Artigo 3º, Inciso I, Alínea e da Resolução CONAMA nº 10 de 01 de Outubro de 1993
Estabelece os parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão de Mata Atlântica . - Data da legislação: 01/10/1993 - Publicação DOU nº 209, de 03/11/1993, págs. 16497-16498
Acessar conteúdo completoArt. 3º
Os estágios de regeneração da vegetação secundária a que se refere o artigo 6 do Decreto nº 750/93, passam a ser assim definidos:
I
Estágio Inicial:
a
fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo, com cobertura vegetal variando de fechada a aberta;
b
espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude;
c
epífitas, se existentes, são representadas principalmente por líquenes, briófitas e pteridófitas, com baixa diversidade;
d
trepadeiras, se presentes, são geralmente herbáceas;
e
serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta, contínua ou não;
f
diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas ou arborescentes, podendo apresentar plântulas de espécies características de outros estágios;
g
espécies pioneiras abundantes;
h
ausência de subosque.
II
Estágio Médio:
a
fisionomia arbórea e/ou arbustiva, predominando sobre a herbácea, podendo constituir estratos diferenciados;
b
cobertura arbórea, variando de aberta a fechada, com a ocorrência eventual de indivíduos emergentes;
c
distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com predomínio de pequenos diâmetros;
d
epífitas aparecendo com maior número de indivíduos e espécies em relação ao estágio inicial, sendo mais abundantes na floresta ombrófila;
e
trepadeiras, quando presentes são predominantemente lenhosas;
f
serapilheira presente, variando de espessura de acordo com as estações do ano e a localização;
g
diversidade biológica significativa;
h
subosque presente.
III
Estágio Avançado:
a
fisionomia arbórea, dominante sobre as demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no porte, podendo apresentar árvores emergentes;
b
espécies emergentes, ocorrendo com diferentes graus de intensidade;
c
copas superiores, horizontalmente amplas;
d
distribuição diamétrica de grande amplitude;
e
epífitas, presentes em grande número de espécies e com grande abundância, prin- cipalmente na floresta ombrófila;
f
trepadeiras, geralmente lenhosas, sendo mais abundantes e ricas em espécies na floresta estacional;
g
serapilheira abundante;
h
diversidade biológica muito grande devido à complexidade estrutural;
i
estratos herbáceo, arbustivo e um notadamente arbóreo;
j
florestas neste estágio podem apresentar fisionomia semelhante à vegetação primária;
l
subosque normalmente menos expressivo do que no estágio médio;
m
dependendo da formação florestal, pode haver espécies dominantes.