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Decreto Estadual de Minas Gerais nº 46.146 de 06 de fevereiro de 2013

Regulamenta dispositivos da Lei nº 15.301, de 10 de agosto de 2004, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Lei nº 15.301, de 10 de agosto de 2004, e na Lei nº 20.592, de 28 de dezembro de 2012, DECRETA:

Publicado por Governo do Estado de Minas Gerais

(a que se refere o art. 14 do Decreto nº 46.146, de 6 de fevereiro de 2013)


Art. 1º

A carga horária semanal de trabalho correspondente a um cargo de Professor de Educação Básica da Polícia Militar com jornada de vinte e quatro horas compreende:

I

dezesseis horas semanais destinadas à docência;

II

oito horas semanais destinadas a atividades extraclasse, observada a seguinte distribuição:

a

quatro horas semanais em local de livre escolha do professor;

b

quatro horas semanais na própria unidade ou em local definido pela direção pedagógica, sendo até duas horas semanais dedicadas a reuniões.

§ 1º

A carga horária do Professor de Educação Básica da Polícia Militar não poderá ser reduzida, salvo na ocorrência de remoção ou de mudança de lotação, com expressa aquiescência do professor, hipótese em que a remuneração será proporcional à nova carga horária.

§ 2º

O Professor de Educação Básica da Polícia Militar deverá cumprir sua carga horária em outra unidade, na hipótese de não haver aulas suficientes para cumprimento integral da carga horária a que se refere o inciso I na unidade em que estiver em exercício, observado os critérios definidos pela Policia Militar do Estado de Minas Gerais.

§ 3º

Compete à Diretoria de Educação Escolar e Assistência Social da Polícia Militar de Minas Gerais, na hipótese do § 2°, assegurar a compatibilidade dos horários para o deslocamento entre as unidades escolares do Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais.

§ 4º

As atividades extraclasse a que se refere o inciso II compreendem atividades de capacitação, planejamento, avaliação e reuniões, bem como outras atribuições específicas do cargo que não configurem o exercício da docência, sendo vedada a utilização dessa parcela da carga horária para substituição eventual de professores.

§ 5º

A carga horária semanal destinada a reuniões a que se refere a alínea "b" do inciso II poderá, a critério da direção pedagógica, ser acumulada para utilização dentro de um mesmo mês.

§ 6º

A carga horária prevista na alínea "b" do inciso II não utilizada para reuniões deverá ser destinada às outras atividades extraclasse a que se refere o § 4°.

§ 7º

Caso o Professor de Educação Básica da Polícia Militar esteja inscrito em cursos de capacitação ou atividades de formação promovidos ou autorizados pela Polícia Militar de Minas Gerais, o saldo de horas previsto no § 6° poderá ser cumprido fora da unidade, com o conhecimento prévio da direção pedagógica.

Art. 2º

O Professor de Educação Básica da Polícia Militar que não estiver no exercício da docência, que exercer suas atividades no apoio ao funcionamento da biblioteca ou nos Núcleos de Tecnologias Educacionais - NTE, cumprirá vinte e quatro horas semanais no exercício dessas atividades, incluindo as horas destinadas a reuniões, em local definido pela direção pedagógica.

Parágrafo único

Caracterizam-se como apoio ao funcionamento de biblioteca as atividades desenvolvidas pelo professor em situação de ajustamento funcional, cujo laudo médico recomenda seu aproveitamento sem o contato direto e permanente com alunos.

Art. 3º

O Professor de Educação Básica da Polícia Militar que exercer a atribuição de ensino do uso da biblioteca cumprirá a jornada de trabalho prevista nos incisos I e II do art. 1º no exercício da docência, diretamente no atendimento aos alunos, orientando a aprendizagem e a utilização da biblioteca para a realização de consultas, pesquisas, bem como desenvolvendo atividades para incentivar o hábito e o gosto pela leitura.

Art. 4º

O cargo efetivo de Professor de Educação Básica da Polícia Militar poderá ser provido, excepcionalmente, com carga horária igual ou superior a oito horas semanais sem ultrapassar o limite de vinte e quatro horas semanais, para o mesmo conteúdo curricular.

§ 1º

Para os servidores ocupantes de cargo a que se refere o caput, a proporcionalidade entre as horas destinadas à docência e a carga horária total do cargo será estabelecida conforme a tabela constante no Anexo I.

§ 2º

O subsídio do Professor de Educação Básica da Polícia Militar a que se refere este artigo será estabelecido conforme a tabela constante no item II.1 do Anexo II da Lei nº 18.975, de 29 de junho de 2010, e será proporcional ao número de horas semanais fixadas para o cargo, observada a tabela do Anexo I.

Art. 5º

As aulas assumidas em cargo vago e no mesmo conteúdo da titulação do cargo do professor habilitado poderão passar, mediante requerimento e com a anuência da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, a integrar a carga horária semanal do professor, a qual não poderá ser reduzida após essa alteração, salvo na hipótese de remoção e de mudança de lotação, com expressa aquiescência do professor, hipótese em que a remuneração será proporcional à nova carga horária.

§ 1º

A aplicação do disposto no caput poderá ser solicitada mediante a comprovação, pelo professor, dos seguintes requisitos:

I

encontrar-se em efetivo exercício na regência de aulas;

II

ter cumprido, por um período mínimo de dez anos, ininterruptos ou não, carga horária semanal obrigatória de trabalho, com contribuição previdenciária, igual ou superior à nova carga horária pretendida; e

III

existência de aulas em cargo vago, no mesmo conteúdo da titulação do respectivo cargo.

§ 2º

A Polícia Militar do Estado de Minas Gerais decidirá quanto ao deferimento da solicitação, observada a conveniência administrativa.

§ 3º

A alteração da jornada de trabalho do professor deverá ser formalizada mediante publicação de ato do Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

Art. 6º

A carga horária semanal de trabalho do Professor de Educação Básica da Polícia Militar poderá ser acrescida de até dezesseis horas-aula, para que seja ministrado, na unidade em que o professor esteja em exercício, conteúdo curricular para o qual seja habilitado.

§ 1º

A extensão de carga horária, no ano letivo, será:

I

obrigatória, no caso de professor com jornada semanal inferior a vinte e quatro horas, até esse limite, desde que:

a

as aulas sejam destinadas ao atendimento de demanda da unidade e no mesmo conteúdo da titulação do cargo do professor; e

b

o professor seja habilitado no conteúdo do cargo de que é titular;

II

opcional, quando se tratar de:

a

aulas destinadas ao atendimento de demanda da unidade, em conteúdo diferente da titulação do cargo do professor;

b

aulas em caráter de substituição; ou

c

professor que cumpra jornada semanal de vinte e quatro horas em seu cargo;

III

permitida, em caráter excepcional, ao professor não habilitado no conteúdo curricular das aulas disponíveis para extensão, conforme critérios definidos pela Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

§ 2º

As aulas atribuídas por exigência curricular não estão incluídas no limite de acréscimo estabelecido no caput .

§ 3º

É vedada a atribuição de extensão de carga horária ao professor que se encontra afastado do exercício do cargo.

§ 4º

O servidor ocupante de dois cargos de Professor de Educação Básica da Polícia Militar poderá assumir a extensão de que trata o caput desde que o somatório das horas destinadas à docência dos dois cargos não exceda trinta e duas horas, excluídas desse total as aulas assumidas por exigência curricular.

§ 5º

A extensão de carga horária será concedida ao Professor de Educação Básica da Polícia Militar a cada ano letivo e cessará, a qualquer tempo, quando ocorrer:

I

desistência do servidor, nas hipóteses dos incisos II e III do § 1°;

II

redução do número de turmas ou de aulas na unidade em que estiver atuando;

III

retorno do titular, quando a extensão resultar de substituição;

IV

provimento do cargo, quando a extensão resultar de aulas oriundas de cargo vago, nas hipóteses dos incisos II e III do § 1°;

V

ocorrência de movimentação do professor;

VI

afastamento do cargo, com ou sem remuneração, por período superior a sessenta dias no ano;

VII

resultado insatisfatório na avaliação de desempenho individual, nos termos da legislação específica;

VIII

requisição das aulas por professor efetivo ou efetivado habilitado no conteúdo específico, quando assumidas por docente não habilitado.

Art. 7º

Ao assumir extensão de carga horária, o professor fará jus ao Adicional por Extensão de Jornada – AEJ, cujo valor será proporcional ao do subsídio estabelecido na tabela da carreira de Professor de Educação Básica da Polícia Militar acrescido da Vantagem Temporária de Antecipação do Posicionamento – VTAP, de que trata o § 1° do art. 17 da Lei n° 19.837, de 12 de dezembro de 2011, e da vantagem pessoal nominal a que se refere o § 3° do art. 4° da Lei n° 18.975, de 2010, enquanto permanecer nessa situação.

Parágrafo único

O AEJ será pago durante as férias regulamentares com base na média dos valores percebidos a esse título no ano anterior.

Art. 8º

O AEJ a que se refere o art. 8°-B da Lei nº 15.301, de 10 de agosto de 2004, poderá integrar, mediante opção expressa do servidor, a base de cálculo da contribuição previdenciária, de que trata o art. 26 da Lei Complementar n° 64, de 25 de março de 2002.

§ 1º

A opção por incluir ou não o AEJ na base de cálculo da contribuição previdenciária deverá ser manifestada pelo servidor quando da concessão da extensão de jornada, mediante preenchimento de formulário específico.

§ 2º

Na hipótese do professor solicitar a alteração da opção da contribuição anteriormente manifestada, a vigência da nova opção será a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do protocolo.

§ 3º

No caso de cessação da extensão de jornada, a contribuição previdenciária incidente sobre o AEJ será suspensa.

§ 4º

A cada nova concessão de extensão de jornada o servidor deverá manifestar-se formalmente quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, conforme os procedimentos definidos no § 1º.

Art. 9º

A média da carga horária exercida por mais de dez anos a título de extensão de jornada a que se refere o inciso I do § 1° do art. 8°-B da Lei nº 15.301, de 2004, será integrada à carga horária do Professor de Educação Básica da Polícia Militar, desde que tenha ocorrido o recolhimento da contribuição previdenciária de que trata o art. 26 da Lei Complementar nº 64, de 2002.

Parágrafo único

A carga horária resultante da integração prevista no caput não poderá ser reduzida após essa alteração, salvo na ocorrência de remoção e de mudança de lotação, com expressa aquiescência do professor, hipótese em que a remuneração será proporcional à nova carga horária

Art. 10

As aulas de um mesmo conteúdo que, por exigência curricular, ultrapassarem o limite do regime básico do professor serão atribuídas, obrigatoriamente, ao mesmo Professor de Educação Básica da Polícia Militar, enquanto permanecer nessa situação.

§ 1º

Ao assumir exigência curricular, o professor fará jus ao Adicional por Exigência Curricular – AEC, cujo valor será proporcional ao do subsídio estabelecido na tabela da carreira de Professor de Educação Básica da Polícia Militar acrescido da VTAP, de que trata o § 1° do art. 17 da Lei n° 19.837, de 2011, e da vantagem pessoal nominal a que se refere o § 3° do art. 4° da Lei n° 18.975, de 2010, enquanto permanecer nessa situação.

§ 2º

O AEC será pago durante as férias regulamentares com base na média dos valores percebidos a esse título no ano anterior.

Art. 11

O AEC a que se refere o art. 8°-F da Lei nº 15.301, de 2004, poderá integrar, mediante opção expressa do servidor, a base de cálculo da contribuição previdenciária, de que trata o art. 26 da Lei Complementar n° 64, de 2002.

§ 1º

A opção por incluir ou não o AEC na base de cálculo da contribuição previdenciária deverá ser manifestada pelo servidor quando da atribuição das aulas por exigência curricular, mediante preenchimento de formulário específico.

§ 2º

Na hipótese do professor solicitar a alteração da opção da contribuição anteriormente manifestada, a vigência da nova opção será a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do requerimento.

§ 3º

No caso de cessação da exigência curricular, a contribuição previdenciária incidente sobre o AEC será suspensa.

§ 4º

Ocorrendo nova atribuição de aulas por exigência curricular, o professor deverá formalizar novamente a sua opção quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária.

Art. 12

A média da carga horária exercida por dez anos ou mais a título de extensão de jornada ou de exigência curricular integra a carga horária do cargo efetivo do Professor de Educação Básica da Polícia Militar que tenha completado as exigências para aposentadoria, desde que tenha havido a contribuição de que trata o art. 26 da Lei Complementar n° 64, de 2002.

§ 1º

Nos casos em que, por ocasião da concessão da aposentadoria, o período de extensão da carga horária ou exigência curricular for inferior a três mil seiscentos e cinquenta dias e igual ou superior a dois mil cento e noventa dias, o servidor fará jus à integração, por ano de exercício, de um décimo da média exercida no período.

§ 2º

Para efeito de cálculo da média da carga horária exercida em dez anos será realizada a soma da média da carga horária anual e, após, dividir-se-á por dez.

§ 3º

Para o cálculo da média da carga horária exercida por período superior a dez anos será selecionada a maior média decenal.

Art. 13

O Professor de Educação Básica da Polícia Militar efetivo e o alcançado pelo art. 7º da Lei Complementar nº 100, de 5 de novembro de 2007, em atividade na data de publicação da Lei nº 20.592, de 28 de dezembro de 2012, cujo total de aulas vinculadas ao mesmo número de admissão for inferior a cinco horas-aula semanais deve ter sua carga horária ampliada até esse limite, a partir de 1º de fevereiro de 2013. Art.14. Para cumprir as disposições da Lei nº 15.301, de 2004, a carga horária semanal de trabalho do atual ocupante do cargo de Professor de Educação Básica da Polícia Militar será, a partir de 1º de fevereiro de 2013, a constante da correlação estabelecida no Anexo II.

Art. 15

Fica delegada competência ao titular da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais para editar normas complementares sobre:

I

distribuição de turmas, aulas e funções;

II

aproveitamento de servidores efetivos, efetivados e detentores de função pública;

III

designação para o exercício de função pública, nos termos da Lei nº 10.254, de 20 de julho de 1990, de pessoal necessário para assegurar o funcionamento das unidades do Colégio Tiradentes da Polícia Militar.

Art. 16

Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


Jornada do cargo vigente até 31/12/2012 Jornada do cargo vigente a partir de 01/02/2013 Regime Básico na Docência Carga Horária Semanal Carga Horária Mensal Regime Básico na Docência Carga Horária Semanal Carga Horária Mensal 1h 3h 30 min 16h 5h 8h 36h 2h 4h 30min 20h 5h 8h 36h 3h 6h 27h 5h 8h 36h 4h 7h 32h 5h 8h 36h 5h 8h 36h 5h 8h 36h 6h 9h 41h 6h 9h 41h 7h 11h 50h 7h 11h 50h 8h 12h 54h 8h 12h 54h 9h 13h 59h 9h 13h 30min 61h 10h 14h 63h 10h 15h 68h 11h 16h 72h 11h 16h 30m 74h 12h 17h 77h 12h 18h 81h 13h 18h 81h 12h 18h 81h 14h 19h 86h 13h 19h 30m 88h 15h 21h 95h 14h 21h 95h 16h 22h 99h 15h 22h 30m 101h 17h 23h 104h 16h 24h 108h 18h 24h 108h 16h 24h 108h 19h 25h 30min 115h 17h 25h 30m 115h 20h 26h 30min 119h 18h 27h 122h 21h 28h 126h 19h 28h 30m 128h 22h 29h 131h 20h 30h 135h 23h 32h 144h 22h 33h 149h 24h 33h 149h 22h 33h 149h 25h 35h 158h 24h 36h 162h 26h 36h 162h 24h 36h 162h 27h 37h 167h 25h 37h 30m 169h 28h 38h 171h 26h 39h 176h 29h 40h 180h 27h 40h 180h

Decreto Estadual de Minas Gerais nº 46.146 de 06 de fevereiro de 2013