decreto-Lei nº 233, de 28 de abril de 1970;

V

em relação à administração de material e patrimônio:

a

assinar editais de concorrência;

b

exercer as competências previstas nos artigos 1º e 2º do Decreto nº 31.138, de 9 de janeiro de 1990, alterados pelo Decreto nº 33.701, de 22 de agosto de 1991, exceto quanto a licitação na modalidade de concorrência;

c

autorizar, por ato específico, as autoridades que lhe são subordinadas a requisitar transportes de material por conta do Estado;

VI

em relação ao Sistema de Administração dos Transportes Internos Motorizados, na qualidade de dirigente de subfrota, exercer as competências previstas no artigo 18 do Decreto nº 9.543, de 1º de março de 1977.

Seção II

Dos Diretores dos Centros e dos Núcleos

Art. 37

Ao Diretor do Centro de Atendimento de Saúde, em sua área de atuação, compete:

I

elaborar a escala de plantão do pessoal da unidade;

II

manter intercâmbio com serviços médicos externos;

III

discutir, periodicamente, com os profissionais envolvidos, os casos examinados, para orientação diagnóstica e terapêutica, e propor a revisão de casos em tratamento para as necessárias modificações de conduta;

IV

orientar e fiscalizar a documentação clínica dos pacientes.

Art. 38

Ao Diretor do Centro de Segurança e Disciplina, em sua área de atuação, compete:

I

elaborar a escala de serviço do pessoal civil de vigilância;

II

informar, diariamente, ao diretor do Estabelecimento as alterações na população de presos e sua movimentação;

III

manifestar-se, quando for o caso, sobre a seleção, orientação e indicação do trabalho dos presos, bem como sobre a elaboração da escala de serviço dos mesmos;

IV

autorizar visitas aos presos, assinando a respectiva ficha de identificação;

V

sindicar as faltas disciplinares dos presos;

VI

aplicar penalidades disciplinares aos presos, dentro de sua competência regimental.

Art. 39

Ao Diretor do Centro de Qualificação Profissional e Produção, em sua área de atuação, compete:

I

propor à unidade de Reabilitação as transferências de serviço dos sentenciados;

II

indicar à unidade de Reabilitação os casos de sentenciados inadaptados ao trabalho;

III

enviar ao diretor do Estabelecimento relatório mensal do aproveitamento dos sentenciados.

Art. 40

Ao Diretor do Centro Administrativo, em sua área de atuação, compete:

I

visar extratos para publicação no Diário Oficial;

II

assinar certidões relativas a papéis e processos arquivados.

Art. 41

Ao Diretor do Núcleo de Educação, em sua área de atuação, compete assinar diplomas, certificados e atestados relativos à vida escolar dos alunos.

Art. 42

Ao Diretor do Núcleo de Finanças e Suprimentos, em sua área de atuação, compete:

I

em relação aos Sistemas de Administração Financeira e Orçamentária, exercer as competências previstas nos artigos 15 e 17 do Decreto-Lei nº 233, de 28 de abril de 1970;

II

em relação à administração de material:

a

aprovar a relação de materiais a serem mantidos em estoque e a de materiais a serem adquiridos;

b

assinar convites e editais de tomada de preços.

Art. 43

O Diretor do Núcleo de Pessoal, na qualidade de dirigente de órgão subsetorial do Sistema de Administração de Pessoal, tem as competências previstas no artigo 33 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998.

Art. 44

O Diretor do Núcleo de Infra-Estrutura, em sua área de atuação, compete:

I

na qualidade de dirigente de órgão detentor, exercer as competências previstas no artigo 20 do Decreto nº 9.543, de 1º de março de 1977;

II

autorizar a baixa de bens móveis no patrimônio.

Art. 45

Ao Diretor do Núcleo de Prontuários Penitenciários, em sua área de atuação, compete informar ao Diretor do Estabelecimento as incompatibilidades existentes entre os elementos constantes dos alvarás de soltura e dos prontuários penitenciários.

Art. 46

Ao Diretor do Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária, em sua área de atuação, compete:

I

zelar pela guarda, conservação e manutenção do armamento e munição utilizados na unidade;

II

elaborar as escalas de serviços dos servidores;

III

supervisionar a vigilância e escolta;

IV

zelar pela guarda, manutenção e limpeza das viaturas sob sua responsabilidade;

V

adotar medidas relativas a fiscalização, intensificando a segurança do servidor na muralha;

VI

zelar pelo condicionamento físico dos servidores, realizando testes de avaliação e estabelecendo metas a serem atingidas;

VII

promover o treinamento e a avaliação de tiro, visando o preparo dos servidores.

Art. 47

Aos Diretores dos Centros e dos Núcleos, em suas respectivas áreas de atuação, compete, ainda, exercer as competências previstas no artigo 30 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998.

Seção III

Dos Chefes de Seção

Art. 48

Aos Chefes de Seção, responsáveis por unidades de nível equivalente, em suas respectivas áreas de atuação, compete:

I

orientar e acompanhar as atividades dos servidores subordinados;

II

exercer o previsto no artigo 31 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998.

Art. 49

Aos Chefes da Equipe de Escolta e Vigilância, em suas respectivas áreas de atuação, compete, ainda:

I

efetuar a ronda diurna e noturna nos postos de vigilância;

II

percorrer a área sob sua responsabilidade, atentando para eventuais anomalias;

III

efetuar a distribuição das tarefas de vigilância de muralhas, de alambrados e de guaritas, bem como de escolta armada externa dos presos;

IV

orientar os servidores sobre as medidas de precaução a serem adotadas no desenvolvimento das atividades;

V

supervisionar a revista dos presos;

VI

efetuar a distribuição dos postos de trabalho.

Seção IV

Das Competências Comuns

Art. 50

São competências comuns ao Diretor da Penitenciária de Avanhandava e aos demais dirigentes de unidades até o nível de Diretor de Serviço, em suas respectivas áreas de atuação:

I

manter seus superiores imediatos permanentemente informados sobre o andamento das atividades das unidades subordinadas;

II

avaliar o desempenho das unidades subordinadas e responder pelos resultados alcançados, bem como pela adequação dos custos dos trabalhos executados;

III

decidir sobre recursos interpostos contra despacho de autoridade imediatamente subordinada, desde que não esteja esgotada a instância administrativa;

IV

apresentar relatórios sobre os serviços executados pelas unidades administrativas subordinadas;

V

praticar todo e qualquer ato ou exercer quaisquer das atribuições ou competências das unidades ou servidores subordinados;

VI

avocar, de modo geral ou em casos especiais, as atribuições ou competências das unidades ou servidores subordinados;

VII

fazer executar a programação dos trabalhos nos prazos previstos;

VIII

em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, as previstas no artigo 34 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998;

IX

em relação à administração de material e patrimônio, autorizar a transferência de bens móveis entre as unidades administrativas subordinadas.

Art. 51

São competências comuns ao Diretor da Penitenciária de Avanhandava e aos demais responsáveis por unidades até o nível de Chefe de Seção, em suas respectivas áreas de atuação:

I

cumprir e fazer cumprir as leis, os decretos, os regulamentos, as decisões, os prazos para desenvolvimento dos trabalhos e as ordens das autoridades superiores;

II

transmitir a seus subordinados as diretrizes a serem adotadas no desenvolvimento dos trabalhos;

III

propor à autoridade superior o programa de trabalho e as alterações que se fizerem necessárias;

IV

opinar e propor medidas que visem ao aprimoramento de suas áreas;

V

manter a regularidade dos serviços, expedindo as necessárias determinações ou representando às autoridades superiores, conforme o caso;

VI

manter ambiente propício ao desenvolvimento dos trabalhos;

VII

providenciar a instrução de processos e expedientes que devam ser submetidos à consideração superior, manifestando-se, conclusivamente, a respeito da matéria;

VIII

indicar seu substituto, obedecidos os requisitos de qualificação inerentes ao cargo, função-atividade ou função de serviço público;

IX

em relação ao Sistema de Administração de Pessoal, as previstas no artigo 35 do Decreto nº 42.815, de 19 de janeiro de 1998;

X

em relação à administração de material, requisitar material permanente ou de consumo.

Art. 52

As competências previstas neste capítulo, sempre coincidentes, serão exercidas, de preferência, pelas autoridades de menor nível hierárquico.

Capítulo VII

Da Comissão Técnica de Classificação

Seção I

Da Composição

Art. 53

A Comissão Técnica de Classificação tem a seguinte composição:

I

o Diretor da Penitenciária de Avanhandava, que será o seu Presidente;

II

o Diretor do Centro de Reabilitação;

III

o Diretor do Centro de Segurança e Disciplina;

IV

o Diretor do Centro de Qualificação Profissional e Produção;

V

profissionais das áreas de Psiquiatria, Psicologia e Assistência Social.

Parágrafo único

- A Penitenciária de Avanhandava poderá ter tantas Comissões quantas forem necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos.

Seção II

Das Atribuições

Art. 54

A Comissão Técnica de Classificação tem as seguintes atribuições:

I

acompanhar a execução das penas privativas de liberdade;

II

efetuar a classificação dos sentenciados, quando de sua inclusão no Estabelecimento Penal;

III

elaborar, acompanhar e avaliar os programas individualizadores da execução da pena;

IV

incluir, depois de classificados, os sentenciados em programas individualizadores da execução da pena;

V

acompanhar o desenvolvimento dos sentenciados inclusos nos programas individualizadores da execução da pena;

VI

avaliar os sentenciados inclusos nos programas individualizadores da execução da pena, emitindo, ao final, pareceres;

VII

propor, às autoridades competentes, as progressões e regressões dos regimes, bem como as conversões de penas e regimes;

VIII

requisitar, sempre que necessário, informações sobre os sentenciados;

IX

proceder, quando julgar conveniente, diligências e exames;

X

acompanhar as penas privativas de direito.

Capítulo VIII

Do "Pro labore"

Seção I

Da Carreira de Agente de Segurança Penitenciária

Art. 55

Para efeito da atribuição da gratificação "pro labore", de que trata o artigo 4º da Lei Complementar nº 722, de 1º de julho de 1993, com as alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 843, de 31 de março de 1998, ficam caracterizadas como específicas da carreira de Agente de Segurança Penitenciária as funções a seguir discriminadas, na seguinte conformidade:

I

1 (uma) de Diretor de Divisão, destinada ao Centro de Segurança e Disciplina;

II

8 (oito) de Chefe de Seção, destinadas:

a

4 (quatro) à Equipe de Vigilância, sendo 1 (uma) para cada turno;

b

2 (duas) à Equipe de Portaria, sendo 1 (uma) para cada turno;

c

1 (uma) à Equipe de Controle;

d

1 (uma) à Equipe Auxiliar de Segurança.

Texto da Revogação

(*) Revogado pelo Decreto nº 49.642, de 1º de junho de 2005

Seção II

Da Classe de Médico

Art. 56

Para efeito da gratificação "pro labore", de que trata o artigo 11 da Lei Complementar nº 674, de 8 de abril de 1992, com as alterações introduzidas pela Lei Complementar nº 840, de 31 de dezembro de 1997, fica caracterizada, como específica de médico, 1 (uma) função de Diretor Técnico de Divisão de Saúde, destinada ao Centro de Atendimento de Saúde.

Parágrafo único

- Será exigida do servidor designado para a função retribuída mediante gratificação "pro labore", nos termos deste artigo, experiência profissional de, no mínimo, 3 (três) anos de atuação na área de saúde.

Texto da Revogação

(*) Revogado pelo Decreto nº 48.420, de 07 de janeiro de 2004

Seção III

Da Classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária

Art. 57

Para efeito da atribuição da gratificação "pro labore", de que trata o artigo 10 da Lei Complementar nº 898, de 13 de julho de 2001, ficam caracterizadas como específicas da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, as funções a seguir discriminadas, na seguinte conformidade:

I

1 (uma) de Diretor de Serviço, destinada ao Núcleo de Escolta e Vigilância Penitenciária;

II

4 (quatro) de Chefe de Seção, destinadas à Equipe de Escolta e Vigilância, sendo 1 (uma) para cada turno.

Seção IV

Da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968

Art. 58

Para efeito da gratificação "pro labore" de que trata o artigo 28 da Lei nº 10.168, de 10 de julho de 1968, ficam classificadas as funções de serviço público, a seguir discriminadas, na seguinte conformidade:

I

1 (uma) de Diretor Técnico de Departamento, destinada à Diretoria da Penitenciária de Avanhandava;

II

1 (uma) de Diretor Técnico de Divisão, destinada à Diretoria do Centro de Reabilitação;

III

2 (duas) de Diretor de Divisão, destinadas:

a

1 (uma) ao Centro de Qualificação Profissional e Produção;

b

1 (uma) ao Centro Administrativo;

IV

2 (duas) de Diretor Técnico de Serviço, destinadas:

a

1 (uma) ao Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação;

b

1 (uma) ao Núcleo de Educação;

V

5 (cinco) de Diretor de Serviço, destinadas:

a

1 (uma) ao Núcleo de Oficinas;

b

1(uma) ao Núcleo de Finanças e Suprimentos;

c

1 (uma) ao Núcleo de Pessoal;

d

1 (uma) ao Núcleo de Infra-Estrutura;

e

1(uma) ao Núcleo de Prontuários Penitenciários;

VI

4 (quatro) de Chefe de Seção, destinadas:

a

1 (uma) à Equipe de Atividades Gerais;

b

1 (uma) à Equipe de Aprovisionamento;

c

1(uma) à Equipe de Conservação;

d

1 (uma) à Equipe de Contas Bancárias dos Presos.

Parágrafo único

- Serão exigidos dos servidores designados para as funções retribuídas mediante "pro labore", nos termos deste artigo, os seguintes requisitos de escolaridade ou habilitação legal e de experiência profissional: 1. para Diretor Técnico de Departamento, diploma de nível superior ou habilitação legal correspondente nas áreas de Direito, Psicologia, Ciências Sociais, Pedagogia ou Serviço Social e experiência de, no mínimo, 4 (quatro) anos de atuação profissional ou na área penitenciária; 2. para Diretor Técnico de Divisão, diploma de nível superior ou habilitação legal correspondente e experiência de, no mínimo, 4 (quatro) anos de atuação profissional ou na área penitenciária; 3. para Diretor Técnico de Serviço, diploma de nível superior ou habilitação legal correspondente e experiência de, no mínimo, 3 (três) anos de atuação profissional ou na área penitenciária; 4. para Diretor de Divisão e de Serviço, certificado de conclusão do ensino médio ou equivalente e experiência de, no mínimo, 2 (dois) anos de atuação na respectiva área; 5. para Chefe de Seção, certificado de conclusão do ensino médio ou equivalente, ou experiência na área de atuação quando incompleto, e ser ocupante de cargo efetivo ou função-atividade de natureza permanente.

Capítulo IX

Da Gratificação por Comando de Unidade Prisional - COMP

Art. 59

Para fins de concessão da Gratificação por Comando de Unidade Prisional - COMP, instituída pela Lei Complementar nº 842, de 24 de março de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 917, de 4 de abril de 2002, a Penitenciária de Avanhandava fica classificada como COMP IV.

Capítulo X

Disposições Finais

Art. 60

As designações para o exercício de funções de serviço público retribuídas mediante "pro labore" de que trata este decreto só poderão ocorrer após a efetiva implantação ou funcionamento das unidades.

Parágrafo único

- Ficam dispensados, para efeito deste decreto, os procedimentos definidos pelo Decreto nº 20.940, de 1º de junho de 1983, tendo em vista o disposto nos artigos 5º e 58 deste decreto.

Art. 61

O Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação será composto de pessoal com formação universitária, em especial de Médico Psiquiatra, Assistente Social, Terapeuta Ocupacional, Psicólogo e Pedagogo, de preferência com especialização ou experiência nas áreas penitenciária e criminológica.

Art. 62

O Centro de Atendimento de Saúde será composto de pessoal multidisciplinar, em especial de Médico, Cirurgião-Dentista, Enfermeiro, Farmacêutico, Técnico de Laboratório, Auxiliar de Enfermagem e Auxiliar de Laboratório.

Art. 63

Os Diretores, quando no exercício de seus cargos, e os demais servidores necessários à manutenção da segurança e disciplina deverão residir, obrigatoriamente, na área do Estabelecimento Penitenciário.

Art. 64

Fica autorizado, sem prejuízo da alimentação da população prisional e respeitadas as disponibilidades orçamentárias, o fornecimento de refeições gratuitas ao pessoal penitenciário e aos componentes da Polícia Militar, quando em serviço, dentro da seguinte ordem de prioridade:

I

aos servidores e seus familiares, que residam obrigatoriamente no recinto do Estabelecimento;

II

aos servidores que permaneçam em serviço por período não inferior a 12 (doze) horas;

III

aos servidores que estiverem sujeitos à jornada completa de trabalho.

Parágrafo único

- Será fixado em regimento interno o fornecimento das refeições de que trata este artigo, podendo compreender almoço, jantar, lanche noturno e desjejum.

Art. 65

O regimento interno da Penitenciária de Avanhandava deverá dispor sobre o seguinte:

I

direitos, deveres e regalias conferidas aos presos;

II

espécies e critérios de aplicação de penas disciplinares;

III

forma de atuação de todas as unidades do Estabelecimento;

IV

obrigações do pessoal penitenciário, inclusive administrativo, no tocante ao tratamento a ser dispensado aos presos;

V

outras matérias pertinentes.

Art. 66

Os bens produzidos na Penitenciária de Avanhandava, originários de suas atividades industriais, desde que não destinados especificamente à comercialização, reverterão em seu próprio proveito, obedecida a seguinte escala de prioridade:

I

para consumo e utilização do próprio Estabelecimento produtor;

II

para consumo e utilização dos demais Estabelecimentos.

Parágrafo único

- Os bens que não puderem ter a destinação prevista neste artigo, por excederem as respectivas necessidades, por serem facilmente perecíveis ou por não ser economicamente compensador o seu transporte, poderão ser ofertados ao público por preços e condições de venda, segundo critérios a serem fixados em portaria do Coordenador.

Art. 67

O almoxarifado da Penitenciária de Avanhandava exercerá o controle dos bens a que se refere o artigo anterior, na forma da legislação em vigor.

Parágrafo único

- O produto das alienações efetuadas na forma do parágrafo único do artigo anterior será controlado pela unidade de Finanças e Suprimentos e recolhido ao Fundo Especial de Despesa do Estabelecimento.

Art. 68

A implantação da estrutura constante deste decreto será feita, gradativamente, mediante resoluções do Secretário da Administração Penitenciária, de acordo com as disponibilidades orçamentárias e financeiras.

Art. 69

As atribuições e as competências previstas neste decreto poderão ser detalhadas mediante resolução do Secretário da Administração Penitenciária.

Texto da Revogação

(*) Revogado pelo Decreto nº 49.642, de 1º de junho de 2005

Art. 70

Este decreto e sua disposição transitória entram em vigor na data de sua publicação.

Capítulo XI


Decreto Estadual de São Paulo nº 47.698 de 10 de março de 2003