Artigo 7º, Inciso VIII da Lei nº 11.211 de 19 de dezembro de 2005
Dispõe sobre as condições exigíveis para a identificação do couro e das matérias-primas sucedâneas, utilizados na confecção de calçados e artefatos.
Acessar conteúdo completoArt. 7º
Para os fins desta Lei e de suas regulamentações ficam definidos os seguintes conceitos:
I
couro é o produto oriundo exclusivamente de pele animal curtida por qualquer processo, constituído essencialmente de derme;
II
raspa de couro é o subproduto decorrente da divisão da pele animal correspondente ao lado carnal, curtido e beneficiado;
III
aglomerado de couro é o subproduto obtido a partir de farelos de couro ou aparas que tenham sofrido processo de desfibramento, aglomerados por meio de um aglutinante, natural ou sintético, e moldáveis;
IV
couro ao cromo é a pele animal submetida ao processo de curtimento por compostos de cromo;
V
couro ao tanino natural é a pele animal submetida ao curtimento por extratos de complexos tânicos naturais;
VI
plástico é o produto obtido pela aplicação de um revestimento de natureza plástica sobre um suporte flexível e absorvente, e também o produto de natureza termoplástica, moldado por qualquer processo de injeção ou extrusão;
VII
borracha é o produto natural de constituição química à base de isopreno, obtido pela coagulação do látex da espécie botânica Hevea brasiliensis ou outras;
VIII
elastômero é o produto artificial que apresenta características tecnológicas semelhantes às da borracha;
IX
mistura é a associação de borracha com o elastômero, em qualquer proporção, devendo ser identificado o componente presente em maior proporção;
X
tecido é o material composto de fios ou filamentos têxteis (urdidura e trama), qualquer que seja a sua natureza ou composição, obtido pelo processo de tecelagem;
XI
calçado é o produto industrial de características próprias destinado à proteção dos pés. Botas, sandálias, chinelos, tênis, tamancos e semelhantes são considerados, tecnicamente, calçados;
XII
calçado de couro é o calçado cujos cabedal e forro, se houver, e a palmilha interna são constituídos de couro;
XIII
cabedal é a parte superior externa do calçado;
XIV
forro é o revestimento interno do calçado, compreendendo a parte aplicada ao cabedal e também a parte aplicada à palmilha de montagem (palmilha interna ou palmilha-forro);
XV
solado é a parte inferior do calçado (a que está em contato com o piso, excluído o salto);
XVI
salto é a parte inferior do calçado, na região do calcanhar, oposta à sola, de altura variável de acordo com o modelo do calçado, que atua na distribuição do peso do corpo sobre os pés;
XVII
palmilha de montagem é a parte interna do calçado destinada a permitir a montagem deste, como também a dar resistência ao enfranque e ao calcanhar.