Use o Vade Mecum AI para Concursos: Lei + Questões em um só lugar!
JurisHand AI Logo

Jurisprudência TSE 060277641 de 28 de setembro de 2020

Publicado por Tribunal Superior Eleitoral


Relator(a)

Min. Tarcisio Vieira De Carvalho Neto

Data de Julgamento

10/09/2020

Decisão

O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Votaram com o Relator os Ministros Sérgio Banhos, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques e Luís Roberto Barroso (Presidente).             Composição: Ministros Luís Roberto Barroso (Presidente), Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Sérgio Banhos

Ementa

EMENTA ELEIÇÕES 2018. PRESTAÇÃO DE CONTAS. DEPUTADO ESTADUAL. DESAPROVAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO. CONJUNTO DE IRREGULARIDADES. PREJUÍZO À CONFIABILIDADE DAS CONTAS. GRAVIDADE. DEFICIÊNCIA RECURSAL. SÚMULA Nº 27/TSE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 24/TSE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO EVIDENCIADO. SÚMULA Nº 28/TSE. REITERAÇÃO DE ARGUMENTOS. SÚMULA Nº 26/TSE. DESPROVIMENTO. 1. Na linha da remansosa jurisprudência desta Corte Superior, "a simples reiteração de argumentos já analisados na decisão agravada e o reforço de alguns pontos, sem que haja no agravo regimental qualquer elemento novo apto a infirmá–la, atraem a incidência do Enunciado da Súmula nº 26 do TSE" (AgR–REspe nº 1669–13/DF, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 27.10.2016). 2. Ainda que assim não fosse, nos termos da decisão ora impugnada, houve notória deficiência recursal nas razões apresentadas pelo agravante, circunstância que atraiu o óbice da Súmula nº 27/TSE, uma vez que a Corte de origem não tratou da obrigatoriedade da emissão de recibos, mas da divergência das informações neles contidas que não corresponderam à realidade, e consignou a ausência de veículos registrados no ajuste contábil que justificassem o gasto efetuado com combustível, indicando que referidas incongruências foram suficientes para macular a confiabilidade das contas e ensejar sua rejeição. 3. A reforma do acórdão regional a fim de assentar que as irregularidades em conjunto não macularam a confiabilidade das contas e aprová–las, ainda que com ressalvas, à luz dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade e do art. 30, II, da Res.–TSE nº 23.553/2017, demandaria o reexame do acervo fático–probatório dos autos, o que não é admitido em recurso especial, consoante disposto na Súmula nº 24/TSE. 4. Segundo a orientação jurisprudencial deste Tribunal Superior, "não incidem os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade quando as irregularidades identificadas na prestação de contas inviabilizarem a fiscalização das despesas pela Justiça Eleitoral (REspe 5781–83, rel. Min. Henrique Neves, DJe de 18.3.2016)" (AgR–REspe nº 152–30/SE, Rel. Min. Admar Gonzaga, DJe de 27.9.2018 – grifei). 5. Dissídio jurisprudencial não comprovado, conforme preconiza a Súmula nº 28/TSE. Ademais, "o recurso especial, quando fundamentado em suposta divergência jurisprudencial, não comporta conhecimento nas hipóteses em que, a pretexto de modificação da decisão objurgada, se pretenda o revolvimento do conjunto fático–probatório dos autos" (AgR–REspe nº 191–87/AP, Rel. Min. Og Fernandes, DJe de 19.6.2019). 6. Agravo regimental a que se nega provimento.


Jurisprudência TSE 060277641 de 28 de setembro de 2020