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Artigo 133, Inciso III, Alínea c da Lei Estadual do Paraná nº 315 de 28 de Dezembro de 1949

Dispõe sobre a Administração da Justiça e dá outras providências.

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Art. 133

Aos curadores compete:

I

em matéria de Família:

a

funcionar em todos os têrmos das causas da competência da vara respectiva, haja, ou não, interessados incapazes, pronunciando-se sôbre o seu merecimento e comparecendo a audiências de instrução e julgamento;

b

promover as ações de iniciativa do Ministério Público, inclusive as de nulidade de casamento;

c

promover, em benefício dos incapazes, medidas cuja iniciativa pertença ao Ministério Público, especialmente a nomeação e remoção de tutores e curadores, prestação das respectivas contas, buscas e apreensões, suspensão e perda do pátrio poder e inscrições de hipoteca legal;

d

defender os direitos dos incapazes, nos casos de revelia, em que funcionarão como advogados dos mesmos, ou de defesa insuficiente por parte de seus representantes legais;

e

exercer a função de defensor do vínculo matrimonial;

f

recorrer das sentenças e decisões proferidas nos feitos em que funcionarem e promover-lhes a execução;

II

em matéria de Falências e Concordatas:

a

funcionar nos processos de falência e de concordata e todas as ações e reclamações sôbre bens e interêsses relativos à massa falida;

b

assistir à arrecadação dos livros, papéis, documentos e bens do falido, bem como às praças e leilões, e assinar as escrituras de alienação de bens da massa, sendo considerada falta grave a sua ausência a êstes atos;

c

comparecer às assembléias de credores;

d

funcionar nas prestações de contas dos síndicos, liquidatários e comissários e dizer sôbre o relatório final para o encerramento da falência, haja ou não sôbre êle impugnação ou oposição de interessado;

d

intervir em qualquer dos têrmos do processo de falência ou concordata, requerendo e promovendo as medidas necessárias ao seu andamento e conclusão dentro dos prazos legais;

f

requerer a prestação de contas dos síndicos e liquidatários ou de outros administradores que as devam prestar à massa;

g

fiscalizar o recolhimento dos dinheiros da massa à Caixa Econômica ou ao Banco do Brasil, exigindo dos responsáveis, mensalmente, os balancetes;

h

promover a destituição dos síndicos ou liquidatários;

i

promover a ação penal nos casos previstos na lei de falências;

j

funcionar em todos os têrmos do processo de liquidação forçada das sociedades de economia coletiva;

III

em matéria de Menores:

a

exercer as atribuições que lhes são conferidas pelo Código de Menores e legislação especial subsequente, oficiando em todos os processos respectivos;

b

desempenhar as funções de curador de Família ou de Órfãos nos feitos da competência do Juizo de Menores;

c

inspecionar e ter sob sua vigilância os asilos de menores e órfãos, de administração pública ou privada, promovendo as medidas necessárias ou úteis à proteção dos interêsses dos asilados;

d

promover os processos de cobranças de soldadas ou alimentos devidos a menores, ou neles oficiar;

e

promover o processo por infração das leis ou regulamentos de proteção e assistência a menores;

IV

em matéria de Casamentos:

a

funcionar nas habilitações de casamentos e nos processos de suprimento de consentimento da competência da vaga respectiva;

b

oficiar nos processos de justificação de idade, nos autos de habiliação de casamento;

V

em matéria de Acidentes do Trabalho:

a

exercer as atribuições que lhes são conferidas pela legislação especial de acidentes do trabalho, inclusive nos casos em que forem interessadas a Fazenda Pública ou as autarquias;

b

prestar assistência judiciária gratuita às vítimas ou aos beneficiários de acidentes do trabalho;

c

promover a anulação de acordos ou convenções contrários à legislação sôbre acidentes do trabalho;

d

requerer a instauração do procedimento criminal quando fôr caso;

e

promover as medidas necessárias ao bom tratamento médico e hospitalar devido pelo empregador à vítima de acidentes do trabalho, podendo, mediante autorização do juiz, contratar para êsse fim serviços médicos ou hospitalares, que serão pagos pelo empregador, o qual deverá ser ouvido prèviamente;

VI

em matéria de Registros Públicos:

a

funcionar nos processos da competência da vara respectiva, em que houver intervenção, por lei, do Ministério Público;

b

exercer a fiscalização permanente dos ofícios de Justiça, levando ao conhecimento do corregedor as irregularidades que encontrar;

VII

em matéria de Órfãos e Interdictos:

a

funcionar em todos os têrmos dos inventários, arrolamentos e partilhas e dos feitos administrativos ou contenciosos, em que sejam os interessados incapazes;

b

requerer remessa ao juizo competente das peças necessárias à promoção de tutela e nomeação de tutor, quando fôr caso;

c

defender, como seu advogado, os direitos dos incapazes, nos casos de revelia ou de defesa insuficiente por parte dos respectivos representante legais;

d

requerer e promover interdições, nos casos previstos na lei civil;

e

recorrer das sentenças ou decisões proferidas nos processos em que funcionarem e promover-lhes a execução;

f

promover, em benefício dos incapazes, as medidas cuja iniciativa couber ao Ministério Público, especialmente a nomeação e remoção de tutores e curadores, prestação das respectvas contas e inscrições de hipoteca legal;

g

promover a prestação de contas dos inventariantes e o exato cumprimento dos seus deveres, havendo incapazes interessados;

VIII

em matéria de Ausentes:

a

cumprir ou promover o cumprimento do disposto nos artigos 463 e seguintes, e 1.591 e seguintes do Código Civil e legislação subsequente a respeito da matéria alí regulada;

b

funcionar em todas as causas que se moverem contra ausentes ou em que forem êstes interessados, ou quando se houver de nomear um curador à lide;

c

requerer a arrecadação de bens de ausentes, assistindo pessoalmente às diligências;

d

exercer as atribuições de curador de órfãos nos processos contenciosos que correrem fora da vara respectiva, onde houver:

e

requerer a abertura da sucessão provisória ou definitiva do ausente e promover o respectivo processo até final sentença;

f

funcionar em todos os têrmos do arrolamento e do inventário dos bens do ausente, nas habilitações de herdeiros e justificações de dívidas que neles se fizerem;

g

promover a cobrança das dívidas ativas do ausente e interromper-lhes a prescrição;

h

representar a herança do ausente em juizo, defendendo-a nas causas que contra ela forem movidas, ou, mediante autorização do juiz, propor as que se tornarem necessárias;

i

entregar aos depositários judiciais os bens arrecadados e tê-los sob sua vigilância;

j

promover, mediante autorização do juiz, a venda em hasta pública dos bens e fácil deterioração ou de guarda ou conservação dispendiosa ou arriscada;

l

promover, na forma da lei, a venda em hasta pública ou o arrendamento dos bens imóveis de ausente;

m

dar ciência às autoridades consulares da existência de herança ou de bens de ausentes estrangeiros;

n

promover o recolhimento ao Banco do Brasil, ou à Caixa Econômica, de dinheiro, títulos de crédito ou outros valores móveis pertencentes ao ausente, os quais só poderão ser levantados mediante autorização do juiz;

o

prestar contas, em juizo, da administração dos valores recebidos;

p

representar os presos e os que, citados por edital, ou com hora certa, não compareceram em juizo cível, inclusive nos executivos fiscais;

IX

em matéria de Provedoria;

a

funcionar nos processos de subrogação ou extinção de usofruto ou fideicomisso e, em geral, nos inventários em que houver testamento;

b

funcionar nas ações de nulidade ou anulação de testamento e nas demais ações contenciosas que interessem à execução de testamento;

c

promover a exibição dos testamentos em juizo e a intimação dos testamenteiros pra dar-lhes cumprimento;

d

opinar sôbre a interpretação de verba testamentária, promover as medidas necessárias à execução dos testamentos, à administração e à conservação dos bens do testador;

e

requerer a prestação de contas dos testamenteiros;

f

promover a remoção dos testamenteiros negligentes ou culpados;

g

promover a arrecadação dos resíduos, quer para a sua entrega à Fazenda Pública, quer para cumprimento do testamento;

h

requerer e promover o cumprimento dos legados pios;

i

requerer a notificação dos tesoureiros e quaisquer responsáveis por hospitais, asilos e fundações que recebam legados, para prestarem contas de sua administração;

j

requerer a remoção dos administradores das fundações, nos casos de negligência ou prevalicação e a nomeação de quem os substitua, salvo o disposto nos respectivos estatutos ou atos constitutivos;

l

promover o sequestro dos bens das fundações, ilegalmente alienados, e dos adquiridos pelos administradores e funcionários delas, ainda que por interposta pessoa ou em hasta pública;

m

velar pelas fundações, promovendo a providência a que se refere o art. 30, parágrafo único, do Código Civil e oficiar nos processos que lhes digam respeito;

n

promover a observância do disposto no Título III, do Livro IV, do Código Civil, nos inventários e demais processos.

Art. 133, III, c da Lei Estadual do Paraná 315 /1949