Lei nº 12.379 de 6 de Janeiro de 2011

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Dispõe sobre o Sistema Nacional de Viação - SNV; altera a Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997; revoga as Leis nºs 5.917, de 10 de setembro de 1973, 6.346, de 6 de julho de 1976, 6.504, de 13 de dezembro de 1977, 6.555, de 22 de agosto de 1978, 6.574, de 30 de setembro de 1978, 6.630, de 16 de abril de 1979, 6.648, de 16 de maio de 1979, 6.671, de 4 de julho de 1979, 6.776, de 30 de abril de 1980, 6.933, de 13 de julho de 1980, 6.976, de 14 de dezembro de 1980, 7.003, de 24 de junho de 1982, 7.436, de 20 de dezembro de 1985, 7.581, de 24 de dezembro de 1986, 9.060, de 14 de junho de 1995, 9.078, de 11 de julho de 1995, 9.830, de 2 de setembro de 1999, 9.852, de 27 de outubro de 1999, 10.030, de 20 de outubro de 2000, 10.031, de 20 de outubro de 2000, 10.540, de 1º de outubro de 2002, 10.606, de 19 de dezembro de 2002, 10.680, de 23 de maio de 2003, 10.739, de 24 de setembro de 2003, 10.789, de 28 de novembro de 2003, 10.960, de 7 de outubro de 2004, 11.003, de 16 de dezembro de 2004, 11.122, de 31 de maio de 2005, 11.475, de 29 de maio de 2007, 11.550, de 19 de novembro de 2007, 11.701, de 18 de junho de 2008, 11.729, de 24 de junho de 2008, e 11.731, de 24 de junho de 2008; revoga dispositivos das Leis nºs 6.261, de 14 de novembro de 1975, 6.406, de 21 de março de 1977, 11.297, de 9 de maio de 2006, 11.314, de 3 de julho de 2006, 11.482, de 31 de maio de 2007, 11.518, de 5 de setembro de 2007, e 11.772, de 17 de setembro de 2008; e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Publicado por Presidência da República

Brasília, 6 de janeiro de 2011; 190º da Independência e 123º da República.


Capítulo I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º

Esta Lei dispõe sobre o Sistema Nacional de Viação - SNV, sua composição, objetivos e critérios para sua implantação, em consonância com os incisos XII e XXI do art. 21 da Constituição Federal.

Art. 2º

O SNV é constituído pela infraestrutura física e operacional dos vários modos de transporte de pessoas e bens, sob jurisdição dos diferentes entes da Federação, nos regimes público e privado. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

§ 1º

Quanto à jurisdição, o SNV é composto pelo Sistema Federal de Viação e pelos sistemas de viação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 2º

Quanto aos modos de transporte, o SNV compreende os subsistemas rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário.

§ 3º

Quanto ao regime de exploração, o SNV poderá ser classificado em público ou privado. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Capítulo II

DO SISTEMA FEDERAL DE VIAÇÃO

Art. 3º

O Sistema Federal de Viação - SFV é composto pelos seguintes subsistemas:

I

Subsistema Rodoviário Federal;

II

Subsistema Ferroviário Federal;

III

Subsistema Aquaviário Federal; e

IV

Subsistema Aeroviário Federal.

Art. 4º

São objetivos do Sistema Federal de Viação - SFV:

I

assegurar a unidade nacional e a integração regional;

II

garantir a malha viária estratégica necessária à segurança do território nacional;

III

promover a integração física com os sistemas viários dos países limítrofes;

IV

atender aos grandes fluxos de mercadorias em regime de eficiência, por meio de corredores estratégicos de exportação e abastecimento;

V

prover meios e facilidades para o transporte de passageiros e cargas, em âmbito interestadual e internacional.

Art. 5º

Compete à União, nos termos da legislação vigente, a administração do SFV, que compreende o planejamento, a construção, a manutenção, a operação e a exploração dos respectivos componentes.

Art. 6º

A União exercerá suas competências relativas ao SFV, diretamente, por meio de órgãos e entidades da administração federal, ou mediante:

I

- (VETADO) ;

II

concessão, autorização ou arrendamento a empresa pública ou privada;

III

parceria público-privada.

§ 1º

(VETADO).

§ 2º

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão explorar a infraestrutura delegada, diretamente ou mediante concessão, autorização ou arrendamento a empresa pública ou privada, respeitada a legislação federal.

Art. 7º

A União poderá aplicar recursos financeiros no SFV, qualquer que seja o regime de administração adotado.

Parágrafo único

Nas hipóteses previstas nos incisos I a III do art. 6º , é vedada a aplicação de recursos da União em obra ou serviço que, nos termos do respectivo contrato ou outro instrumento de delegação, constitua responsabilidade de qualquer das demais partes envolvidas.

Art. 8º

Os componentes físicos dos subsistemas integrantes do SFV integram as relações descritivas anexas a esta Lei e sujeitam-se às especificações e normas técnicas formuladas pela autoridade competente, qualquer que seja o regime de administração adotado.

Art. 9º

As rodovias, ferrovias e vias navegáveis terão seu traçado indicado por localidades intermediárias ou pontos de passagem.

Parágrafo único

No caso de rodovias, ferrovias e vias navegáveis planejadas, as localidades intermediárias mencionadas nas relações descritivas são indicativas de traçado, não constituindo pontos obrigatórios de passagem do traçado definitivo.

Art. 11

A implantação de componente do SNV será precedida da elaboração do respectivo projeto de engenharia e da obtenção das devidas licenças ambientais.

§ 1º

(VETADO).

§ 2º

(VETADO).

Capítulo III

DOS SUBSISTEMAS FEDERAIS DE VIAÇÃO

Seção I

Do Subsistema Rodoviário Federal

Art. 12

O Subsistema Rodoviário Federal compreende todas as rodovias administradas pela União, direta ou indiretamente, nos termos dos arts. 5º e 6º desta Lei.

Art. 13

As rodovias integrantes do Subsistema Rodoviário Federal são classificadas, de acordo com a sua orientação geográfica, nas seguintes categorias:

I

Rodovias Radiais: as que partem da Capital Federal, em qualquer direção, para ligá-la a capitais estaduais ou a pontos periféricos importantes do País;

II

Rodovias Longitudinais: as que se orientam na direção Norte-Sul;

III

Rodovias Transversais: as que se orientam na direção Leste-Oeste;

IV

Rodovias Diagonais: as que se orientam nas direções Nordeste-Sudoeste ou Noroeste-Sudeste; e

V

Rodovias de Ligação: as que, orientadas em qualquer direção e não enquadradas nas categorias discriminadas nos incisos I a IV, ligam pontos importantes de 2 (duas) ou mais rodovias federais, ou permitem o acesso a instalações federais de importância estratégica, a pontos de fronteira, a áreas de segurança nacional ou aos principais terminais marítimos, fluviais, ferroviários ou aeroviários constantes do SNV.

Art. 14

As rodovias integrantes do Subsistema Rodoviário Federal são designadas pelo símbolo "BR", seguido de um número de 3 (três) algarismos, assim constituído:

I

o primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, sendo:

a

0 (zero), para as rodovias radiais;

b

1 (um), para as rodovias longitudinais;

c

2 (dois), para as rodovias transversais;

d

3 (três), para as rodovias diagonais; e

e

4 (quatro) para as rodovias de ligação;

II

os outros 2 (dois) algarismos referem-se à posição geográfica da rodovia relativamente a Brasília e aos pontos cardeais, segundo sistemática definida pelo órgão competente.

Art. 16

Fica instituída, no âmbito do Subsistema Rodoviário Federal, a Rede de Integração Nacional - RINTER, composta pelas rodovias que satisfaçam a 1 (um) dos seguintes requisitos:

I

promover a integração regional, interestadual e internacional;

II

ligar capitais de Estados entre si ou ao Distrito Federal;

III

atender a fluxos de transporte de grande relevância econômica; e

IV

prover ligações indispensáveis à segurança nacional.

Art. 18

Fica a União autorizada a transferir aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, mediante doação:

I

acessos e trechos de rodovias federais envolvidos por área urbana ou substituídos em decorrência da construção de novos trechos;

II

rodovias ou trechos de rodovias não integrantes da Rinter.

Parágrafo único

Na hipótese do disposto no inciso II, até que se efetive a transferência definitiva, a administração das rodovias será, preferencialmente, delegada aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios.

Art. 19

Fica a União autorizada a incorporar à malha rodoviária sob sua jurisdição trechos de rodovias estaduais existentes, cujo traçado coincida com diretriz de rodovia federal integrante da Rinter, mediante anuência dos Estados a que pertençam.

Seção II

Do Subsistema Ferroviário Federal

Art. 20

O Subsistema Ferroviário Federal é constituído pelas ferrovias existentes ou planejadas, pertencentes aos grandes eixos de integração interestadual, interregional e internacional, que satisfaçam a pelo menos um dos seguintes critérios:

I

atender grandes fluxos de transporte de carga ou de passageiros;

II

possibilitar o acesso a portos e terminais do Sistema Federal de Viação;

III

possibilitar a articulação com segmento ferroviário internacional;

IV

promover ligações necessárias à segurança e à economia nacionais. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Parágrafo único

Integram o Subsistema Ferroviário Federal os pátios e terminais, as oficinas de manutenção e demais instalações das ferrovias outorgadas pela União. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Art. 21

As ferrovias integrantes do Subsistema Ferroviário Federal são classificadas, de acordo com a sua orientação geográfica, nas seguintes categorias:

I

Ferrovias Longitudinais: as que se orientam na direção Norte-Sul;

II

Ferrovias Transversais: as que se orientam na direção Leste-Oeste;

III

Ferrovias Diagonais: as que se orientam nas direções Nordeste-Sudoeste e Noroeste-Sudeste;

IV

Ferrovias de Ligação: as que, orientadas em qualquer direção e não enquadradas nas categorias discriminadas nos incisos I, II e III do caput deste artigo, ligam entre si ferrovias importantes do País, ou se constituem em ramais coletores regionais; (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

V

Ferrovias de Acesso: as que, orientadas em qualquer direção e não enquadradas nas categorias discriminadas nos incisos I, II, III e IV do caput deste artigo, ligam entre si pontos de origem ou destino de cargas ou de passageiros; e (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

VI

Ferrovias Radiais: as que partem da Capital Federal, em qualquer direção, para ligá-la a capitais estaduais ou a pontos periféricos importantes do País. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Art. 22

As ferrovias integrantes do Subsistema Ferroviário Federal são designadas pelo símbolo ‘EF’. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

§ 1º

O símbolo ‘EF’ é acompanhado por uma sequência de 3 (três) caracteres, com os seguintes significados: (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

I

o primeiro caractere indica a categoria da ferrovia, da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

a

1 (um) para as longitudinais;

b

2 (dois) para as transversais;

c

3 (três) para as diagonais; (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

d

4 (quatro) para as de ligação; (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

e

0 (zero) para as radiais; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

f

A para as de acesso; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

II

os outros 2 (dois) caracteres indicam a posição da ferrovia relativamente a Brasília e aos pontos cardeais, segundo sistemática definida pelo órgão competente. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

§ 2º

Nas ferrovias de acesso os 2 (dois) últimos caracteres serão preenchidos por letras e números, indicativos da sequência histórica de criação das ferrovias, segundo sistemática definida pelo órgão competente. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Art. 23-a

As ferrovias nacionais classificam-se quanto a: (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

I

bitola; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

II

orientação geográfica; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

III

designação e numeração; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

IV

titularidade: (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

a

pública; (Incluída pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

b

privada; (Incluída pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

V

competência: (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

a

federal; (Incluída pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

b

estadual; (Incluída pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

c

distrital; (Incluída pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

d

municipal; (Incluída pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

VI

capacidade; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

VII

movimentação; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

VIII

receita. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Art. 24

É a União autorizada a desativar trechos ferroviários de tráfego inexpressivo para os quais não haja operadores interessados na outorga. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Parágrafo único

Decorridos 5 (cinco) anos da decretação da desativação, a faixa de domínio do trecho desativado poderá ser erradicada e utilizada apenas para finalidades que não impeçam sua posterior reutilização como ferrovia. (Redação dada pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Seção III

Do Subsistema Aquaviário Federal

Art. 25

O Subsistema Aquaviário Federal é composto de:

I

vias navegáveis;

II

portos marítimos e fluviais;

III

eclusas e outros dispositivos de transposição de nível;

IV

interligações aquaviárias de bacias hidrográficas;

V

facilidades, instalações e estruturas destinadas à operação e à segurança da navegação aquaviária.

Art. 29

A utilização de águas navegáveis de domínio de Estado ou do Distrito Federal, para navegação de interesse federal, nos termos da alínea d do inciso XII do art. 21 da Constituição Federal, será disciplinada em convênio firmado entre a União e o titular das águas navegáveis.

Art. 30

Qualquer intervenção destinada a promover melhoramentos nas condições do tráfego em via navegável interior deverá adequar-se aos princípios e objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

Art. 31

(VETADO) .

Art. 32

A exploração dos portos organizados e de instalações portuárias atenderá ao disposto na Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, independentemente do regime de administração adotado.

Art. 33

A exploração de travessia aquaviária coincidente com diretriz de rodovia ou ferrovia federal será sempre de competência da União.

Seção IV

Do Subsistema Aeroviário Federal

Art. 34

O Subsistema Aeroviário Federal é constituído de:

I

os aeródromos públicos que atendam ao tráfego aéreo civil, regular e alternativo, doméstico e internacional, no País ou que sejam estratégicos para a integração e a segurança nacional;

II

o conjunto de aerovias, áreas terminais de tráfego aéreo e demais divisões do espaço aéreo brasileiro necessárias à operação regular e segura do tráfego aéreo;

III

o conjunto de facilidades, instalações e estruturas terrestres de proteção ao vôo e auxílio à navegação aérea.

Art. 36

Serão classificados como de interesse federal os aeródromos públicos que se enquadrem em uma das seguintes situações:

I

os que atendem ou que venham a atender, de acordo com as projeções de demanda por transporte aéreo, elaboradas pela autoridade aeronáutica, ao tráfego aéreo civil, regular ou não regular, doméstico ou internacional, situados nas capitais dos Estados da Federação e do Distrito Federal;

II

aqueles que se situem nas áreas terminais de tráfego aéreo ou nas regiões metropolitanas ou outros grandes aglomerados urbanos que exijam para sua gestão e planejamento a ação coordenada de todos os níveis da administração pública federal, estadual e municipal;

III

os que atendem ou que venham a atender, de acordo com as projeções de demanda por transporte aéreo elaboradas pela autoridade aeronáutica, ao tráfego aéreo civil, regular, doméstico ou internacional no País;

IV

os que, em virtude da sua posição geográfica, venham a ser considerados alternativos aos aeroportos definidos nos incisos I, II e III, em conformidade com as exigências técnicas, operacionais e de segurança do tráfego aéreo;

V

aqueles que sejam de interesse para a integração nacional, em razão de servirem a localidade isolada do território nacional, não atendida regularmente por outro modo de transporte;

VI

aqueles que sejam sede de facilidades, instalações e estruturas terrestres de proteção ao vôo e auxílio à navegação aérea necessários à operação regular e segura do tráfego aéreo;

VII

os que, em virtude da sua posição geográfica, venham a ser considerados de importância para a segurança nacional, tais como os localizados nas faixas de fronteira, em regiões insulares do mar brasileiro e que forem sede ou apoio de instalações ou organizações voltadas à defesa do território;

VIII

os que, em virtude de sua posição geográfica, venham a ser considerados de importância para o desenvolvimento socioeconômico do País, tais como os localizados em áreas próximas a grandes empreendimentos de exploração mineral de interesse nacional.

Art. 37

Fica a União autorizada a transferir para Estados, Distrito Federal e Municípios, mediante convênio, a implantação, administração, operação, manutenção e exploração de aeródromos públicos, de acordo com esta Lei, com a Lei nº 8.399, de 7 de janeiro de 1992, e com a legislação aeronáutica em vigor.

Capítulo IV

DOS SISTEMAS DE VIAÇÃO DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS

Art. 38

Os Sistemas de Viação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios abrangem os diferentes meios de transporte e constituem parcelas do Sistema Nacional de Viação, com os objetivos principais de:

I

promover a integração do Estado e do Distrito Federal com o Sistema Federal de Viação e com as unidades federadas limítrofes;

II

promover a integração do Município com os Sistemas Federal e Estadual de Viação e com os Municípios limítrofes;

III

conectar, respectivamente:

a

a capital do Estado às sedes dos Municípios que o compõem;

b

a sede do Distrito Federal às suas regiões administrativas; e

c

a sede do Município a seus distritos;

IV

possibilitar a circulação econômica de bens e prover meios e facilidades de transporte coletivo de passageiros, mediante oferta de infraestrutura viária adequada e operação racional e segura do transporte intermunicipal e urbano.

Art. 39

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão, em legislação própria, os elementos físicos da infraestrutura viária que comporão os respectivos sistemas de viação, em articulação com o Sistema Federal de Viação.

Art. 40

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão adequar suas estruturas administrativas para assumirem segmentos da infraestrutura viária federal e a execução de obras e serviços que lhes forem outorgados pela União.

Capítulo V

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 41

(VETADO) .

Art. 41-a

Serão elaboradas segundo os critérios desta Lei e atualizadas, anualmente, por ato do Poder Executivo as relações descritivas das seguintes infraestruturas: (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

I

rodovias pertencentes ao Subsistema Rodoviário Federal; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

II

rodovias integrantes da Rinter; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

III

ferrovias que integram o Subsistema Ferroviário Federal; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

IV

vias navegáveis existentes e planejadas integrantes do Subsistema Aquaviário Federal, segundo a bacia ou o rio em que se situem; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

V

portos marítimos e fluviais integrantes do Subsistema Aquaviário Federal, segundo a localidade e, no caso de portos fluviais, a bacia ou o rio em que se situem; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

VI

eclusas e outros dispositivos de transposição de nível existentes e planejados integrantes do Subsistema Aquaviário Federal, segundo a localidade e a bacia ou o rio em que se situem; (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

VII

aeroportos existentes e planejados integrantes do Subsistema Aeroviário Federal. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

§ 1º

Órgão ou entidade competente atualizará na internet a relação de que trata o caput deste artigo em formato tabular e geográfico. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

§ 2º

As informações geoespaciais referidas no § 1º deste artigo conterão, no mínimo, as características técnicas e físicas da infraestrutura, a capacidade de transporte, sua designação e numeração, quando aplicáveis, a titularidade, e a indicação de seu operador. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência

Art. 42

O art. 2º da Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XIV: "Art. 2º (...) XIV - navegação de travessia: aquela realizada: a) transversalmente aos cursos dos rios e canais; b) entre 2 (dois) pontos das margens em lagos, lagoas, baías, angras e enseadas; c) entre ilhas e margens de rios, de lagos, de lagoas, de baías, de angras e de enseadas, numa extensão inferior a 11 (onze) milhas náuticas; d) entre 2 (dois) pontos de uma mesma rodovia ou ferrovia interceptada por corpo de água." (NR)

Art. 44

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 45

(VETADO)


DILMA ROUSSEFF Nelson Jobim Guido Mantega Alfredo Pereira do Nascimento Edison Lobão Luís Inácio Lucena Adams José Leônidas de Menezes Cristino

Este texto não substitui o publicado no DOU de 7.1.2011

Anexo

ANEXO I

(VETADO)

ANEXO II

(VETADO)

ANEXO III

(VETADO)

ANEXO IV

(VETADO)

ANEXO V

(VETADO)

ANEXO VI

(VETADO)

ANEXO VII

(VETADO)