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Decreto Estadual de Minas Gerais nº 8.225 de 11 de fevereiro de 1928

Publicado por Governo do Estado de Minas Gerais

Secretaria do Interior, em Belo Horizonte, 11 de fevereiro de 1928.


I

Leitura e recitação – Os trechos para leitura e recitação deverão ser antecipadamente escolhidos pelo professor, que mandará lê-los com expressão e sem declamação, corrigindo os defeitos ou erros que notar. Quando não tiver sido satisfatória a leitura, cumpre ao professor repeti-la. Este terá o máximo cuidado em pronunciar claramente os vocábulos e dar toda expressão à leitura, para o que, deverá exercitar-se no sentido de obter pronúncia boa e voz flexível e agradável, quando não possua um órgão educado para tal fim.

II

Ortografia – Todos os exercícios, de leitura ou ditado, deverão ser considerados como aplicações ortográficas. O professor chamará a atenção para as palavras cuja ortografia apresenta dificuldades, e dará exercícios frequentes para que tenha ensejo de corrigir, diante da classe, os erros encontrados. Ensinará, pelo mesmo processo, o emprego dos sinais de pontuação.

III

Vocabulário – Os exercícios de vocabulário deverão ser executados, sempre que possível, no correr das leituras, ao ensejo da correção de provas e na exposição feita oralmente pelos alunos, de modo que, dia a dia, esses enriqueçam o seu vocabulário. Ensine-se o manuseio do dicionário e desperte-se a curiosidade dos alunos para conhecer novos e expressivos termos.

IV

Redação – Não há negar que é este exercício o mais completo e que melhores resultados oferece para o conhecimento prático da língua. Nele é que se põe à prova a dedicação do professor, por ser o mais trabalhoso. E não só a dedicação: também a sua inteligência, a sua competência e orientação pedagógicas. Esses exercícios deverão ser quinzenais. A princípio os alunos escreverão simples notícias de fatos e causas. Depois cartões, cartas sobre todos os assuntos comuns na vida social.

V

Noções gramaticais: 1 – Ideia do substantivo: gênero e número; próprio e comum; abstrato e concreto. 2 – Femininos irregulares. Plural irregular 3 – Ideia do coletivo e noção prática de sua concordância com o substantivo (casos vulgares). 4 – Ideia do adjetivo qualificativo. Gênero e número. Concordância com o substantivo (casos vulgares). 5 – Determinativo. Ideia das várias divisões, notadamente do articular. 6 – Noção do grau do substantivo. Exercício orais e escritos. 7 – Noção do grau dos adjetivos. Exercícios para formação dos comparativos e superlativos. 8 – Pronome. Sua função. Pronome pessoal. 9 – Ideia das outras espécies de pronome. 10 – Ideia do verbo. Exercício de conjugação 11 – Verbos regulares. Os paradigmas. Exercícios. 12 – Exercícios com os auxiliares: ter, haver, ser e estar. Segundo ano

I

Leitura e recitação.

II

Ortografia.

III

Vocabulário.

IV

Redação. Ver o 1º ano.

V

Noções de gramática.

VI

Redação. 1 – Exercício de conjugação dos verbos estudados no 1º ano. Modos e tempos. 2 – Exercícios para verificação de particularidades gráficas e fonéticas dos verbos da primeira conjugação, terminados em car, çar, ear, gar, guar, iar e oar. 3 – Exercícios para apresentação de particularidades gráficas e fonéticas de alguns verbos da segunda e terceira conjugação principalmente os terminados em cer, ger, guer, gir, uir e uzir. 4 – Exercícios com verbos irregulares. 5 – Exercícios especiais para conjugação dos verbos fazer, dizer, perder, valer, ir, vir, cair, sair, pedir, vestir e ouvir. 6 – Exercícios para conjugação dos verbos compostos. 7 – Exercícios para conjugação dos verbos na forma negativa. 8 – Exercícios para conjugação de verbos pronominais e verbos pronominais pela negativa. 9 – Ideia do advérbio. Maneira de distingui-lo. 10 – Ideia da proposição 11 – Ideia da conjugação e da interjeição. 12 – Noção da crase. Exercícios. FRANCÊS 1º ano e 2º O estudo de frases há de ser considerado, no ensino normal, um meio e não um objeto de conhecimento. Se nossa literatura didática fosse mais rica, bastaria para o normalista aprender tão somente a língua vernácula. Porque não sucede, fazer-se necessário que se lhe ensine outra língua, como instrumento imprescindível para desenvolver os seus estudos. Não se propõe o normalista a lecionar francês, e por isso torna-se-lhe dispensável o conhecimento teórico desse idioma. Apenas tem ele por objetivo ler e traduzir obras escritas naquela língua. Convém aplicar para esse fim o método direto, ensinando-se o vocabulário, a pronúncia e a tradução. Conhecer primeiramente grande número de palavras da linguagem comum, e depois passar a traduzir os livros adotados. De que modo ensinar o vocabulário? De modo intuitivo e atraente, dando a conhecer, de cada vez e em ordem alfabética, certo número de palavras, que serão transcritas no quadro-negro. Para melhor se gravarem na memória dos alunos, deverão estes copiá-los em seus cadernos. Com as referidas palavras formar-se-ão frases para a classe ler e traduzir. Por meio dessas frases, construídas em diversos tempos verbais, serão aprendidas as conjunções, para o que muito auxiliará o próprio sentido do texto. Cumpre fazer também o estudo direto das conjugações, escrevendo-as no quadro, a fim de serem lidas, copiadas e decoradas pela classe. Neste caso, elas farão parte do vocabulário, aprendido pelos alunos, já em listas que copiaram, já em frases que verteram. O vocabulário obedecerá a um plano. Ir-se-á desenvolvendo gradativamente, à medida que a classe se for adiantando: poucas palavras a princípio, depois aumento progressivo, de acordo com a capacidade dos alunos. Em seu diário de classe, o professor formará facilmente o vocabulário, a começar de dez palavras, com as quais escreverá sentenças adstritas a uma ideia central. Serão estas as ideias centrais para os exercícios: – verbo avoir no presente do indicativo; être no mesmo tempo; os órgãos dos sentidos; partes do corpo humano; avoir nos tempos simples do indicativo; êntre nos referidos tempos; o vestuário; nomes de boas qualidades; avoir nos tempos simples; être nos mencionados tempos; pessoal da escola; objetos escolares; conjugação do verbo avoir; a casa de família, nomes de parentesco; conjugação do verbo être; nomes de pessoas; idem de profissões; verbo regular da 1ª conjugação nos tempos simples; uma casa; os móveis; verbo da 1ª conjugação nos tempos compostos; o pomar; o jardim; verbo regular da 2ª conjugação no tempo simples; alguns adjetivos qualificativos; nomes de cores; verbo regular da 2ª conjugação nos tempos compostos; nomes de forma; idem, de qualidades más, verbo regular da 3ª conjugação nos tempos simples; as bebidas; os alimentos; verbo regular da 3ª conjugação nos tempos compostos; os cereais; as frutas; verbo regular da 4ª conjugação nos tempos simples; animais domésticos; os pássaros; verbo regular da 4ª conjugação nos tempos compostos; vozes de animais; som das coisas; conjugação do verbo aimer; adjetivos numerais; o relógio; conjugação do verbo finir; nomes de países; adjetivos pátrios; conjugação do verbo recevoir; o tempo; as estações; conjugação do verbo rendre; a cidade; os meios de transporte; conjugação do verbo aller; nomes de insetos, as crias dos animais; conjugação do verbo servir; uma fazenda; uma fábrica de laticínios; conjugação do verbo voir; os tecidos; os enfeites; conjugação do verbo écrie; alguns correlativos; alguns antônimos; um verbo irregular; nomes próprios de pessoas; nomes diminutivos de pessoas. Devidamente associada às ideias, a formação do vocabulário tornar-se-á interessante, despertando a colaboração da classe, que é de grande proveito para o ensino. Em torno da ideia central deem-se as palavras necessárias às frases, como os artigos, determinativos, pronomes, preposições advérbios, etc. O ensino de francês no curso de adaptação abrangerá, portanto, três partes: vocabulário, tradução oral e tradução escrita. O professor apresentará no quadro uma lista de vocábulos franceses com os respectivos significativos; procederá à leitura deles; passará a relê-los conjuntamente com a classe; determinará que cada aluno leia por sua vez; fará a classe copiar a lista, dirá o vocábulo e exigirá a sua significação; dará esta e pedirá aquele. Nas aulas subsequentes os dois últimos exercícios compreenderão também as palavras anteriormente dadas. Deste modo é que será ensinado o vocabulário. Quanto à tradução oral, escreverá o professor, no quadro, diferentes frases que formou com palavras do vocabulário conhecido. Ensinará os alunos a lê-las, e os fará traduzi-las. Inverterá a ordem das frases para serem traduzi-las de novo. Determinará aos alunos a leitura de cada uma delas, e logo depois a tradução oral. Com referência à terceira parte do ensino, apresentar-se-ão no quadro, várias frases em francês. A classe tirará cópia das mesmas e irá traduzi-las por escrito. O professor dará depois, no quadro a sua tradução para o efeito de os alunos poderem corrigir os erros, que tiverem praticado. ARITMÉTICA 1º ano 1º – Leitura e escrita dos números inteiros. 2º – As quatro operações fundamentais. Sinais aritméticos. Igualdades. Noção de potência. Exercícios sobre cálculo mental e cálculo rápido. 3º – Divisibilidade dos números por 2, 3, 5, 9, 10. 4º – Decomposição de um número em fatores primos. 5º – Máximo divisor comum de dois números dados pelo método das divisões sucessivas. Mínimo múltiplo comum de dois números pelo processo do máximo divisor comum. 6º – Frações ordinárias. Simplificação de frações. Redução de frações à expressão mais simples. Redução de frações ao mesmo denominador comum. Comparação de frações. As quatro operações sobre frações. Exercícios sobre cálculo mental e cálculo rápido. 7º – Números decimais. As quatro operações sobre decimais. Transformações de frações decimais em ordinárias e vice-versa. 8º – O sistema métrico decimal. As unidades fundamentais e derivadas. 2º ano 1º – Revisão da matéria do primeiro ano. 2º – Cálculo de polinômios aritméticos. O valor dos parênteses. Noção do número negativo. Exercícios sobre o cálculo mental e o cálculo rápido. 3º – Aplicação dos números primos ao máximo divisor comum e ao mínimo múltiplo comum de dois ou mais números. 4º – Divisibilidade por 4, 25 e 11. 5º – Redução de frações ao mínimo denominador comum. Cálculo de polinômios aritméticos em que há termos fracionários. Frações complexas. Cálculo de frações ordinárias em que os termos são decimais. Potência de frações ordinárias e decimais. Mostrar que o quadrado de um número menor do que a unidade é menor do que o número. Divisões inexatas: complemento do quociente e divisão aproximada. Cálculo mental e cálculo rápido. 6º – Decimais periódicas e frações geratrizes. 7º – Unidades do antigo sistema de medidas ainda usadas no Brasil. Sua conversão ao sistema métrico decimal e vice-versa. 8º – Extração de raiz quadrada de números inteiros a menos de uma unidade. 9º – Regra de proporções. Regra de três simples, direta e inversa. Dar a noção de proporcionalidade de grandezas e aos números que as medem. 10 – Juros simples. Calcular os juros, conhecendo-se o capital, a taxa e o tempo. Nota: – São extensivas, no que for aplicável, ao curso de adaptação às recomendações feitas a propósito do ensino de aritmética nas escolas do segundo grau: devendo ser, entretanto, diárias as arguições. Recomenda-se com especial cuidado a agilidade no cálculo escrito ou mental e a exatidão dos resultados. São também aconselháveis artifícios para tornar mais rápidos os cálculos sobre inteiros fracionários. GEOGRAFIA 1º ano Preliminares Os corpos celestes – estrelas, planetas e satélites, cometas. O Sol – forma – dimensões – movimentos. A Terra – Forma – dimensões – movimentos. Dia e noite – Causas da sua desigualdade – Estações. – Os trópicos – Zonas. A Lua – forma – dimensões – movimentos – Suas frases – Eclipses. Orientação – Pontos cardeais – Rosa dos ventos – bússola. Círculos da esfera terrestre – latitude e longitude. Representação da esfera terrestre – Globo – Carta geográfica – Escalas. PSICOGRAFIA ELEMENTAR A Terra – 1º – O elemento sólido – sua distribuição – Continentes, etc. – Feições principais do relevo – Vulcões – Terremotos. 2º – O elemento líquido – Sua distribuição – Os oceanos – Marés, vagas, correntes marinhas – Águas correntes e a erosão – Geleiras – Rios (elementos de estudo) – Dados comparativos entre os principais rios do mundo. 3º – O elemento gasoso – Trabalho de atmosfera – Noções sobre temperatura, ventos e chuvas – Climas. 4º – Tipos de vegetação característicos do Globo – Fauna Típica – (localizar) – Noção de "região natural". COROGRAFIA DO BRASIL (Parte geral) Situação geográfica – Forma – Superfície – Pontos extremos – Posição no continente sul-americano – Dados comparativos – limites. Aspecto físico – Feições gerais do relevo brasileiro – Maciço Atlântico. Maciço Central – Maciço nortista – Maciço Guianense – Planaltos e planícies. Litoral – Aspecto e relações geográficas com relevo. Bacias hidrográficas – Amazonas, São Francisco Paraná – Paraguai. Dados comparativos – Lagos e lagoas. Clima – Posição astronômica do Brasil – Latitude e altitude – Distribuição das temperaturas, dos ventos e das chuvas – Vegetação e fauna. Característicos fisiográficos das regiões naturais. Geografia econômica – Principais produtos vegetais, a) alimentos: café, cacau, milho, açúcar, arroz – b) indústrias – algodão, borracha, madeiras. Produtos minerais, ferro, ouro, carvão – Fauna. A indústria nacional – Viação e portos. Comércio brasileiro. Divisão administrativa. Capitais, portos principais. Governos. NOÇÕES DE ANTROPOGEOGRAFIA 2º ano Raças – Línguas – Religiões. Formas sociais. Civilização – Seus estágios – Formas de governo. Atividade econômica do mundo. 1º – Principais culturas do globo.

a

Alimentação – trigo, milho, arroz, açúcar, café, vinha, etc.

b

Indústria – algodão, fumo, etc. 2º – Criação de gado – Produtos e ela ligados. 3º – Indústria Extrativa – borracha, carvão, ferro, ouro, madeiras. Fabril, etc. – tecelagem, algodão, linho, etc… 4º – Comércio – Vias de comunicação e transporte. Descrição geral da Europa, Ásia, África, América do Norte e do Sul, Oceania na ordem seguinte: Feições fisiográficas

a

Relevo

b

Clima

c

Hidrografia

d

Vegetais e animais característicos. 3º – Populações. 4º – Divisão política. 5º – Recursos econômicos. NOÇÕES DE CIÊNCIAS NATURAIS Primeiro ano 1 – Fontes de calor, fricção; percussão; reações químicas; eletricidade; o sol. Efeitos do calor sobre os gases e os líquidos. Experiências. Como se faz uso do termômetro. Combustão. A chama de uma vela; as propriedades de chama; condições necessárias para que a vela se acenda. Evidenciar a presença, na chama de carbono e anidrido carbônico. 2 – Água. Algumas de suas propriedades. O nível do carpinteiro. Gases dissolvidos na água; a relação que existe entre este fato e a vida dos peixes. Desvio produzido pela água na luz. Mudança de estado de água; evaporação; influência da superfície, do calor, do vento sobre a mesma. Produção de frio pela evaporação. Fazer ferver água com gelo. Condensação do vapor d’água Congelação e fusão. Temperatura de congelação da água; dilatação na congelação da água. Fusão do gelo. Sorvete. 3 – Bomba hidráulica. Sifão. A água passa através da bomba e do sifão por causa do peso do ar fazendo pressão sobre a superfície da água. Demonstrar a pressão do ar por meio de experiências simples. 4 – Meios de transporte: a) a locomotiva. Fazer funcionar uma máquina a vapor em miniatura, dessas que servem para brinquedo de crianças, para que os alunos notem o que se passa nas suas várias partes, auxiliando-os o professor a compreender os princípios que entram em jogo; b) o bonde. Este é movido pelo motor. O eletromagneto, o ímã; fazer experiências. Substâncias atraídas pelo ímã. Ação do magnetismo através de várias substâncias. Ação recíproca de dois ímãs. Polo norte e polo sul. O campo magnético. Imprimir o campo magnético em papel, carbono. Como se faz um eletromagnético. Fazer um em presença dos alunos e executar com ele experiências simples. Se possível, fazer funcionar um motor de brinquedo; mostrar as suas partes; ligá-lo a uma pilha, mostrando como ele trabalha. 5 – O navio. Porque flutua o navio, sendo ele de aço, que é mais pesado do que a água. Experiências simples para mostrar que os corpos, quando mergulhados na água, perdem uma parte de seu peso. Diferença de flutuação na água doce e na água salgada. Como são impelidos os navios. Como eles se guiam; a bússola. Imantar uma agulha e mostrar como se faz uma bússola. O submarino. Por meio de uma experiência simples, mostrar a razão por que o submarino afunda e sobe à tona. 6 – Fotografia, Improvisar uma câmara óptica com uma caixa de papelão, fazendo numa de suas faces uma abertura quadrilátero de uma polegada mais ou menos; fecha-se essa abertura com um pedaço de papel de seda branco. Na face oposta faz-se um pequeno furo. Cobre-se a cabeça e a caixa com pano escuro e focaliza-se uma chama de vela, por exemplo. Qual a posição da imagem formada. Fazer variar o tamanho da imagem, aproximando ou distanciando a câmara da vela. Mostrar como, colocando-se uma lente entre a chama e a câmara, é aperfeiçoada a máquina primitiva. A máquina fotográfica comum. Mostrar uma aos alunos, fazendo-a funcionar. 7 – Os animais e as plantas. Diferenças fundamentais entre uns e outros. Animais: Estudar em tipo escolhido entre os grupos zoológicos abaixo mencionados. A esse tipo principal serão subordinados alguns tipos secundários de modo a evidenciar os caracteres dominantes do grupo ao qual pertencia os diversos tipos estudados. Este estudo deve ser feito do ponto de vista dos caracteres exteriores, dos caracteres anatômicos mais salientes, costumes, etc.

a

a galinha e algumas aves;

b

o cão e alguns mamíferos;

c

a mosca e alguns insetos;

d

comparação das diferentes classes e caracteres dominantes do ramo dos vertebrados. Segundo ano 1 – Recapitular sumariamente o programa do primeiro ano. Como se mede o tempo. Relógio de areia (ampulheta). O pêndulo. Fazer experiências fáceis com um pêndulo – um pequeno peso ligado à extremidade de um barbante. Mostrar que ele oscila mais ou menos vezes por minuto, conforme o barbante é mais curto ou mais longo. O relógio de parede; o que se deve fazer com um relógio de parede quando ele atrasa ou adianta. Que efeitos produzem sobre o número de oscilações de um pêndulo os seguintes fatores: o peso, o comprimento e a amplitude da oscilação. 2 – Algumas machinas simples que suavizam o trabalho do homem. A alavanca. Fazer com a alavanca experiências singelas, a fim de mostrar o que se dá quando varia o comprimento de seus braços. A tesoura, o quebra-nozes, o abridor de lata, etc. Outras aplicações de alavanca. Plano inclinado. Aplicações. 3º – O som. Comparar os sons tirados em uma corda frouxa e em outra esticada; em uma longa e outra curta; em uma de metal e outra de tripa. Os fatores que modificam o som. Aplicações; a música. 4 – O cinema. Mostrar como funciona uma lanterna mágica. Fazer experiências a fim de mostrar porque parece contínua a série de retratos, no cinema. 5º – Ácidos, bases e sais. Fazer experiências com o papel de tornesol. Os alunos devem experimentar papel azul e vermelho em várias substâncias: suco de frutas, leite azedo, leite fresco, água açucarada, solução de soda, amoníaco, etc. Águas "duras"; como se reconhecem essas águas. Porque não servem para cozinhar. 6º – O tempo. As estações. A temperatura. Notar a temperatura da sala de aula nas diversas épocas do ano. O vento. As nuvens. A chuva. O orvalho. A geada. O céu. Noções muito sumárias sobre o sol, a lua, as constelações. 7 – Plantas: Estudar sumariamente, sob o ponto de vista organográfico, as plantas floridas mais comuns. De como os animais e o vento servem à reprodução das plantas, transportando o pólen e as sementes. 8 – Conhecimento sumário das principais espécies de plantas da flora local (árvores frutíferas, plantas de ornamentação, de grande cultura, hortaliças, etc.). Exercícios de determinação das plantas pelas folhas e pelas flores, cujas partes sejam bem aparentes. 9 – Noções sumárias de geologia e mineralogia. O globo terrestre: crosta e núcleo central. Ação dos ventos e das águas sobre a superfície da terra. As cachoeiras. Os vulcões e os tremores de terra. Riqueza mineral do Brasil, especialmente de Minas Gerais. Ferro, ouro, pedras preciosas. Observações – O estudo deste programa deverá ser eminentemente prático. Os alunos tomarão parte ativa nas lições, realizando experiências; fazendo observações, cujo resultado será apresentado ao professor sob forma de monografias escritas ou orais, ilustradas por desenhos, esquemas, etc. Toda lição deverá ser acompanhada de sugestões e exemplos das aplicações mais comuns a ela referentes. O melhor meio de despertar o interesse dos alunos pelas aulas é o problema. Sem o problema a aula não passa de uma repetição sem objetivo e desinteressante. Em uma aula sobre plantas, por exemplo, o professor e os alunos estudam a folha, suponhamos. Se eles se limitarem a observar as dimensões, a forma, a cor da folha, o número de suas nervuras, o comprimento do pecíolo e outros detalhes, a lição nada aproveitará. O mesmo não se dá quando o professor propõe aos alunos um problema. Qual a diferença existente entre uma jabuticaba e uma laranjeira, por exemplo. Neste caso, os alunos tomarão uma folha de cada uma dessas árvores, notarão a forma, cor, número de nervuras, a sua disposição em relação ao caule e aos galhos, etc. O mesmo deverá ser feito a propósito dos animais: qual a utilidade da abelha? Ou: qual a diferença entre a mosca doméstica e o gafanhoto? O Professor deverá fazer excursões com os alunos a fim de observar e estudar os animais, as plantas e os minerais em plena natureza. As noções de física e química serão estudadas experimentalmente. Toda afirmação deve ser confirmada por uma experiência. Os problemas e as aplicações são, aqui, como em história natural, fatores indispensáveis à eficiência do ensino. As experiências devem ser tão simples quanto possível, podendo o material nelas empregado ser adquirido por qualquer dos alunos ou pelo professor. Por exemplo: para estudar a chama de uma vela é necessário o seguinte material: uma vela, fósforos, um pedaço de vidro ou papel cartão, um copo grande, um vidro de lampião, água de cal. Para demonstrar a pressão atmosférica: tubo de borracha, tubo de vidro, copo de papel, cartão, conta-gotas (dispensável), uma garrafa de boca mais ou menos larga, um ovo ou uma banana. O professor deverá variar as experiências, sugerindo-as aos alunos para que eles as escutem. Bibliografia – E.Albert – Histoire Naturelle élémentaire. Waldemiro Potsch – História Natural. Heitor Lyra da Silva – Problemas Práticos de Física Elementar. C.A. Barbosa de Oliveira – Química Elementar. Ganot – Física elementar. Fall – Science for beginners. Waschburne – Common Science. DESENHO Indicações O ensino de desenho neste curso constituirá, ao mesmo tempo, uma continuação dos estudos feitos no curso primário e um novo degrau para o curso preparatório. Convirá, por consequência, dar toda atenção ao estudo de cópia do natural, aprimorando a observação visual com os estudos frequentes e cuidadosos de proporções. Para reproduzir de memória aquilo que se viu é necessário ter fixado as proporções. Não vê aquele que não observa, como não reproduz aquele que não observou. Neste dois anos, o desenho do natural abrangerá os assuntos que o professor escolher. Convém, entretanto, lembrar a necessidade de estudar as formas cilíndricas com algum cuidado para que as curvas sejam bem representadas. São inúmeros os objetos de uso comum que apresentam esta forma ou são dela derivados e, como do traçado das curvas das bases resulta todo efeito do desenho, convém que a observação seja a mais perfeita possível. Assim sendo, será conveniente dar aos alunos a noção de altura do horizonte e mostrar-lhes um círculo colocado nesta altura. Deverá afastá-lo do plano do horizonte para cima e para baixo, comparando com o lápis os diâmetros, para que observem bem que, enquanto um se conserva sempre com a mesma medida, o outro cresce à medida que se afasta do plano do horizonte. Concluir que os círculos, quanto mais distantes deste plano, tanto mais arredondados são. No estudo de formas prismáticas, prolongar as linhas para verificar a existência das fugas perspectivas. Determinar a altura do horizonte, com régua ou esquadro, por observação, e verificar, quando possível, a convergência das fugas num ponto sobre a linha do horizonte. PRIMEIRO ANO Desenho do natural, de imaginação, de memória e decorativo Desenho do natural: Estudo das formas derivadas do cilindro, esfera e ovoide. Cópia de peixe, répteis, aves e alguns mamíferos. Estudo de formas piramidadas cônicas e prismáticas. Cópia de objetos de uso comum. Desenho de imaginação e memória: Assuntos escolhidos pelo professor e extraídos dos programas das aulas de linguagem, geografia, ciências naturais, etc. Desenho decorativo: Disposições radiadas e envolventes circulares. Aproveitamento da flora e fauna estudadas para motivos. SEGUNDO ANO Desenho do natural, de imaginação, de memória e decorativos Desenho do natural Cópia de objetos de uso comum, de vegetais e animais. Cópia de conjuntos com dois ou três modelos; objetos de uso, flores, frutos. Desenho de imaginação e memória Ilustração de assuntos escolhidos pelo professor e extraídos dos programas de linguagem, geografia, história, etc. Desenho decorativo Disposições radiadas, circulares, frisos em séries. Aproveitamento da flora e fauna estudadas. EDUCAÇÃO FÍSICA 1º ano e 2º

I

Respiração – Ginástica respiratória.

II

Movimentos preparatórios – Exercícios de ordem e disciplina (sentido, direita e esquerda volver, divisão de uma coluna, etc.).

III

Marcha nos três ritmos (lenta, ordinária e acelerado).

IV

Formatura a dois, quatro e oito de fundo.

V

Posições fundamentais dos braços.

VI

Marcha ritmada com canções apropriadas.

VII

Exercícios simples de ginástica sueca.

VIII

Marcha cadenciada com todas as variações (ponta dos pés, calcanhares, com movimentos assimétricos dos braços, com os braços nas suas diversas posições fundamentais etc.).

IX

Exercícios de suspensão alongada em barras fixas.

X

Saltinhos no mesmo lugar: cruzado, com flexões frontais e aberturas laterais, de corda, etc.

XI

Corrida de velocidade (pequenas distâncias).

XII

Jogos menores (bola ao triângulo, handebol e captain-ball).

XIII

Passos rítmicos, estudos dos gestos e suas combinações e modo de se obter a flexibilidade das juntas. TRABALHOS MANUAIS E MODELAGEM O programa de trabalhos manuais e modelagem para o 1º ano e o 2º, do curso de adaptação, será o mesmo programa do 3º ano e do 4º, do curso primário. CURSO DE PREPARATÓRIOS Português Neste curso (1º, 2º e 3º anos) serão continuados os exercícios de leitura e recitação, ortografia, vocabulário e redação, iniciados no curso de adaptação. A estes exercícios se juntará o de composição, e a todos se dará mais amplitude, ao mesmo tempo que, gradativamente, se tornem mais difíceis. Serão escolhidos trechos de prosa e verso, para serem ditos de memória pelos alunos, trechos que serão sempre objeto de comentário prévio. Mensalmente, o professor marcará uma prova escrita para ser elaborada pela classe, fora do tempo das aulas. No que concerne à terminologia da análise, mister se torna reduzi-la aos termos essenciais. PRIMEIRO ANO 1 – Linguagem. Palavra. Sílaba. Letra, gramática, definição e divisão. 2 – Notações léxicas, acentos agudos, circunflexo, nasal, cedilha, apóstrofo, hífen, etc. 3 – Classificação das palavras quanto ao número de sílabas e quanto à tonicidade. Exercícios sobre a decomposição das palavras em sílabas. 4 – Grupos vocativos e consonantais. Exercícios sobre o emprego das letras dobradas e mudas e sobre a partição das palavras. 5 – Alterações fonéticas (as principais). Crase, Lição desenvolvida sobre o emprego da crase. 6 – Palavras simples e compostas, primitivas e derivadas. 7 – Palavras sinônimas, homônimas, parônimas e antônimas. 8 – Palavras variáveis e invariáveis. Substantivos. Definição e classificação. 9 – Adjetivo. Definição e divisão. 10 – Flexão de gêneros do substantivo e do adjetivo qualificativo. 11 – Flexão de número do substantivo e do qualificativo, notadamente dos nomes terminados em ão. 12 – Formação do plural dos nomes compostos. 13 – Flexão de grau dos substantivos. 14 – Flexão do grau dos adjetivos. Formação do comparativo e do superlativo. 15 – Adjetivos determinativos: articulares, possessivos, demonstrativos. Distinção entre as formas este, esse, aquele (e suas variações). 16 – Numerais e indefinidos. Conversão das formas cardinais em ordinais. 17 – Pronome. Definição. Divisão. Pronomes pessoais: casos retos; casos oblíquos. 18 – Pronomes possessivos e demonstrativos. 19 – Pronome relativo. Pronome e interrogativo. Pronome indefinido. Exercícios repetidos sobre o emprego da forma cujo. 20 – Verbo. Classificação quanto à terminação e quanto à conjugação. 21 – Verbos auxiliares: ter, haver, ser e estar. Tempos Compostos. 22 – Verbos regulares. Tempos primitivos e derivados. 23 – Verbos irregulares da 1ª e da 2ª conjugação. 24 – Verbos irregulares da 3ª conjugação, particularizadamente ir, vir e compostos: medir, pedir, impedir e despedir. 25 – Estudo minucioso do gerúndio e dos particípios duplos. 26 – Advérbio. Definição. Divisão. 27 – Preposição e conjunção. Interjeição. 28 – Diferenciação entre as categorias invariáveis. Locuções: adverbiais e conjuncionais. SEGUNDO ANO Antes de iniciar as lições deste ano, deverá o professor reservar o tempo que lhe parecer necessário para recapitular sumariamente a matéria do 1º ano, insistindo sobre a análise léxica e esforçando-se por que os alunos discriminem, nos trechos propostos, as categorias gramaticais e distingam nitidamente uma das outras. Merecer-lhe-á especial cuidado a revisão dos verbos irregulares, por meio de sabatinas orais e escritas. 1 – Noções de período e de oração. Ditado de frases em que só figuram o sujeito e o predicado. Distinção entre estes dois termos. Modo de conhecê-los. Função lógica do verbo. 2 – Verbos de predicação completa e incompleta. Noção do objeto direto e do indireto. Verbos predicativos. 3 – Adjuntos predicativos e adverbiais. Modificadores do sujeito e do objeto. 4 – Concordância do verbo com o sujeito. Exercícios copiosos sobre este assunto. 5 – Conceito da sentença absoluta e estudo da composta por coordenação. Noção do conectivo. 6 – Estudo das orações subordinadas, mostrando a função das mesmas no período. Noções sobre os conectivos subordinativos. 7 – Distinção entre orações coordenadas e subordinadas pela natureza dos conectivos. 8 – Colocação dos termos da oração. Casos em que há alteração do sentido e casos em que não há. 9 – Pontuação. Ditado de trecho omisso quanto a pontuação para ser completado pelos alunos. O professor deverá aproveitar a oportunidade para mostrar a função esclarecedora dos diferentes sinais empregados. 10 – Explicar por meio de trechos ditados ou escritos o melhor modo de colocar os pronomes clíticos. 11 – Vozes verbais: ativa, passiva, reflexa. Conversão da voz ativa em passiva e vice-versa. 12 – Conjugação perifrástica. Verbos pronominais, verbos defectivos: impessoais e pessoais. 13 – Classificação das orações: absolutas, principais, coordenadas e subordinadas. 14 – Estudo sobre as subordinadas reduzidas: infinitivas, gerundiais e participais. 15 – Concordância do verbo com o sujeito composto, nominal, oracional e colectivo. 16 – Concordância do adjectivo com o substantivo e do predicativo nominal e pronominal com o sujeito. 17 – Concordância por atração, silepse. TERCEIRO ANO Antes de iniciar as lições da matéria deste ano, deverá o professor fazer uma revisão da matéria ensinada no ano anterior, quanto à análise sintática, para firmar bem as noções adquiridas pela classe, insistindo particularmente sobre a classificação das orações e sobre o emprego dos sinais de pontuação. 1 – Estudo minucioso sobre a estrutura dos vocábulos: raiz, tema e afixos. 2 – Assimilação. Afixação. 3 – Prefixos latinos. Estudo sintético. Formas e acepções de cada um. 4 – Sufixos. Formas e acepções de cada um. 5 – Prefixos gregos e sufixos gregos (os principais). 6 – Cognação. Famílias de palavras (exercícios práticos). 7 – Palavras estranhas introduzidas no nosso léxico (indígenas, árabes, africanas, etc.). 8 – Sintaxe do adjetivo e sintaxe do pronome. 9 – Variações e funções de que. 10 – Classificação do verbo quanto ao sujeito, ao completamento, à voz e à significação. 11 – Sintaxe do pronome se. 12 – Sintaxe do verbo haver e de outros impessoais. Objeto direto preposicional. 13 – Sintaxe do infinito pessoal e do impessoal. 14 – Sintaxe de regência. Elementos regentes e regidos. 15 – Sintaxe de construção. Casos de posposição do sujeito. Colocação do adjetivo em relação ao substantivo e do aposto em relação ao fundamental. 16 – Revisão e estudo desenvolvido sobre os casos de próclise, mesóclise e ênclise. Reforço da próclise. Tmese. 17 – Figuras de sintaxe (as principais). 18 – Vícios de linguagem. 19 – Prosa e verso. 20 – Noções sobre metrificação. FRANCÊS O ensino de francês, que neste curso será de três anos, deverá começar pela revisão da matéria estudada no ano precedente. Da revisão um dos pontos principais está na conjugação dos verbos. Convirá, por isso, dar novos e variados exercícios, de modo que a classe, orientada nesse trabalho pelas explicações do professor, compreenda e guarde de memória o mecanismo das flexões verbais. Os alunos já conhecem o valor do vocabulário, mediante o qual aprenderam grande número de termos franceses. Do vocabulário ao dicionário é natural a transição, pois que este último não passa de ser um desenvolvimento daquele. O uso do dicionário francês-português ocupará uma série de aulas. Cumpre, em primeiro lugar, que cada aluno tenha um dicionário do mesmo autor, a fim de facilitar o ensino. Depois de se mostrar como essa obra é organizada e como se tira o significativo das palavras, seguir-se-ão exercícios, que deem à classe certo desembaraço no manuseio do dicionário. O professor escreverá no quadro alguns termos, que fará os alunos lerem. A um sinal, todos eles passarão a tirar os significados, que consignarão nos cadernos. Esse trabalho irá sendo feito cada vez com maior presteza, mas sem nenhuma precipitação, que possa prejudicar a sua qualidade. Exato e em letra inteligível, realizado dentro do menor prazo possível, assim é que deve ser. O ensino todo consistirá daqui por diante na tradução de livros. Para o primeiro ano adotou-se a obra de C. Wagner, "Vaillance". É trabalho utilíssimo no curso normal e redigido em linguagem clara e elegante. Faça-se a tradução oral de todo o livro, exigindo-se que ela represente esforço pessoal da classe; depois a tradução escrita de alguns capítulos, tanto quanto possível bem cuidada. No segundo ano far-se-á uma versão do livro do Dr. Toulouse, "Comment se conduire dans la Vie". É uma produção de elevado alcance para a educação do normalista. Poder-se-ão trasladar oralmente todos os capítulos, e em seguida por escrito. No último ano, já senhores de um rico vocabulário, os alunos terão tempo de verter a obra magistral de François Guex, "Histoire de l'instruction et de l’éducation". Uma parte de importância será extrair notas da leitura, já no original, já traduzidas, com a indicação da respectiva página. As obras indicadas imprimem ao ensino de francês um caráter utilitário. Tal ensino é assim empregado desde logo como ferramenta para preparar o campo profissional do futuro educador. Os alunos, ao mesmo tempo que traduzem, vão colhendo ensinamentos úteis à carreira do magistério. Estudo metódico do vocabulário durante dois anos do curso de adaptação; tradução de quase 1.300 páginas no curso preparatório; conhecimento de três obras primorosas, tudo isso é suficiente para habilitar os alunos na língua francesa. E mais ainda, encaminhará a classe para a frequência da biblioteca, onde ele completará, no curso de aplicação, o conhecimento de francês, tornado agora um meio seguro para acompanhar sempre o progresso da ciência da educação. ARITMÉTICA 1º ano 1 – Numeração decimal dos números inteiros. Princípios e convenções. Grandeza e sua medida. Números inteiros e fracionários. Números incomensuráveis. A linguagem matemática. 2 – Teoria das quatro operações fundamentais. Teoremas gerais relativos a essas operações. Fórmulas literais que os exprimem. Composições do produto de dois polinômios numéricos. Regra dos sinais. Exercícios numerosos sobre o cálculo mental e o cálculo rápido. Problemas envolvendo as quatro operações. Potenciação. Quadro de um binômio. Igualdade e desigualdade. Como se pode isolar uma quantidade em uma expressão. 3 – Múltiplos de um número e divisores de um número. Teoria da divisibilidade. Caracteres de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 25 e 125. Prova dos nove, das quatro operações. 4 – Máximo divisor comum de dois ou mais números. Teoria dos números primos. Aplicações da teoria dos números primos, principalmente ao mínimo múltiplo comum e ao máximo divisor comum. Divisores de um número. Exercícios e problemas. Decomposição de uma fração em partes alíquotas. 5 – Frações ordinárias. Teoria das transformações e das operações sobre frações ordinárias. Definição geral de multiplicação e de divisão. Valor do produto ou do quociente quando o multiplicador ou o divisor é menor do que a unidade. Expressões literais das regras de operações sobre frações. 6 – Generalização às fracções dos teoremas gerais sobre as operações de inteiros. Composição de polinômios de termos fracionários. Cálculo de frações complexas. Cálculo mental rápido. 7 – Números decimais. Teoria das transformações e operações sobre decimais. Conversão de frações ordinárias em decimais e vice-versa. Dízimas periódicas. Cálculo de frações cujos termos são decimais. Multiplicação e divisão simplificadas. 8 – Revisão do sistema métrico decimal. Unidades do antigo sistema ainda em uso e sua conversão ao sistema métrico decimal e vice-versa. 2º ano 1 – Revisão da matéria do primeiro ano. 2 – Teoria da raiz quadrada dos números inteiros. Extração da raiz quadrada dos números fracionários. 3 – Teoria das proporções. Exercícios e problemas. 4 – Grandezas proporcionais: princípio fundamental. Regras de dez simples e compostas. Regra de juros simples. Desconto comercial. Regra de divisão em partes proporcionais e regra de companhia. Desconto comercial. 5 – Sistema monetário brasileiro. Câmbio. A libra, o dólar, o franco, a lira e o peso. Nota – A revisão da matéria será feita no segundo semestre do segundo ano, por meio de arguições, principalmente, tendo-se em vista as aplicações práticas dos princípios estudados na parte teórica. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Estudo analítico do programa primário sob o ponto de vista da distribuição e dosagem da matéria nele inscrita. Preparo raciocinado, pelos alunos, de lições destinadas à escola primária. Observações: 1º – Será destinada uma aula por semana, para resolução de exercícios e problemas, cuidadosamente escolhidos pelo professor, que os registrará em seu caderno de preparação de lições. O professor escreverá a questão formulada no quadro-negro, convidando em seguida uma aluna para resolvê-la, não sendo conferida a essa nenhuma nota por esse trabalho. No fim da aula, o professor proporá questões análogas às resolvidas, como exercícios para serem feitos em casa pelos alunos, os quais disporão para isso do prazo de uma semana. O professor corrigirá esses exercícios, conferindo-lhes notas, e os devolverá aos alunos, que os registrarão em seus diários de classes. Esses trabalhos constituirão exercícios complementares, de que trata o Regulamento do Ensino Normal. 2º – No curso normal, o ensino da aritmética tem um fim essencialmente educativo. Importa pouco ao futuro professor aprender na Escola Normal um número maior ou menor de teoremas e saber, em um momento dado, reproduzir uma demonstração. Mas é necessário à formação de seu espírito que, a propósito das questões ensinadas, lhe seja inculcado o método aritmético. Com esse objetivo, o professor terá o cuidado de solicitar a atenção dos alunos sobre os laços de dependência lógica que une uma verdade nova às já sabidas. De pouco ou nenhum proveito será o ensino se o professor se limitar a apresentar, ainda que de modo claro e simples, as demonstrações e soluções que os alunos compreenderão e conservarão durante algum tempo, mas cujo mecanismo íntimo não terá sido demonstrado diante o seu espírito, e cuja razão de ser não lhes terá aparecido de modo claro. Cada proposição nova será apresentada de modo a sugerir no aluno a marcha a seguir para encontrar a demonstração do teorema ou a solução do problema. Aplicado com inteligência, desde o início do ensino da aritmética, esse método conduz o aluno a abordar toda proposição com uma reflexão ativa, ao passo que a exposição simples só desperta a receptividade passiva e a memória formal, e isto de um modo tanto mais exclusivo quanto mais perfeita for a exposição. Habituando-se a resolver as dificuldades por um esforço ativo de seu espírito, o aluno não se sentirá entregue aos caprichos da memória nos trabalhos de aplicação que lhe forem exigidos. Em presença de uma questão matemática, ele saberá conduzi-la até a solução final ou até uma dificuldade intransponível, que ele reconhecerá acima de suas forças, e para a qual solicitará o auxílio de outrem. Colocando na primeira plana a preocupação do método no ensino da aritmética, o professor terá contribuído para dar ao raciocínio dos alunos a segurança e o rigor, de que só é capaz o estudo das matemáticas. 3º – O programa atende, na coordenação da matéria, às necessidades metodológicas de um ensino proveitoso, tendo incluído a representação literal das proposições aritméticas, como meio de inculcar e o raciocínio algébrico, tão útil e indispensável no ensino normal e primário, como ginástica mental insubstituível. GEOMETRIA 1 – Linha reta e plano. Ângulo. Retas perpendiculares. Ângulo reto, agudo e obtuso. 2 – Triângulos. Triângulos isósceles. Casos de desigualdade de triângulos. Perpendiculares e oblíquas. Triângulo retângulo. Casos de igualdade. 3 – Retas paralelas. Soma dos ângulos de um triângulo e de um polígono convexo. Paralelogramo, retângulo, losango, quadrado, trapézio. Noção de simetria em relação a um ponto e a uma reta. 4 – Circunferência e círculo. Interseção de uma reta e de uma circunferência. Cordas e arcos. Tangentes. Posições relativas de duas circunferências. 5 – Medida dos ângulos centrais e inscritos. Ângulos interiores exteriores. 6 – Linhas proporcionais. Triângulos semelhantes e polígonos semelhantes. 7 – Relações métricas em um triângulo retângulo. 8 – Polígonos regulares convexos. Inscrição dos polígonos regulares de 3, 4 e 6 lados. 9 – Retificação da circunferência. Valor de pi. 10 – Área do retângulo, paralelogramo, triângulo, trapézio, de um polígono regular e do círculo. 11 – Determinação de um plano. Interseção de um plano e de uma reta, de dois planos. Paralelismo das retas e dos planos. Reta e plano perpendiculares. Ângulos diedros. Planos perpendiculares entre si. 12 – Poliedros. Prismas. Pirâmides. Volume do paralelepípedo, do prisma e da pirâmide. 13 – Superfícies cilíndricas e cônicas de revolução. Planos tangentes. Esferas; seções planas, polos, planos tangentes, equador, meridiano, pequeno círculo e círculo máximo. Área lateral do cone e do cilindro de revolução. Área da zona esférica e da esfera. Volume do cilindro, do cone e da esfera. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 1 – Alinhamento de dois pontos sobre o terreno; perpendicular a este alinhamento. Medida da distância de dois pontos. Medida da altura de uma árvore ou de uma torre, pela sombra. Uso das balizas, da trena ou da fita métrica, do esquadro do agrimensor. 2 – Noção geral sobre o levantamento da planta de um terreno e a determinação de sua área. (Esses exercícios serão feitos no pátio ou jardim da escola). 3 – Interpretação da planta de um edifício; elevação e corte. 4 – Noção de coordenadas. Diagramas. Noção prática sobre a convenção cartesiana. 5 – Estudo analítico do programa primário do ponto de vista da distribuição e dosagem da matéria; preparo raciocinado de lições destinadas à escola primária. PROGRAMA DE DESENHO LINEAR O desenho linear constitui a parte prática da geometria. 1 – Uso da régua, do esquadro, do compasso, do tira-linhas, do transferidor. Traçado de linhas retas e curvas. 2 – Traçado das perpendiculares e paralelas. Divisão de uma reta em partes iguais. 3 – Traçado dos ângulos e dos bissetrizes. Construção de triângulos e de quadriláteros. Quadrado, retângulo, paralelogramo, losango, trapézio. 4 – Traçado da circunferência. Tangentes e secantes. Tangente comum a duas circunferências. 5 – Divisão da circunferência em partes iguais. Retificação da circunferência. 6 – Polígonos regulares. 7 – Divisão de uma reta em partes proporcionais. Polígonos semelhantes. Redução e ampliação das figuras; escalas. Compasso de redução. 8 – Construção de um triângulo equivalente a um polígono dado. 9 – Traçado da elipse. 10 – Prismas. Poliedros. Cilindros e cone de revolução. Desenvolvimento de superfícies. 11 – Projeção ortogonal. Fim, importância, noções preliminares e convenções. Projeções do ponto e da reta. Representação do piano. Projeção dos polígonos, do círculo e dos principais sólidos geométricos nas posições mais simples. Observações – Para tornar o ensino da geometria interessante, prático e eficaz, e, ao mesmo tempo, ministrar ao futuro professor o método que convém seja dado ao ensino das noções de geometria no curso primário, é recomendável: 1ª – Habituar a observação e aos exemplos copiados da natureza, das artes, da indústria e da vida prática: a experiência diária, mostrando donde vem a geometria e o fim a que se destina, excita vivamente a curiosidade do aluno, preparando-o para receber ensino raciocinado; 2ª – materializar certas proposições antes de demonstrá-las; uma verificação intuitiva conduz a uma demonstração rigorosa, – à certeza experimental sucede a certeza lógica; 3ª – explicar o uso de alguns instrumentos empregados no desenho, nas artes e nos ofícios, e que são aplicações de princípios geográficos; 4ª – medir comprimentos e ângulos, traçar perpendiculares, paralelas, bissetrizes, tangentes, etc., por meio de instrumentos e processos usados no desenho, nos ofícios e na agrimensura e verificar esses instrumentos; o uso e a verificação de aparelhos de medir e traçar constituem uma fonte rica de experiências de geometria e uma oportunidade para desenvolver o espírito de pesquisa e de controle; 5ª – sem desprezar as aplicações ordinárias (teoremas, problemas gerais) que despertam a inteligência e excitam o gosto pelos estudos teóricos, dar-se-á grande importância as aplicações à vida usual, às artes e aos ofícios, à medida de superfícies e volumes, aos trabalhos industriais e de agrimensura; os problemas numéricos e as construções gráficas por meio da régua e do compasso serão as aplicações mais frequentes; associando intimamente a teoria e a prática, o professor conseguirá fazer do curso de geometria um poderoso meio de educação intelectual e um preparo eficaz a um grande número de profissões; 6ª – verificar a verdade ensinada por meio da medida e do cálculo sobre figuras feitas com cuidado, evitando, entretanto, confundir a geometria intuitiva e experimental com a geometria teórica e demonstrada. GEOGRAFIA 1º ano Preliminares Geografia, sua definição. Universo – A nebulosa primitiva – Estrelas – Constelação – O Cruzeiro do Sul. Sistema solar – Planetas – Satélites – a Lua e suas fases – Eclipses do sol e da lua – Cometas – Bólidos. A Terra – Utilidade do estudo do globo terrestre – Redondeza da terra. Suas consequências – Dimensões – O Elipsoide – Movimentos – Consequências da rotação – A translação ao redor do sol – Obliquidade da eclíptica – Solstícios – Afélio – Periélio – Equinócios – Trópicos – Zonas – Desigualdade dos dias e das noites – Estações – Causas. Orientação – Pontos cardeais – Rosa dos ventos – A bússola. Representações do globo terrestre – Globo – Cartas geográficas. As principais projeções – Escalas – Unidades de extensão e de superfície. Círculos da esfera terrestre. Coordenadas geográficas. Longitude e Latitude. GEOGRAFIA FÍSICA Elementos que constituem atualmente a terra.

I

Atmosfera – 1 – Temperatura – Variação anual e variação diurna – Medidas gerais Fatores que a modificam. 2 – Vento – Causas que o determinam – Ventos regulares; ventos locais típicos – Simum, Khamsin, Pampeiro, etc… 3 – Chuva – Causas – Sua distribuição – Regiões áridas. 4 – Clima – Definição – Fatores cósmicos, energia solar – Influência da latitude, da repartição das águas das terras. Estudo comparativo de mapas isotérmicos.

II

Hidrosfera – Caracteres dos oceanos – Níveis – Profundidade, salinidade – Vagas – Marés – Correntes oceânicas – Mares – Abrasão – Lagos – Rios (declive, volume, regímen – Dados comparativos entre os principais rios do mundo) – Geleiras – a erosão.

III

Litosfera – Fatores do relevo – Dobramentos e falhas – tipos de relevo – Relevos vulcânicos e sedimentários. Tipos de solo – Desertos – Dunas – formas litorâneas.

IV

Centrosfera – Ação modificadora do relevo. Vulcões-geysers. Sulfataras – Águas termais – Zonas de vegetação característica do globo – Fauna – Região natural. GEOGRAFIA REGIONAL DAS PARTES DO MUNDO Descrição de cada região na seguinte ordem: 1. Situação. 2. Limites. 3. Superfície. 4. Feições fisiográficas.

a

Relevo

b

Hidrografia

c

Clima

d

Flora e fauna características. 5. População. 6. Divisão política, forma de Governo. 7. Cidades principais. 8. Recursos econômicos. AMÉRICA DO SUL Região Setentrional – Colômbia – Venezuela – Guiana. Região Ocidental – Equador, Peru, Bolívia, Chile. Região do Prata – Argentina, Paraguai, Uruguai. AMÉRICA DO NORTE Região Setentrional – Terras Árticas – Alaska – Domínio do Canadá. Região Central – Estados Unidos. Região Meridional – México – América Central – Antilhas. EUROPA Região Oriental – Grã-Bretanha, França, Bélgica, Holanda. Região Meridional – Portugal, Espanha, Itália, Balkans. Região Central – Alemanha, Áustria, Suíça, Tchecolosváquia, Hungria – Romênia. Região Oriental e Setentrional – Rússia, Polônia, Estados Bálticos, Finlândia, Suécia e Noruega. ÁSIA Região Oriental – China e Japão. Região Meridional – Indo-China – Indostão – dependências. Região Ocidental – Pérsia, Arábia, Império Otomano, Síria, Palestina. HEDJAZ Região Setentrional – Sibéria – Turquestão. Região Meridional e Insular – Indostão, Indo-China, Malásia e Filipinas. ÁFRICA Região Setentrional – Egito – Tripolitana, Argélia, Tunísia e Marrocos. Região Ocidental e Equatorial – Senegal – Guinés – Congo – Possessões Europeias – Sibéria. Região Oriental – Abissínia – Colônias Europeias. Região Meridional – União Sul-Americana – Possessões portuguesas. OCEANIA Australasia – Austrália, Tasmânia, Nova Zelândia. Terras Oceânicas – Melanésia – Polinésia, Micronésia. 2º ano ANTROPOGEOGRAFIA Noção de raça – Povos caucasianos, mongólicos, etíopes. Distribuição geográfica. Línguas – Religiões. Migrações – Causas e consequências. Formas sociais – Fases da civilização. Influências mesológicas sobre o fator humano em geografia:

a

Clima; b) Topografia; c) Águas; d) Produções naturais. Atividade econômica. 1 – Principais culturas do globo.

a

alimentação trigo, milho, arroz, açúcar, café, cacau, chá, vinha.

b

indústria, algodão, fumo, linho. 2 – Criação de gado e produtos derivados – carnes, couro, peles, leite, lã. 3 – Indústria.

a

extrativa – borracha, carvão, ferro, ouro, madeiras.

b

fabril – tecelagem, seda, linho, algodão; tinturaria, anil, etc. 4 – Comércio. 5 – Navegação marítima e fluvial. 6 – Navegação aérea. 7 – Viação férrea, estradas de rodagem. GEOGRAFIA DO BRASIL (Parte regional) Brasil – suas regiões naturais – bases geográficas desta divisão – Distribuição dos Estados. Amazônia (Pará, Amazonas, território do Acre) Descrição geral – Posição – Superfície – feições fisiográficas – Clima e hidrografia – Flora e fauna. Cidades principais. Aspectos regionais característicos. O Amazonas – A pesca fluvial. Os seringais – campos de criação – Manaus e Belém. O nordeste (Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco). Descrição geral – Posição, extensão, aspecto físico litoral – a zona semiárida. Recursos naturais. Cidades. Aspectos característicos – A luta contra as secas. Os grandes açudes – A emigração cearense. As salinas do Rio Grande do Norte. O porto de Recife. Brasil Oriental (Sergipe, Bahia, Minas, E. Santo, Rio de Janeiro, Distrito Federal). Descrição geral – Posição, extensão, sub-regiões naturais: litoral, serra, planalto. Climas, hidrografia. Recursos econômicos – Cidades. Aspectos característicos – A cidade da Bahia – As minerações em Minas Gerais – O Rio de Janeiro. Os climas: tipos de clima de montanha, cidades de verão e estações de águas. Brasil meridional (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul). Descrição geral – Posição, extensão, sub-regiões naturais – litoral, serra, planalto, planície, rios grandenses. Climas. Hidrografia – Recursos naturais – Cidades. Aspectos característicos – São Paulo – A terra roxa e o café. O porto de Santos; as matas do Paraná. O mate e os mercados sul-americanos. A criação de gado no Rio Grande do Sul. A Barra do Rio Grande. Brasil Central (Mato Grosso e Goiás). Descrição geral – Posição, extensão, sub-regiões naturais. Relevo. Hidrografia. Recursos naturais. Cidades. Aspectos característicos. O acesso de Mato Grosso por via-fluvial e via-férrea. Observação – Os exercícios complementares constarão de:

a

exercícios cartográficos gradativos. Noções básicas de cartografia geral. Cartas com os pontos de reparo de cada região; cartas esquemáticas, de traçado rápido, para localizar a região estudada, acidentes geográficos principais, produtos, etc.;

b

exercícios estatísticos: traçar gráficos ou diagramas em papel quadriculado, ensinando o professor o conveniente manejo e traçado das curvas estatísticas;

c

documentação fotográfica, convenientemente selecionada, de cartões-postais, de projeções fixas, de fitas cinematográficas. Escolher, de preferência, os aspectos característicos ou típicos, evitando documentação de aspectos banais;

d

dissertação geográfica feita pelo aluno sobre o objeto da lição, evitada, a todo custo, a decoração ou a reprodução servil;

e

excursões para a observação de culturas e panoramas regionais e compreensão dos acidentes e fenômenos geográficos locais. As excursões devem ser convenientemente preparadas, devendo o professor inspecionar previamente o local escolhido a fim de planejar e estudar a lição a ser dada no quadro natural, proposto à observação dos alunos. BIBLIOGRAFIA Livros recomendados aos alunos Delgado de Carvalho – Geografia elementar. Idem, idem – Geografia do Brasil (1ª parte). Idem, idem – Geografia do Brasil (2ª parte). Ezequiel de Moraes Leme Geografia e Cosmografia. Carlos Novaes – Curso superior de geografia. Livros para professores Delgado de Carvalho – Metodologia do ensino geográfico. E. Martonne – Geografie Psique. Simmons and Richardson An introduction to practical geography. Huntington and Cushing – Principles of human geography. Ratzel – Geografia dell'uomo. Mapa Florestal do Brasil – Ministério da Agricultura (Gonzaga de Campos). Delgado de Carvalho – Brasil Meridional. Raja Gabáglia – Litoral. Roquete Pinto – Índios. Backheuser – Geopolítica. Dicionário Histórico e Geográfico do Brasil. Portos do Brasil – Inspetoria de Portos e Canais. Contribuição à botânica do Nordeste – Inspetoria de Seca. HISTÓRIA DO BRASIL E EDUCAÇÃO CÍVICA HISTÓRIA DO BRASIL 1 – O descobrimento. 2 – Tentativa de unidade e organização da defesa. O Governo Geral: Thomé de Souza e Duarte da Costa. A fundação da cidade. As três raças. A sociedade. Elemento moral: os jesuítas. Anchieta. A reabilitação e a defesa. 3 – Luta pelo comércio livre contra o monopólio. Franceses no Rio de Janeiro; sua expulsão. Mem de Sá. Pretensão dos franceses. 4 – Expansão geográfica do Brasil pelo litoral. 5 – Continuação da luta pelo comércio livre contra o monopólio. Antecedentes da invasão holandesa. Invasão. Perda e restauração da Bahia. Invasão de Pernambuco. Guerra da libertação. 6 – A formação do Brasil. A administração. A zona da criação. Entradas e bandeiras. A escravidão vermelha. A escravidão negra. 7 – A formação do Brasil. O colono e o jesuíta no sul. O colono e o jesuíta no norte. A política oceânica. O monopólio. A rebelião de Bekman. A rebelião da Bahia. Juízes do povo. 8 – A formação do Brasil. As minas. Revolução nativista. Mascates. Emboabas. Franceses no Rio: Du Clerc, Du Gay Trouin. 9 – A formação do Brasil. História local. 10 – Definição territorial do país. As fronteiras. As guerras do sul. Pombal e o Brasil. 11 – O espírito de autonomia. Os antecedentes. A conspiração mineira. Pormenores da conspiração. A execução de Tiradentes. 12 – O absolutismo e a revolução. Refúgio de D. João VI no Brasil. Reação do absolutismo. Reação nativista. Revolução de 1817. O constitucionalismo. 13 – O Império. A Independência. José Bonifácio. 14 – O Império. A Constituinte. A abdicação. O Sete de Abril. Evaristo da Veiga. 15 – O Império. A regência. Diogo Feijó. 16 – O Império. O segundo reinado. A maioridade. Lutas civis até 1848. Lutas no Prata. Oribe e Rosas. 17 – O Império. Guerra do Paraguai. 18 – O Império. A abolição. A propaganda republicana. 19 – A República. Proclamação da República. O governo provisório. A constituinte. 20 – A República. Governos constitucionais até o presente. EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA 1 – A iniciativa e o trabalho pessoal. Generalidades. Exemplos, escolhidos, de preferência, na história dos pioneiros e desbravadores em todos os domínios da cultura. 2 – O domínio de si. Generalidades. Utilidade e fim do domínio de si mesmo. Domínio sobre a língua, essencial ao domínio de si mesmo. A influência do espírito sobre o corpo. A vitória do homem sobre as forças naturais. Domínio de si e domínio sobre:

a

o riso;

b

a fome e a sede;

c

o sono;

d

a cólera;

e

o medo. 3 – O hábito. Vantagens e desvantagens dos hábitos. Ordem e desordem. A mentira: generalidades e exemplos. Segurança. Veracidade. Pureza. Inveja: generalidades e exemplos. 4 – Conhecimento de si. Generalidades. Valor do conhecimento de si mesmo. Exame de si mesmo. Exemplos. 5 – A importância das pequenas coisas. Telescópio e microscópio. Valor dos pequenos atos e dos atos aparentemente sem importância na formação do caráter. Como se reconhecem as grandes nas pequenas coisas. Exemplos. 6 – A vida social. Generalidades. A pátria. 7 – Responsabilidade. Generalidades. Exemplos. 8 – Educação para a autonomia. Generalidades. Personalidade e independência. Exemplos. 9 – A humildade. Generalidades. Os perigos da ascensão. Exemplos. 10 – Pais e filhos. Generalidades. Exemplos. 11 – Como colhemos os frutos dos nossos atos. Generalidades. Exemplos. 12 – Psicologia e pedagogia do trabalho. Generalidades. Exemplos. 13 – Proteção aos fracos. Generalidades. Exemplos. 14 – Amor ao próximo. Generalidades. Exemplos. 15 – A escola e a formação do caráter. A escola é o ideal da vida. 16 – A educação física e a educação moral. 17 – A mentira na escola. Prevenção e repressão. Luta contra a mentira. Psicologia da mentira: mentiras fantasistas; mentiras patológicas; mentiras heroicas e altruístas; mentiras egoísticas. A luta contra as aparências: lealdade para consigo mesmo, dignidade pessoal, simplicidade. A educação dos educadores. 18 – A educação social na vida escolar. O indivíduo e a coletividade. O esforço da personalidade. O espírito de corpo e o seu enobrecimento. A educação pelas responsabilidades. Camaradagem e amizade. 19 – A obediência. A antiga e a nova educação. Individualidade e personalidade. A obediência pela liberdade. A disciplina de si mesmo. 20 – Autonomia dos alunos e disciplina escolar. Justiça escolar e autonomia. O respeito de si mesmo e a arte de o cultivar. A política da confiança. Os ensinamentos, quanto à disciplina, da educação dos animais. 21 – Educação cívica nas escolas. Self government e educação cívica. 22 – A Nação Brasileira. Deveres dos cidadãos brasileiros para com ela. Bandeira, hino e armas nacionais. As comemorações cívicas. Tradições e fastos de heroísmo brasileiro. 23 – A Nação brasileira e o seu governo. O legislativo, o executivo e o judiciário. 24 – Direitos dos cidadãos brasileiros. Garantias constitucionais. Notas:

a

O ensino da educação moral não deve, reduzir-se a uma simples pregação. As verdades morais não devem ser apresentadas como abstrações que pretendem ao governo da vida, mas como as soluções mais apropriadas e mais amadurecidas aos problemas concretos da vida. O ensino da educação moral, pode-se dizer-se, é o ensino de sabedoria da vida. As regras morais devem ser apresentadas como regras, que resultam da experiência humana e cuja aplicação concorre para o desenvolvimento e a felicidade do homem. É indispensável, pois, que ele seja amplamente ilustrado de exemplos sugestivos, tirados à experiência diária, à história, aos contos e narrações. A própria experiência escolar, os fatos e oportunidades a que a vida da escola dá lugar, constituem, bem aproveitados, outros tantos elementos de ilustração das lições e meios práticos e intuitivos de demonstrar as vantagens da regra moral.

b

Os exercícios complementares de história do Brasil e de educação moral e cívica consistirão em biografias orais ou escritas; em alocuções sobre as grandes datas nacionais; em composição de historietas destinadas a ilustrar as verdades ou as regras morais ensinadas. Bibliografia – Foerster – Jugendiere; Foerster – L'école et le caractère; José Rangel – Elementos para a educação moral, cívica e social. Devem ser recomendados à leitura dos alunos os livros de Samuel Smiles. FÍSICA E QUÍMICA Física 1 – Matéria e corpo. Propriedades da matéria. Sua constituição: molécula e átomo. Forças moleculares; estados da matéria. Fenômenos físicos e fenômenos químicos. Propriedades gerais dos corpos sólidos, líquidos e gasosos. 2 – Gravitação universal. Gravidade; peso. Equilíbrio. Pêndulo; suas leis usos. 3 – Atmosfera. Pressão atmosférica. Efeitos da pressão atmosférica sobre o estado dos corpos. Experiências de Torricelli; Barômetros; aplicações. Outras aplicações da pressão atmosférica: bombas hidráulicas, sifão, máquina pneumática, etc. Compressibilidade dos gases; lei de Mariotte. Manômetros. Aplicações. 4 – Noções de mecânica. Movimento. Inércia. Composição e decomposição das forças. Trabalho. 5 – As máquinas simples; condições de seu funcionamento. Aplicações. 6 – As pressões exercidas pelos líquidos: aplicações. 7 – Determinação do peso específico dos sólidos e dos líquidos. 8 – As pressões exercidas pelos gases. Aplicações. 9 – Calor. Noções sumárias sobre sua natureza. Fontes de calor. Quente e frio. Dilatação dos sólidos e líquidos; experiências. Termômetros. Outras aplicações da dilatação dos corpos sólidos e líquidos. Condutibilidade do calor. Irradiação e flexão do calor; aplicações e exemplos. Mudança de estado dos corpos: fusão, solidificação, vaporização e ebulição. 10 – Dilatação dos gases pelo calor. Equilíbrio dos gases cujas partes são diferentemente aquecidas; vento, tiragem da chaminé, arejamento, etc. 11 – As propriedades dos vapores. Higrometria. Meteoros aquosos. 12 – Acústica. Produção do som. Propagação do som através dos corpos. Velocidade da transmissão no ar. Reflexão do som; eco. Vibração das cordas; qualidades do som. Tubos sonoros. Música. Instrumentos de corda e instrumentos de sopro. 13 – Ótica. Luz; sua natureza. Sombra a penumbra. Reflexão da luz; espelhos planos e espelhos esféricos. Refração; lentes e prismas. Decomposição da luz; espectro solar; cores. Noções sobre análise espectral. Instrumentos de ótica: microscópio e telescópio. Máquina fotográfica. 14 – Eletricidade. Sua produção pelo atrito e por influência. Máquina elétrica. Botella de Leyden. Eletricidade atmosférica; raio; para-raios. Descarga nos gases rarefeitos; empola de Crooks. Raio-X. Radioatividade. 15 – Corrente elétrica. Pilhas secas e úmidas. Noções sobre acumuladores. 16 – Magnetismo. Imã. Campo magnético. Imã natural. Bússola. 17 – Eletromagnetismo. Galvanômetro; experiências com este aparelho. Eletroimã. Campainha elétrica. Telegrafia elétrica. 18 – Indução. Bobina induzida e indutora. Telefone. 19 – Descrição sumária de um motor elétrico. Bibliografia – Ganot – Física elementar. Nerval de Gouvêa – Noções de Física. Waschburne – Common Science. Hodgdon – Elementary General Science. Química 1 – Fenômenos químicos. O átomo. Mistura e combinação. Atomicidade. Peso atômico e molecular. Corpos simples e corpos compostos. Análise e síntese. Metais e metaloides. Noções de nomenclatura. Símbolo e fórmula química. As principais leis gerais que regem os fenômenos químicos. O calor, a luz, a eletricidade, em relação aos fenômenos químicos. 2 – O oxigênio; sua preparação. Propriedades. Combustão. Hidrogênio; preparação, propriedades. Comparação entre o hidrogênio e o oxigênio. 3 – Água. Estado natural. Propriedades. Sua decomposição em hidrogênio e oxigênio. Águas potáveis; águas "duras", seu reconhecimento. 4 – O ar; sua composição e propriedades. O azoto. O anidrido carbônico. Propriedades de cada um. Ar confinado. 5 – O carbono. Suas principais variedades. Os principais produtos da destilação da hulha. Metana; essência de terebentina, acetileno. O petróleo e seus subprodutos. O oxido de carbono. 6 – O ácido azótico. O amoníaco. Enxofre; ácido sulfúrico. 7 – Cloro; ácido clorídrico. Fósforo; ácido fosfórico. Silício. Sílica e silicatos. 8 – Potássio. Hidrato, nitrato, cloreto e sulfato de potássio. 9 – Sódio. Hidrato, cloreto, carbonato e nitrato de sódio. 10 – Amônio. Cloreto e sulfato de amônio. 11 – Cálcio. Cal. Carbonato e sulfato de cálcio. Fosfato e superfosfato de cálcio. Nitrato de cálcio. Carbureto de cálcio. 12 – Ferro, manganês, prata, ouro, zinco, chumbo e cobre. Os principais minérios desses metais. Noções sobre sua metalurgia. Suas propriedades e usos. Alguns de seus compostos. Os sais de prata e a fotografia. 13 – Estudar os principais corpos pertencentes às seguintes funções da química orgânica: álcool, ácido, éter, hidrato de carbono e albuminoides. Bibliografia – Martins Teixeira – Química Geral. Pecegueiro do Amaral – Química Inorgânica e Química Orgânica. Fall – Science for Beginners. HISTÓRIA NATURAL 1 – A importância do estudo da História Natural. Da divisão dos seres em animados e inanimados. Diferenças fundamentais entre uns e outros. O animal e a planta. Biologia. Zoologia e botânica. Mineralogia e Geologia. 2 – Zoologia. Princípios básicos da classificação zoológica. As grandes divisões do reino animal. Caracteres gerais dos vertebrados; sua divisão em mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. 3 – Os mamíferos; seus caracteres gerais. Potérios e eutérios. Marsupiais e placentários. O leite; sua composição. Os membros; sua adaptação ao meio em que vive o animal. Aparelho digestivo. Dentição; sua adaptação ao regime alimentício. O sistema nervoso; os órgãos dos sentidos. Aparelhos respiratório e circulatório; sangue. Estudar os caracteres fundamentais de cada um dos grupos em que se subdivide a classe dos mamíferos. 4 – As aves. Caracteres gerais. Esqueleto e penas. Aparelhos digestivo, respiratório e circulatório. Sistema nervoso; órgãos dos sentidos. O ovo. Estudar os caracteres gerais e costumes das diversas ordens em que se subdivide a classe das aves. 5 – Os anfíbios, os répteis e os peixes. Caracteres gerais dos batráquios. Noções sobre sua organização: aparelhos digestivo, respiratório e circulatório; sangue; sistema nervoso e ósseo. Caracteres gerais dos répteis. Noções sobre sua organização. Estudar especialmente os ofídios do Brasil. Vitalbrasil. Caracteres gerais dos peixes. Noções sobre sua organização: esqueleto, barbatanas. Bexiga natatória. Respiração e circulação nos peixes. Indústria da pesca. 6 – Os artrópodes. Caracteres gerais. Estudar os caracteres gerais e os costumes dos insetos principalmente dos insetos transmissores de doenças no Brasil; dos aracnídeos especialmente do escorpião; e dos crustáceos, que mais interessam ao homem. 7 – Moluscos e vermes. Caracteres gerais. Noções sobre sua organização. Estudar principalmente os vermes que parasitam habitualmente o homem. 8 – Protozoários. Caracteres gerais. Noções muito sumárias sobre sua classificação. Os protozoários causadores de moléstias no Brasil. Carlos Chagas. 9 – Noções sumárias sobre a teoria da evolução; Darwin. Ideias gerais sobre a hereditariedade; Mendel. 10 – Botânica. Caracteres gerais dos vegetais. As diversas partes de uma planta. A dependência mútua dessas partes. Os grandes grupos da classificação dos vegetais. Fanerógamas e criptógamas. Angiospermas e gimnospermas. Monocotiledôneas e dicotiledôneas. 11 – A raiz. Suas formas. Partes que constituem a raiz: corpo, colo, radículas, pelos absorventes, coifa. Raízes normais e adventícias. Estrutura e crescimento da raiz. Fisiologia da raiz. Usos. 12 – O caule. Caracteres exteriores do caule e de suas ramificações. Caules aéreos e subterrâneos. A estrutura do caule nas monocotiledôneas e nas dicotiledôneas. Crescimento dos caules. Idade de uma planta. Dicotiledónea. Funções do caule. Usos. 13 – A folha. Caracteres exteriores e estrutura. Forma das folhas. Sua posição em relação ao caule. Desenvolvimento e queda das folhas. Funções. Usos. 14 – A flor. Configuração, estrutura e funções das diversas partes da flor. Plantas monoicas e dioicas. Inflorescência. Utilidade das flores. 15 – O fruto e a semente. Frutos secos e carnosos, deiscentes e indeiscentes. Sementes com e sem albumen. Germinação; suas fases. Condições necessárias para que se dê a germinação. Utilidade dos frutos e das sementes. 16 – O ambiente da planta; luz; atmosfera (oxigênio, anidrido carbônico, água, temperatura, ventos, animais, outras plantas); solo (minerais, água, oxigênio, temperatura, húmus, animais, outras plantas). 17 – Nutrição das plantas. Respiração; assimilação clorofiliana; transpiração. Transformação da Seiva bruta ou ascendente em seiva nutritiva ou descendente. 18 – Reprodução. Multiplicação das plantas por mergulhia, estaca e enxertia. Polinização pelos insetos e pelos ventos; disseminação das sementes pelo vento e pelos animais. A reprodução em relação à agricultura. 19 – Conhecimento das principais árvores das nossas florestas; das nossas árvores frutíferas; das plantas que cultivamos em grande escala; café, algodão, milho, cana, arroz, fumo, cacau, borracha, etc.; das plantas de ornamentação, hortaliças, etc. 20 – Noções sobre classificação. Estudo de algumas famílias da flora local. 21 – Noções sobre os criptógamos. Criptógamos úteis e nocivos. Bactérias. O ciclo do azoto. 22 – História da vida. Paleontologia; fósseis. Dr. Lund. Os grandes períodos geológicos. Os animais e as plantas de cada um desses períodos. Época provável do aparecimento do homem. 23 – Distribuição da vida no globo terrestre: a vida nos trópicos. Geografia botânica do Brasil. A vida nas regiões árticas e antárticas. A vida no mar: plâncton, nécton e bentos. 24 – Noções de geologia e mineralogia. O globo terrestre: atmosfera, crosta e núcleo central. Estudo sumário das principais rochas cristalinas e sedimentares; os processos da sua formação e a sua utilidade. 25 – Modificações que sofre atualmente a superfície do globo. Suas causas gerais. Causas exteriores: ação do ar; ação da água; ação dos organismos vivos. Causas internas; tremores de terra; fenômenos vulcânicos; sulfataras. Fontes termais. Movimentos lentos da crosta terrestre. 26 – A riqueza mineral do Brasil: minérios de ferro, manganês, ouro, cobre, prata e platina. Mármore e argila. Carvão de pedra. Pedras preciosas. Cachoeiras. Águas termais e minerais. Bibliografia – E. Albert. Historie Naturelle. Garcia Redondo e Rodolpho Teóphilo. Botânica Elementar. Cockerell Zoology. Transeau Science of Plant Life. TRABALHOS MANUAIS Primeiro ano Trabalhos de agulha. 1 – Crochet. Estudo dos elementos e aplicações em rendas em roupas singelas. O desenho dos objetos e seu desenvolvimento linear precedem à confecção. Trabalhos em ráfia. 2 – Tricot. Estudo dos elementos e aplicações em rendas e roupas singelas. Estudo da meia, desenho de uma meia e de suas partes em suas proporções, relativas. Maneira de medir uma meia em via de execução. Montagem e tricot de uma meia modelo para criança. 3 – Costura. Estudo dos elementos com suas aplicações:

a

em trabalhos de ornamentação;

b

na confecção e na ornamentação da roupa branca e de vestidos;

c

na marca da roupa branca. Aplicações de primeira utilidade: alinhavo, costuras simples e duplas; pregueados de todos os gêneros, cerzidura, prega, etc. Diferentes maneiras de marcar a roupa branca. Aplicações de segunda utilidade: realização de modelos em desenho. 4º – Estudo da máquina de costura. Trabalhos com papel: 5 – Uma série de exercícios típicos, de dobramento, de recorte, etc., escolhidos nos programas primários e postos em relação com as noções de geometria e de desenho. Modelagem: 6 – Noções de tecnologia relativas às matérias plásticas e ao instrumental, os quais serão fornecidos à medida que se tornarem necessários. 7 – Exercícios escolhidos nos programas primários: modelagem, em alto, relevo, modelagem em ôco; modelagem em gesso; modelagem de natureza viva (folhas, flores, etc.); modelagem de objetos usuais. Cartonagem: 8 – Colar em pano cartas, planos, projetos, etc. 9 – Elementos de encadernação. Modelagem e moldagem: 10 – Noções de tecnologia, relativas ao material utilizado e ao instrumental empregado, os quais serão fornecidos à medida que se tornarem necessários. 11 – Exercícios de estilização, segundo elementos tirados à flora e à pequena fauna. Composição com o auxílio desses elementos. Segundo ano Trabalhos de agulha: 1 – Estudo do remendo.

a

Reconstituição de tecidos de malha; reforço e reconstituição de um tecido de malha.

b

Remendo de meias: remendo e substituição das diversas partes da meia. Remendo do cotovelo de um vestido de lã. Os mesmos exercícios sobre tricô; sobre pano. Remendo de rasgões redondos. Remendo em tecidos de algodão e de lã. Exercícios práticos variados. 2 – Corte e confecção. A fronha e suas formas derivadas. Desenho e corte em papel ou em musseline destes objetos. Escolha de tecidos. Cálculo de metragem. Preço de custo, regras de confecção, marca. Camisas e calças de mulher e de criança: formas clássicas e formas derivadas. Escolha de tecidos; cálculo da metragem; preço de custo, regras de confecção, marca. Utilização de roupa branca velha; cálculo do preço de custo. 3 – Corte e confecção.

a

Padrão e estudo do corpinho para criança e das vestimentas derivadas. Corte e confecção sumária de avental de crianças.

b

Padrão e estudo da blusa; formas derivadas. Confecção de uma blusa.

c

Corte de saia para mulher e para mocinha. Combinações. Confecção de uma combinação.

d

Padrão e estudo da camisa de trabalho para homem e das vestimentas derivadas. Corte e confecção sumária de uma camisa para rapaz.

e

Padrão e estudo de um costume para menino; formas derivadas. Corte e confecção sumária da calça e da blusa. 4 – Confecção de um vestido simples para mocinha. 5 – Modas. Confecção e assentamento de nós. Guarnições simples em chapéus. Confecção de chapéus simples para crianças. Utilização e transformação de roupa velha. Cartonagem: 6 – Exercícios típicos de cartonagem, escolhidos nos programas primários. 7 – Construção de sólidos geométricos e de objetos usuais. Decoração dos modelos que se prestarem a isso (pastel, aquarela, guache, etc.). Modelagem: 8 – Modelagem de objetos agrupados. 9 – Modelagem de vasos, castiçais, etc. 10 – Execução de motivos ornamentais, compostos com o auxílio de elementos simples (letras, números, objetos usuais). Trabalhos artísticos: 11 – Relevo em couro, em estanho e em cobre, segundo formas previamente criadas e modeladas. Coleções: 12 – Arranjo de coleções. Disposição, em cartão ou em caixa, de coleções para ciências naturais, geografia, etc. Modelagem a guta-percha: germinação, partes de uma flor, etc. Diagramas, cartas falantes, etc. Construção de aparelhos didáticos: 13 – Confecção de aparelhos didáticos, em madeira, para o ensino da física, da aritmética, da geometria, da geografia, das ciências naturais, etc. MÚSICA E CANTO ORAL Primeiro ano

Parte teórica:

I

Noções gerais e importância da música. Suas relações com as outras artes.

II

Melodia, harmonia e ritmo.

III

Notação musical: notas e seus valores. Pentagrama. Linhas suplementares. Sinais de alteração. Ponto de aumento. Duplo ponto de aumento. Ponto de diminuição. Claves: de sol na 2ª linha e de fá na 4ª linha.

IV

Ritmo: acentuação métrica quaternária, ternária e binária. Tempos simples. Compassos simples mais em uso. Modo de indicar o compasso na escrita musical. Barras de divisão. Modo de marcar o compasso.

V

Fermata. Ligadura. Sincopa. Contratempo. Quiálteras – três quiálteras e seis quiálteras.

VI

Tonalidade: tons e semitons. Modos. Formação das escalas maiores e menores. Intervalo. Colocação dos intervalos sobre os graus da escala maior. Modo de conhecer a tonalidade de um trecho de música.

Parte prática:

I

Exercícios de caligrafia musical.

II

Exercícios de leitura das notas nas claves de sol na segunda linha e de fá na quarta linha, sem fórmulas de compasso, marcando-se só o tempo.

III

Exercícios de leitura das notas nas claves de sol, na 2ª linha e de fá na 4ª linha, e nos quais entrem semibreves, mínimas, mínimas pontuadas, colcheias e semicolcheias e pausas correspondentes.

IV

Exercícios de divisão dos compassos quaternário, ternário e binário, e de entoação.

V

Ditado de melodias, poucos compassos, nos tons de dó, fá, sol, si bemol, ré, mi bemol, e lá, maiores com semibreves, mínimas, mínimas pontuadas, semínimas e pausas de mínimas e semínimas. Na operação de ditado, farão os alunos em 1º lugar a numeração das melodias, para fazerem em seguida a sua representação gráfica.

VI

Análise de melodias nos tons de dó maior, lá menor, sol maior, mi menor, ré maior, si menor, si bemol maior e sol menor, mostrando sua tonalidade e modalidade, a escala que serviu de base à composição dessas melodias, qual a sua relativa, os intervalos ascendentes, descendentes conjuntos, disjuntos, simples e compostos, as figuras simples e compostas empregadas, seu valor, a fórmula do compasso, etc.

VII

Exercícios de respiração e vocalização.

VIII

Exercícios de emissão, formação e desenvolvimento da voz.

IX

Solfejos em claves de sol na 2ª linha e de fá na 4ª linha, de melodias de compassos simples, em diversas tonalidades.

X

Recapitular, em melodias dadas, as tonalidades observadas, e analisar os intervalos naturais e alterados que aparecem, o efeito dos sinais acessórios nesses intervalos, o tom e semitons, as consonantes e dissonantes com suas resoluções. Canto coral: Ensaio de canções nacionais, cantos escolares e patrióticos, hinos e outras músicas de coro, aprendidas por audição e destinadas a educar o ouvido e o sentimento e a desenvolver a voz. Observações Leitura: Os primeiros exercícios de leitura devem ser escritos no quadro-negro para que toda a classe acompanhe mentalmente a leitura procedida por um dos alunos. Convém que esses exercícios não sejam feitos muito devagar, para evitar o cansaço e o enfado. Para que os alunos adquiram o hábito da leitura corrente, o professor deve, desde o princípio, fazê-los ler desenhos rítmicos inteiros (grupos de notas). Solfejo: Sendo o solfejo a base de boa educação musical, é indispensável que o professor reserve sempre uma parte da aula para esse exercício vocal tão necessário para desenvolver a faculdade da apreciação e da entonação dos intervalos, assim como o interesse pela música. Cumpre-lhe, também, indicar, em cada lição, por meio de vírgulas, as respirações, recomendando aos alunos que observem sempre esses sinais, por que deste modo poupam a voz, observando, ao mesmo tempo, a pontuação musical. Ensinará aos alunos a emitir bem os sons, a procurar a boa qualidade, firmeza e afinação dos sons; a articular nitidamente, evitando os sons de garganta e os nasais, bem como a observar a exatidão dos valores, não aumentando, nem diminuído a duração das notas ou das pausas. Canto: O professor escolhidos os alunos de melhores vozes, organizará com eles o primeiro grupo coral, que formará o centro ou guia das outras vozes. Os demais alunos se postarão em semicírculo, em volta desse primeiro grupo, a princípio ouvindo mais do que cantando, até aprenderem a letra e a música dos hinos ou canções executadas, quando participarão livremente do canto coral. As músicas destinadas a esses exercícios deverão ser, no princípio, simples e fáceis, cumprindo ao professor habituar os alunos a se compenetrarem bem do sentido das palavras, a frasear e pronunciar corretamente. Segundo ano

Parte teórica:

1 – Compasso composto. Modo de indicá-los na escrita. Andamentos. Termos indicadores do andamento de um trecho. Termos que modificam parcialmente o andamento. Metrônomo. 2 – Intensidade dos sons; diversas maneiras de indicá-la na escrita musical. Repetições e signos. Ornamentos. Apogiatura. Trinado. Grupeto. Portamento e arpejo. 3 – Escalas diatônicas e cromáticas nos dois modos. Formas das escalas menores. 4 – Intervalos simples e compostos; suas inversões, colocação dos mesmos sobre graus das escalas maiores e menores. Intervalos consonantes e dissonantes. 5 – Estudo completo das claves: Claves de dó na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas. Claves de fá na 3ª linha. Vozes. Estudos da voz humana quanto à sua classificação e extensão. Escala geral das vozes. Utilidade das claves para as diversas vozes. Uníssono das vozes. Escala geral dos sons. 6 – Tonalidade. Modulação. Modo de conhecer as tonalidades secundárias de um trecho dado. 7 – Instrumentos de música e claves utilizados para esses instrumentos. Conhecimento do teclado do piano. Emprego das claves modernamente. 8 – Acordes: perfeito e de 5ª diminuta; suas inversões e posições. Colocação do mesmo sobre os graus das escalas maiores e menores. Acordes de 9ª maior e menor. 9 – Transposição escrita e oral, com ou sem mudança de clave. 10 – Notícias sobre os principais compositores, especialmente da música nacional. 11 – Espécies e gêneros de música. 12 – Característico e beleza da música nacional. 13 – Óperas de músicas nacionais. 14 – Biografia dos nossos principais compositores.

Parte prática:

1 – Por meio de melodias em diversos compassos e tonalidades, recapitular as noções dadas no 1º ano. 2 – Continuação dos exercícios de respiração e vocalização. 3 – Continuação dos exercícios de emissão, formação e desenvolvimento da voz. 4 – Leitura musical a compasso, de semicolcheias e fusas, para exercício de dicção. 5 – Leitura musical a compasso, em todos os tons, em todas as claves e em todos os ritmos. 6 – Análise de melodias desconhecidas, em tonalidade e compassos diversos. 7 – Entoação de qualquer intervalo, só com o auxílio do diapasão. 8 – Ditado de melodias de 8 compassos, com fórmulas simples e compostas, nos tons maiores e menores. 9 – Exercícios de solfejo sem contar nem bater o compasso, a fim de habituar o pensamento a dividir por si só o tempo. 10 – Exercícios de solfejo de melodias em que entrem grupos alterados, sinais de expressão, síncopas, ornamentos e andamentos. 11 – Exercícios de solfejo de melodias em compassos e tonalidades diversas. 12 – Solfejo a duas e três vozes, com ou sem acompanhamento (todas as claves em correspondência). 13 – Exercícios abundantes de modulação. 14 – Exercícios abundantes de transposição. 15 – Exercícios de composição de melodias com elementos dados. Terceiro ano Canto coral: Neste ano realizam-se sistematicamente os coros orfeônicos, que a princípio se constituirão de melodias simples, características de canções populares, e passando gradativamente a músicas de maior elevação e trabalho de estilos diversos, antigos e modernos. Para a boa execução dos cânticos orfeônicos, serão examinadas, uma por uma, todas as vozes, fazendo-se a respectiva classificação em soprano, meio soprano, contralto, tenor, barítono e baixo. Exercícios de vocalização, segundo a extensão das diversas vozes, ensinando ao mesmo tempo o impostamento, a perfeita dicção e a boa respiração. Distribuição das partes pelas diversas vozes, depois de marcadas para o efeito da respiração. Solfejo das partes musicais separadamente, segundo as vozes, como acima vão indicadas. Estudo dessas partes, com a respectiva letra, cada uma em separado, para serem depois cantadas em conjunto, por todos os alunos. A música será declamada com exatidão, uma vez que seja significativa, e não sobrecarregada de acompanhamento. Para melhor desenvolvimento do gosto musical, as melodias, a princípio, doces e simples, tornam-se depois fortes e de combinações várias, para de novo voltarem ao primeiro caráter. Elas farão apreciar a sensibilidade do nosso povo, incitando as virtudes elevadas e ao heroísmo, apurando a delicadeza do ouvido e aumentando a ternura da alma. Sendo bem inspiradas, depois de afetarem os seus próprios autores, hão de produzir nos seus jovens executores impressões mais ou menos semelhantes. Antes da execução dos cânticos orfeônicos, a professora fará também conhecer o gênero da música e fará interpretá-la convenientemente, com a possível precisão e expressão. Indicações DESENHO

I

Os estudos de perspectiva de observação constituem no início do curso uma recordação dos exercícios feitos no curso de adaptação, devendo, em seguida, fazer-se uma série de observações mais perfeitas e cuidadosas de modo que se prepare o aluno para observações mais completas. A observação dos ângulos do espaço com esquadros deverá ser exercitada com segurança para que o aluno perceba nitidamente a vantagem de tal observação, que vem corrigir os erros de visão. Será conveniente mudar os alunos de posição para que tenham oportunidade de verificar nos vários pontos de vista as deformações aparentes dos corpos e as posições das linhas em perspectiva.

II

Nos exercícios de conjuntos de objetos será sempre conveniente não permitir o sombreado ou claro escuro enquanto não estiver certo o desenho. Não adiantará a marcação de sombras por observação, num conjunto de objetos, se este se apresentar defeituoso.

III

O estudo de sombras feito por observação direta será orientado pelas explicações necessárias à sua fácil compreensão. O professor mostrará como a luz se distribui num corpo de revolução e num poliédrico, mostrando, no primeiro caso, o ponto ou geratriz luminosa, isto é, o ponto brilhante que separa da luz a sombra. Nos poliédricos, mostrará as várias tonalidades de luz, mudando a posição do corpo para que os alunos notem a diferença. Será conveniente ter pequenos vidros cinzentos ou azuis para que os alunos percebam melhor as várias tonalidades da luz e das sombras.

IV

Nos estudos de observação do círculo em várias posições, convirá começar pelas posições paralelas ao plano do horizonte para em seguida estudá-lo perpendicularmente aos planos horizontais e depois em posições inclinadas. O professor deverá insistir nestes exercícios, fazendo cópias de objetos que apresentem superfícies circulares, para que os alunos se adestrem neste traçado, cuja importância é extraordinária para o professor primário.

V

Nos exercícios de desenho de memória no quadro-negro, deverá o professor orientar os alunos na prática de desenhar em contorno simples e correto para que o desenho seja facilmente compreendido. O desenho no quadro-negro é sempre para o professor um recurso de ilustração para suas aulas, e, assim sendo, precisa ser claro, com poucos traços, sem sombras e em ponto grande. Estes exercícios devem ser frequentes para que se tornem eficazes. Quando um aluno terminar um trabalho, deve ir ao quadro-negro repeti-lo para verificar se o reproduz com fidelidade possível, revelando, desse modo, boa fixação durante o trabalho da cópia.

VI

Nos desenhos de aproveitamento decorativo, as linhas geométricas serão desenhadas com instrumentos, reservando-se o desenho à mão livre para o traçado dos elementos da flora e fauna utilizados como ornamentos. O professor irá, assim, ensinando lentamente o desenho geométrico, desde o traçado das retas paralelas, perpendiculares e inclinadas, o traçado dos frisos, molduras e cantos, até polígonos para as disposições radiadas e verticeladas. No traçado de polígonos convirá evitar as construções especiais, limitando-se, o mais possível, à construção dos polígonos regulares, à divisão da circunferência em partes iguais, usando o compasso ou o transferidor. Nas composições decorativas o professor deverá orientar o trabalho, de maneira que o aluno adquira uma ideia perfeita do aproveitamento decorativo, sem prejuízo, porém, das tendências, inclinações ou iniciativas pessoais, que deverão ser estimuladas e cultivadas.

VII

No desenho projetivo, deverá o professor realizar lições com modelos e inúmeros desenhos, objetivando o mais possível o problema das projeções para simplificá-lo, tornando-o mais compreensível. As explicações sobre os planos deverão ser feitas com um diedro de madeira ou papelão, para que os alunos vejam os planos e sobre eles determinem as projeções. Para todos os exercícios de projeções seria conveniente que os alunos desenhassem em papel cartão, para, recortando e armando, as figuras, averiguarem a exatidão dos traçados. Nos problemas de rebatimento e rotação de planos e retas, o recorte, em papelão, dos planos, ajuda a explicação.

VIII

O ensino da perspectiva linear deverá ser feito de maneira prática e com as exemplificações necessárias à sua fácil compreensão. Convém servir-se das projeções ortogonais para a explicação do fenômeno da perspectiva. Somente depois de conhecido o problema da perspectiva pelas projeções ortogonais é que deve o professor ensinar a projeção cônica, como simplificação do traçado. Primeiro ano Desenho do natural – Estudo de objetos esféricos, ovoides, elipsoides ou combinações destes. Proporcionar, usando o lápis ou o duplo decímetro como escala de proporção. Desenho do natural – Esboço de objetos de formas cúbicas, prismáticas e piramidais, para o estudo das deformações aparentes dos corpos; observações dos ângulos e da altura do horizonte com esquadros. – Cópia de objetos de formas cilíndricas, cônicas e tronco cônicas. Estudo das deformações dos círculos em relação à altura do horizonte do observador. – Cópia de conjuntos das formas já estudadas, para o estudo de sombras próprias e projetadas. Desenho de memória – Reprodução no quadro-negro de objetos já estudados. Desenho decorativo – Aproveitamento das figuras geométricas combinadas para decoração. – Composição de barras em série simples e composta, tendo para motivo folhas. – Idem, idem, folhas e frutos ou flores. – Empregar, nestes exercícios, o lápis de cor. Segundo ano Desenho do natural ou perspectiva de observação, de memória e decorativo Desenho do natural – Estudo dos corpos de revolução, para o aperfeiçoamento do traçado das curvas. – Estudos de conjuntos de corpos prismáticos, piramidados e de revolução, para o aperfeiçoamento do estudo de sombras próprias e projetadas. – Cópia de objetos de uso comum. Coloração a lápis de cor. – Estudo dos insetos, peixes, répteis e aves. Desenho de memória – Reprodução no quadro-negro dos objetos já desenhados. Desenho decorativo – Composição de barras ou frisos, tendo para motivo, insetos. – Idem, idem, – peixes. – Idem, idem, aves. – Utilizar o lápis de cor para completar estes exercícios. Terceiro ano Desenho projetivo, perspectiva linear, da natural e de memória Desenho projetivo – Noções de escala, projeções ortogonais, planos de projeções e linha de terra. – Projeção de um cubo colocado em diversas posições. – Projeção de prismas e pirâmides. – Projeção dos corpos de revolução colocados em diversas posições. Perspectiva – Cubo e prismas. Desenhar os planos de projeções, o quadro, o observador, os raios visuais, etc. Noções de ângulo de visão, do ponto de vista e linha do horizonte. Verificação do traçado por intermédio dos pontos de fuga. – Quadrado ocupando diversas posições, inclusive a inclinada de 45º sobre o quadro, para dar noção das escalas de largura e afastamento. Verificação do traçado por intermédio dos pontos de fuga acidentais. – Cubo, prismas e pirâmides. Noção de escala de altura. – Corpos de revolução. Traçado das curvas em perspectiva. – Conjuntos de 2 ou 3 objetos. – Desenho de animais mamíferos. Desenho do natural – Estudo das proporções ao corpo humano. Cópia da figura humana em diversas posições (modelos de gesso). – Estudo da figura humana em movimento. EDUCAÇÃO FÍSICA 1º ano

I

Execução perfeita dos exercícios do curso anterior.

II

Marcha ordinária – Formações, conversões e evoluções diversas.

III

Ginástica respiratória – Respiração.

IV

Exercícios suecos mais completos e variados.

V

Exercícios variados de rítmica.

VI

Exercícios com bastão.

VII

Exercícios de equilíbrio sem aparelhos.

VIII

Corrida de velocidade (30 a 50 metros).

IX

Exercícios de suspensão alongada exclusivamente, em barras fixas.

X

Jogos – Handebol, captain-ball, bola ao triângulo e voleibol. 2º ano Execução de todos os exercícios do 1º ano.

I

Exercícios de ginástica sueca.

II

Particularidades da ginástica respiratória.

III

Exercícios de equilíbrio com aparelho.

IV

Corrida de resistência.

V

Exercícios de massas indianas (leves).

VI

Estudo do compasso e intensidade do som em relação aos movimentos

VII

Exercícios nos bancos ginásticos.

VIII

Interpretação pelo gesto de um tema musical.

IX

Basquetebol, voleibol. 3º ano Executar exatamente todos os exercícios do programa anterior.

I

Dar aulas práticas sob a direção-geral da professora.

II

Ginástica rítmica mais aperfeiçoada.

III

Corrida de velocidade (50 a 80 metros).

IV

Conhecer os aparelhos necessários à antropometria escolar.

V

Organizar festas escolares.

VI

Fazer trabalhos escritos sob os diversos pontos do programa.

VII

Colaborar nos exames antropométricos.

VIII

Jogos (hockey, lawn-tennis). APARELHOS NECESSÁRIOS À PRÁTICA DA ANTROPOMETRIA

I

Compasso torácico.

II

Espirômetro.

III

Ergógrafo de Moss.

IV

Balança antropométrica.

V

Esfigmógrafo DUDGEOU.

VI

Fita antropométrica. CURSO DE APLICAÇÃO BIOLOGIA E HIGIENE Primeiro ano Biologia:

I

A vida animal e vegetal. O oxigênio e a combustão. Os compostos azotados e os do carbono. O ciclo do carbono e do azoto. O papel das bactérias na natureza.

II

Estudo elementar da célula e dos tecidos animais. Órgãos, aparelhos e funções.

III

Funções de relação. Aparelho locomotor. Estudo sucinto do esqueleto humano e das articulações. Tecidos contráteis. Movimento ameboide, células ciliadas, tecido muscular. Músculo liso e estriado. Variedades do movimento muscular, o tônus muscular, contração muscular, contração tetânica; fadiga muscular. Sistema muscular do homem.

IV

O sistema nervoso. Estudo elementar de sua estrutura. O neurônio. Funções da célula nervosa. Sensibilidade, motilidade, ato reflexo e movimento voluntário. O sistema nervoso central e periférico. Os centros nervosos. Linguagem. Sistema do grande simpático.

V

Sensações e órgãos dos sentidos. Estudo mais detalhado dos órgãos da audição e da visão. Defeitos da audição e da visão. Os sentidos da pele. O sentido muscular. A educação dos sentidos.

VI

Higiene do sistema nervoso. Hábito. Inibição nervosa. Emoção. Fadiga nervosa. Repouso e sono. Os excitantes e os entorpecentes.

VII

Funções de nutrição. Estudo sumário do tubo digestivo do homem e das glândulas anexas. Os alimentos. Natureza das transformações digestivas. As secreções digestivas. A digestão salivar: mastigação, saliva, deglutição. A digestão gástrica: movimento do estômago, secreção gástrica. Fome. A digestão intestinal: movimento do intestino delgado, o suco pancreático, o suco entérico e a bile. Absorção intestinal.

VIII

O sangue, sua composição: plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. Coagulação do sangue.

IX

O aparelho circulatório. O coração, as artérias, os capilares e as veias. A grande e a pequena circulação. Circulação porta. A linfa, os vasos e os gânglios linfáticos.

X

A respiração. Estudo sumário do aparelho respiratório. Fenômenos mecânicos e químicos da respiração. Respiração externa e interna. Higiene da respiração. Insuficiência respiratória: suas causas; os seus efeitos sobre o desenvolvimento da criança.

XI

O aparelho da fonação.

XII

Estudo elementar do metabolismo da água, das gorduras, dos hidratos de carbono e das proteínas. Requisitos de uma ração alimentar. As vítimas. Moléstias de carência. Higiene da nutrição.

XIII

Funções de excreção. Os rins e as glândulas sudoríparas. A pele e os anexos. Higiene da pele. Calorimetria animal.

XIV

Noções sucintas sobre as principais glândulas de secreção interna: tireoide, hipófise, pâncreas, suprarrenais, timo, fígado, etc. Exercícios complementares: O aluno fará pequenas experiências de laboratório para verificar a ação dos fermentos digestivos, a diferença de composição do ar expirado e inspirado, observações microscópicas do sangue e de outros tecidos animais, em preparações convenientes. O professor fará acompanhar as suas lições, de observações de peças, modelos gráficos, estampas, desenhos, esquemas, projeções luminosas, para que o ensino tenha o caráter eminentemente intuitivo. Livros aconselhados: 1) A. Pizon – Precis d’Histoire Naturelle. 2) P. G. Stiles – Human Physiology (Para os professores). 2º ano HIGIENE ESCOLAR Introdução: – Saúde e doença. Medicina e higiene. Higiene escolar, seus objetivos.

I

Dos meios naturais: 1) Ar atmosférico. Confinamento e regeneração do ar. 2) Água. Contaminação e purificação da água potável. 3) Solo. Contaminação e saneamento do solo.

II

Do edifício escolar: 1) Condições higiênicas capitais de uma boa casa de escola, rural ou urbana. 2) Condições higiênicas capitais das salas de aula. 3) Anexos da escola.

III

higiene física:

a

– O escolar são: 1) O crescimento físico da criança; fatores e leis do desenvolvimento. Antropometria escolar. 2) A acuidade visual e auditiva. 3) As atitudes do aluno, especialmente durante a leitura e escrita. 4) O material e mobiliário escolar adequado ao aluno. 5) Alimentação do escolar. Cantinas escolares. 6) Asseio corporal do aluno. 7) A educação física dos alunos.

b

– O escolar doente: 1) As doenças escolares propriamente ditas. Defeitos ortopédicos. Vegetação adenoide. 2) As doenças contagiosas e nervosas da idade escolar. 3) Profilaxia das doenças contagiosas. 4) Escolas ao ar livre. Os débeis orgânicos. 5) Primeiros socorros a serem prestados em caso de acidentes ou moléstias súbitas na escola.

IV

Higiene intelectual:

a

O escolar normal. 1) O desenvolvimento físico, intelectual e moral do aluno. A educação e as diversas formas da inteligência infantil. 2) O trabalho intelectual em suas relações com o estado físico e psíquico do aluno. Horários de aula. Fadiga intelectual. 3) Os programas e os métodos de ensino.

b

– O escolar anormal. 1) Os anormais intelectuais e morais. Tarefas físicas, intelectuais e morais. Classificação dos anormais. 2) Classes para os anormais. Educação física, intelectual e sensorial dos anormais.

V

Higiene dos professores:

VI

Inspeção médica dos alunos, professores e pessoal administrativo. Ficha sanitária do escolar. O médico escolar e a enfermeira. Papel da professora na formação da consciência sanitária do aluno.

VII

Luta contra tuberculose, o alcoolismo e as principais endemias de Minas Gerais.

VIII

Serviço de assistência médico-dentária aos escolares. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

I

O aluno visitará um prédio escolar e apresentará relatório circunstanciado das condições higiênicas do mesmo, não omitindo a apreciação sobre o mobiliário e o material escolar

II

Cada aluno deverá apresentar no fim do ano letivo, como condição imprescindível para ser admitido a exame, a observação antropométrica de alguns alunos das classes anexas, com especial referência a altura, peso, acuidade auditiva e visual, Aos escolares, não vacinados, deverá o aluno, sob a imediata fiscalização do médico escolar ou do professor da cadeira, proceder à vacinação e acompanhar a evolução da vacina.

III

Cada aluno deverá fazer um estágio no posto de higiene escolar, sob a orientação do médico chefe, e apresentará ao professor da cadeira um relatório do que tiver visto e praticado.

IV

Além dos exercícios mencionados, deverão os alunos fazer execuções, sob a orientação imediata do professor, a hospitais, institutos científicos, centros de saúde, para se familiarizarem com a organização e a marcha dos serviços desses estabelecimentos. NOÇÕES DE PUERICULTURA

I

Definição. Importância social do estudo da puericultura. Natalidade e mortalidade infantil. Principais causas do obituário infantil.

II

Higiene do recém-nascido. Particularidades anatômicas e fisiológicas. Alimentação. Equilíbrio e marcha.

III

Dentição. Ordem e época do aparecimento dos dentes. Acidentes da dentição. Superstições em torno da erupção dentária.

IV

Vacinação. Regras. Prática. Ação sobre a criança.

V

Desenvolvimento corporal na 1ª infância: curvas de estatura e peso. Jogos infantis, recreativos e ginásticos, a dança. Vida ao ar livre.

VI

Subalimentação, degenerescência física e mental.

VII

Evolução intelectual na 1ª infância. Linguagem.

VIII

Disciplina na 1ª infância; hábitos higiênicos.

IX

Escolas maternais, jardins de infância. Idade escolar. LIVROS ACONSELHADOS 1) Mery et Genevrier: – Precis d'Hygiène Scolaire. 2) Czerny – O médico como educador. Primeiro ano HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO

I

Rápido golpe de vista sobre as raças e as línguas da humanidade. II- As primeiras civilizações. As primeiras cidades e os primeiros nômades. Os sumérios. O Império de Sargon I. O Império de Hammourabi. Os Assírios e os Caldeus. Os começos da civilização no Egito, na Índia e na China.

III

Povos marítimos e povos mercadores. Os primeiros navios e os primeiros marinheiros. As primeiras viagens de exploração. Os primeiros mercadores e primeiros viajantes.

IV

A escrita. A escrita ideográfica. A escrita silábica. A escrita alfabética. O papel da escrita na vida humana.

V

Os deuses e as estrelas, os sacerdotes e os reis. Os sacerdotes e as estrelas. O sacerdote e a aurora da ciência. Reis e sacerdotes. Os deuses reis do Egito.

VI

Escravos, classes sociais e indivíduos livres. O homem do comum na antiguidade. Os primeiros escravos. Os primeiros homens livres. As classes sociais tornam-se castas. As castas na Índia e na China.

VII

Os hebreus, a escritura e os profetas. O lugar dos israelitas na história. Saul, David e Salomão. Os hebreus e as suas origens diversas. O papel e a importância dos profetas.

VIII

Os gregos e os persas. Os povos helênicos. Caracteres da civilização helênica. A monarquia, a aristocracia e a democracia na Grécia. O advento dos persas no Oriente. A história de Creso. Dário e a sua invasão na Rússia. A batalha de Maratona. Termófilas e Salamina. Platéa e Micale.

IX

O pensamento grego e a cultura social na Grécia. Atenas do tempo de Péricles. Sócrates. Platão e a Academia. Aristóteles e o Liceu. A educação grega e as ideias de Platão e de Aristóteles sobre a educação.

X

A carreira de Alexandre Magno. Philippe da Macedônia. Philippe e Demóstenes. Morte de Philippe. As primeiras conquistas de Alexandre. Marcha para o Oriente. Apreciação sobre a grandeza de Alexandre e as consequências das suas conquistas. Sucessão de Alexandre. Pérgamo, refúgio da cultura.

XI

A ciência e a religião em Alexandria. A ciência e a filosofia em Alexandria. Alexandria, centro de convergência do pensamento grego e das religiões orientais.

XII

Budismo. A história de Guatama. O conflito do ensino e da legenda. O evangelho de Buda. Os grandes mestres chineses. O domínio atual do budismo.

XIII

As duas Repúblicas Ocidentais. As origens do povo latino. Cartago, a república dos ricos mercadores. A primeira guerra púnica. Catão, o antigo. Segunda e terceira guerras púnicas. Influência das guerras púnicas sobre as liberdades romanas. Comparação entre a República romana e um Estado moderno.

XIV

Da República ao Império. Como o cidadão romano perdeu o seu poder. As finanças de Roma. Os últimos anos da política republicana. A Era dos generais aventureiros. O fim da República. Os príncipes. Causas da queda da República romana.

XV

Os césares entre o mar e as grandes planícies do Velho Mundo. Vista sumária sobre os imperadores. O ponto culminante da civilização romana. Os caracteres da mentalidade romana. A educação em Roma. As planícies se agitam. Redução do Império Romano no Ocidente. O Império do Oriente.

XVI

O advento, os progressos e as divisões do cristianismo. A Judeia na época de Cristo. A prédica de Jesus. A sua crucificação. Lutas e perseguições. Constantino, o Grande. Reconhecimento oficial do Cristianismo. A carta da Europa no ano 500 depois de Cristo. A ciência salva pelo Cristianismo.

XVII

Sete séculos na Ásia – Justiniano, o Grande. A Síria sob os, Sassânidas. A primeira mensagem do Islam. Zoroastro e Mani. Os hunos na Ásia Central e na Índia, A grande época da China. O isolamento intelectual da China. As viagens de Yuan-Chwang.

XVIII

Maltomel e o Islam. A Arábia antes de Mahomet. A vida de Mahomet até a Hégira. Mahomet, profeta e guerreiro. Os grandes Califas. A vida intelectual da Arábia islâmica.

XIX

A cristandade e as cruzadas. O declínio do mundo ocidental. O sistema feudal. O reino dos Merovíngios. A conversão dos bárbaros ao Cristianismo. Carlos Magno, imperador do Ocidente. A grande prova do Cristianismo. O imperador Frederico II. Defeitos e insuficiências do Papado. Os principais Papas

XX

O renascimento da civilização ocidental. O Cristianismo e a instrução popular. As congregações voltadas ao ensino. O protestantismo e a educação: Lutero e Comenius. O renascimento e as teorias da educação: Erasmo, Rabelais; Montaigne. Nova aurora da ciência. As cidades da Europa se repovoam. Ingresso da América na história. A República Suíça. O imperador Carlos V. As grandes correntes intelectuais.

XXI

Príncipes, parlamentos e potências. Os príncipes e a política estrangeira. A República Holandesa. A República inglesa. Desordens e divisões na Alemanha, Os esplendores da monarquia na Europa. Como se desenvolve a ideia de grande potência. A República polonesa. Os primeiros sintomas do imperialismo: o império do Ultramar e as primeiras projeções europeias para ele. A Grã-Bretanha; senhora da Índia. O avanço russo na direção do Pacifico.

XXII

As novas repúblicas democráticas na América e na França. O inconveniente, do sistema das grandes potências. As treze colônias americanas antes da sua revolta. A guerra civil imposta às colônias. A guerra da independência. A Constituição dos Estados Unidos. As ideias revolucionárias em França. A revolução de 1789. A revolução jacobina. A República jacobina. O diretório.

XXIII

A carreira de Napoleão Bonaparte. A família de Bonaparte na Córsega. Bonaparte, general republicano. Napoleão, primeiro cônsul. Napoleão I, imperador. Os Cem Dias. A carta da Europa em 1815.

XXIV

O século XIX A revolução operada pelo maquinismo. O maquinismo e a revolução industrial. Fermentação de ideias: 1848. A evolução do socialismo. Os pontos fracos da doutrina socialista. Influência do darwinismo sobre as ideias sociais e políticas. As nacionalidades e o movimento nacionalista. Novo surto do imperialismo: concorrência das grandes potências europeias ao império do ultramar. A conquista da Índia. O advento do Japão à história da civilização.

XXV

A conflagração mundial. A paz armada. A Alemanha imperial. O imperialismo inglês. O imperialismo na França, na Itália e nos Balkans. A monarquia russa e o mundo slavo. Causas imediatas da grande guerra. História sucinta da grande guerra. A reorganização política; econômica e social após a guerra. O presidente Wilson e o Tratado de Versailles. A Liga das Nações: resumo do pacto da Liga. Papel da Liga das Nações e história sumária do que tem feito. Bibliografia Velis – Esquisse de l'histoire universelle. Seignobos – Histoire de la civilisation. Segundo ano HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

I

A educação na Grécia. O povo grego. Primeiras formas de educação na Grécia. A idade de ouro na Grécia, a partir da batalha de Maratona. Mudanças nas formas e nos sistemas de educação.

II

A educação em Roma. Os romanos e sua missão. O período da educação doméstica. A transição para o sistema escolar de educação. O estabelecimento definitivo do sistema escolar. Contribuição de Roma para a civilização ocidental.

III

A educação e o cristianismo. O aparecimento e a vitória do cristianismo. Organização educacional, e, governamental da igreja primitiva. Ponto de partida da idade média em matéria de educação.

IV

A educação no mundo medieval. A educação durante os primeiros tempos da idade média. Fundação de escolas. Tendências no sentido do renascimento do ensino: a) a influência da cultura árabe na Espanha; b) teologia escolástica; c) direito e medicina como novos ramos do ensino; d) outras influências e correntes.

V

A transição da idade média à idade moderna. O renascimento e a educação. Resultados educacionais do renascimento das ciências e dos estudos antigos. O protestantismo e a educação: Lutero. Calvino. A contra reforma dos católicos; os jesuítas, as suas escolas, os seus métodos e a formação dos seus professores. A Igreja e a educação elementar; as ordens religiosas voltadas ao ensino.

VI

A investigação científica na época do renascimento. Os novos métodos científicos e as escolas. Realismo e humanismo. Expoentes do humanismo realista: Erasmo, Rabelais e Milton. Realismo social: Montaigne e Locke e seu lugar na história da educação. Realismo científico: Bacon, Wolfgang, Ratke e Comenius. Comenius e os métodos de educação; as suas ideias sobre a organização das escolas; a reforma por ele introduzida no ensino das línguas. A influência de Comenius e o seu lugar na história da educação.

VII

Teoria e prática educacionais no século XVIII – John Locke e a teoria da educação formal ou disciplinar. As ideias de Locke sobre a educação elementar. As condições da educação no meio do século XVIII: estudos e manuais; o currículo escolar (leitura, escrita e contas). Primeiras escolas femininas, na Inglaterra. As escolas primárias na Inglaterra, fundadas com o fim de catequese. O ensino aos órfãos e às crianças pobres na Inglaterra. Métodos de instrução. Disciplina escolar. Condições de vida das crianças, particularmente das crianças pobres. Recursos destinados à manutenção das escolas.

VIII

A significação do século XVIII para a educação. O movimento das nacionalidades apenas nascente, e o interesse dos governos na obra da educação. Os reis da Prússia. O imperador José II e os reformadores austríacos. Reformas na Espanha. O despotismo russo e a educação: Pedro, o Grande e Catarina II. O movimento de reforma na França: os filósofos e homens de letras. Montesquieu, Turgot, Voltaire, Diderot e Rousseau. Revolução no pensamento francês: influências inglesas. Os começos da democracia na Inglaterra: a tolerância religiosa e outras influências emancipadoras educativas; ciência e manufatura. A República americana. A Revolução francesa e os seus resultados. O movimento de nacionalidade se estende a outros países. Importância e consequência do movimento democrático,

IX

Os começos de um sistema nacional de educação. Novas concepções quanto aos fins da educação. As novas teorias em França: Rousseau, Rolland. Diderot, Turgot. Movimentos legislativos tendentes a incorporar as novas ideias e concepções: Mirabeau, Talleyrand, Condorcet. A Convenção Nacional. As novas concepções na América: mudança no caráter das escolas; o sistema de escolas civis ou do Estado; as instituições e os ideais políticos constituem novos motivos e novo estímulo à criação de escolas e ao maior interesse do Estado pela educação popular.

X

Novas teorias e concepções sobre a instrução primária. A obra de Rousseau: o seu radicalismo e os seus elementos aproveitáveis. Novos ideais na educação. Influência de Rousseau nos países germânicos. Tentativas germânicas de uma nova concepção da educação elementar: Basedow, sua obra e sua influência. A obra e a influência de Pestalozzi; as suas experiências, a sua contribuição, as consequências das suas ideias, os seus continuadores.

XI

A organização nacional da educação na Prússia. Progressos da Alemanha na organização escolar. O exemplo da Prússia é seguido em outros Estados alemães. Os começos do ensino normal. Stein e Fichte. A reorganização da instrução primária. Nacionalização da instrução primária. Reorganização da instrução secundária. As Universidades.

XII

A organização nacional da educação na França, na Bélgica e na Itália. Napoleão começa a organizar a educação nacional. Escolas primárias, escolas secundárias e Universidades. Novos interesses na instrução primária: Cousin e Guizot. Organização nacional na Itália: reforma da instrução na Sabóia; influência de Napoleão; a Sardenha e o movimento pela nacionalização da instrução. Cavour.

XIII

A organização nacional da educação na Inglaterra. Sundays School; sistemas voluntários; influência do século XVIII. Esforços e contribuições da filantropia. Instrução mútua ou monitorial; valor do sistema. Obra das sociedades de educação. Lutas no Parlamento pela nacionalização da educação. Os líderes do movimento: Lord Brougham, Carlyle, Dickens, Macauly e Stuart Mill. Começos da organização nacional da educação. Desenvolvimento do sistema nacional da educação.

XIV

O sistema nacional da educação nos Estados Unidos. O problema americano. Efeitos da guerra da Independência. A consciência educacional nos Estados Unidos; o movimento dos Sunday Schools; sociedades educacionais; escolas monitoriais. Organização da educação primária. Influências sociais, econômicas e políticas. Crescimento da população nas cidades; manufaturas e indústrias; a extensão do sufrágio; a obra da propaganda. Os Estados assumem a responsabilidade de custear as escolas. Horace Mann. A eliminação do sectarismo.

XV

A educação torna-se um instrumento nacional. A maioria dos Estados assume o controle da educação, considerada como uma obra de interesse nacional. O sistema nacional de educação nos países da América do Sul, particularmente na Argentina, no Uruguai e no Chile.

XVI

O sistema de educação no Brasil, particularmente no Estado de Minas Gerais. Histórico e dados da atualidade.

XVII

O progresso das ciências e a sua influência sobre a educação. As aplicações das ciências e os seus resultados. As condições de vida há um século e as transformações operadas. Efeitos dessas transformações sobre classes operárias. Resultados gerais dessas transformações e a sua influência sobre as escolas. Novos problemas educacionais. A educação considerada como um instrumento de construção nacional.

XVIII

Os começos da instrução normal. A contribuição de Pestalozzi. Desenvolvimento do ensino oral e objetivo. O moderno ensino normal. O ensino normal na França, na Alemanha, na Bélgica, nos Estados Unidos, na Áustria, no Brasil e, particularmente, no Estado de Minas Gerais. A expansão do ensino normal. A psicologia torna-se uma ciência fundamental. A graduação da instrução primária e a divisão dos alunos em classes.

XIX

Novas ideias e modernos pontos de vista sobre educação. A obra de Herbart; fins e conteúdo da educação; método de Herbart; movimento das ideias de Herbart na Alemanha; as ideias de Herbart nos Estados Unidos. A contribuição de Herbart.

XX

Jardins de infância, jogos e trabalhos manuais. Origem dos jardins da infância. Expansão da ideia de jardins da infância. Organização e conteúdo da educação nos jardins da infância. Trabalhos manuais; expansão da sua ideia e a sua contribuição no moderno sistema educativo.

XXI

Expansão gradual do interesse pelo estudo das ciências nas escolas. A incorporação do estudo das ciências ao currículo escolar. As ideias de H. Spencer e Muxley a este respeito. As novas finalidades da educação. Significação social dessas ideias. As contribuições de Dewey e a sua pedagogia.

XXII

Alarga-se a concepção da educação popular. Mudanças, na concepção dos fins da educação. Influência dos interesses nacionais sobre a educação. A revolução industrial e as suas repercussões sobre a educação. A educação técnica. A ciência aplicada, particularmente, a agricultura. O interesse nacional nas ciências aplicadas.

XXIII

Educação e vocação. A educação vocacional na Europa e nos Estados Unidos.

XXIV

Pontos de vista sociológicos sobre educação. A significação e o valor da vida da criança. Medidas legislativas de proteção à criança. Obrigatoriedade escolar e resultados. A educação dos defectivos e retardados. A educação dos supranormais. A importância da saúde nas novas concepções da educação, inspeção médica e dentária e higiene escolar.

XXV

A organização científica da educação. Novas influências. A educação como um novo e importante ramo dos estudos universitários. Os problemas do presente. Observação – Os exercícios complementares de história de civilização e de história de educação consistirão em biografias orais ou escritas e em dissertações sobre os mais importantes sistemas de educação, considerados do ponto de vista histórico, bem como sobre as principais fases da cultura humana e a sua comparação com a fase atual de cultura. BIBLIOGRAFIA PARA A HISTÓRIA DE EDUCAÇÃO Josef Gottler – Geschichte der Paedagogik Cuberley – The History of education. François Guex – Histoire de L'instruction et de L'éducation. Compayré – Histoire de la pédagogie. Ponthiere, Monchamps, Maquet, Vandervest – L’orientation proféssionelle. Dewey – School of To – Morrow. PSICOLOGIA EDUCACIONAL Primeiro ano I A PSICOLOGIA E A EDUCAÇÃO A psicologia. Definição. Objeto e posição da psicologia no quadro geral das ciências. Seus métodos de estudo. A medida em psicologia e a sua representação gráfica. As aplicações práticas da psicologia. A psicologia aplicada à educação. Pedologia. Pedotécnica. Pedagogia. A medida em psicologia e sua representação gráfica. II A EVOLUÇÃO BIOLÓGICA E A EVOLUÇÃO SOCIOLÓGICA DO HOMEM O homem como ser vivo e como ser social. Instintos. Caracteres hereditários. Tendências egoísticas e tendências sociais. O homem e o meio. Adaptação ao meio. Imitação. Influências do meio sobre o homem e do homem sobre o meio. O meio cósmico e o meio social. A evolução biológica e a evolução sociológica do homem. III A CONSCIÊNCIA A consciência em geral. Os estados de consciência. Os distúrbios da consciência. A evolução da consciência na espécie e no indivíduo. O inconsciente. IV A BASE ORGÂNICA DOS FENÔMENOS PSÍQUICOS O sistema nervoso em geral. Sua evolução na série animal e no homem. Sistema nervoso da vida de relação e sistema nervoso simpático. Os nervos periféricos e os órgãos centrais. Os nervos e os gânglios simpáticos. Estrutura geral do sistema nervoso. Substância branca e substância cinzenta. Estrutura dos nervos, dos órgãos centrais e dos gânglios simpáticos. A fibra e a célula nervosa. O neurônio. As funções dos nervos. Nervos sensitivos e nervos motores. Excitabilidade e condutibilidade. A transformação da excitação em movimento. Os reflexos. As funções da fibra e da célula nervosa. As funções do neurônio. As funções dos órgãos centrais: medula, bulbo, cerebelo e cérebro. Vias de condução centrípeta e vias de condução centrífuga. A transformação das excitações sensoriais em estímulos motores. As localizações cerebrais. O cérebro e a inteligência. A atividade cerebral e o sono. A atividade psíquica e a fadiga. Fadiga física e fadiga psíquica. Efeitos fisiológicos e efeitos psicológicos da fadiga intelectual. OS ELEMENTOS E AS ELABORAÇÕES DA VIDA PSÍQUICA A excitação e o movimento; as sensações e as percepções; as imagens e as ideias; a afetividade; a vontade. VI A EXCITAÇÃO E O MOVIMENTO A transformação da excitação em movimento. As ações reflexas simples e as ações reflexas complicadas. A coordenação e a inibição dos reflexos. Movimentos voluntários e movimentos involuntários. VII AS SENSAÇÕES E AS PERCEPÇÕES A excitação, a sensação e a percepção. Os excitantes e os órgãos das sensações. A intensidade e qualidade das sensações. O tom afetivo das sensações. Os distúrbios das sensações e das percepções: ilusões e alucinações. As sensações do tato. Sensibilidade tátil superficial: sensações de contato, de pressão, de temperatura e de dor. Sensibilidade tátil profunda; cenestesia. As sensações do ouvido. O órgão da audição. As sensações sonoras. As sensações de espaço e de equilíbrio. Os órgãos. As sensações de espaço e de movimentos. As sensações da vista. Os órgãos da visão. A visão em geral. A visão das cores. As sensações do gosto e do olfato. VIII A IMAGINAÇÃO A percepção e a imagem. Natureza e caráter das imagens. As diversas classes de imagens. A imaginação e a ideação. As associações de imagens e as associações de ideias. Formas de associações. Distúrbios das associações de ideias: incoerência e ideias delirantes. Os testes da associação de ideias. IX A AFETIVIDADE A afetividade em geral. Os tons afetivos: a dor e o prazer; o agradável e o desagradável. As emoções: a alegria, a tristeza, a cólera, o medo. As paixões. Os sentimentos. Necessidades e tendências; desejos e interesses. A afetividade e a imaginação. A psicologia da afetividade aplicada à educação. X A VONTADE A vontade e seus fatores. O automatismo psíquico: impulsividade, negativismo e sugestibilidade. A vontade, o hábito e o automatismo. Os distúrbios da vontade: diminuição, paralisia e exaltação da vontade. A psicologia da vontade aplicada à educação. XI A ATENÇÃO A atenção espontânea e a atenção voluntária. – Os distúrbios da atenção. A afetividade e a atenção. A psicologia da atenção aplicada à educação. A medida da atenção. Os testes da atenção, XII A MEMÓRIA Aspectos gerais da memória. Qualidades da memória. As lembranças. O reconhecimento. O esquecimento. A memória e o hábito. A memória e a afetividade. Os distúrbios da memória: as amnésias. A psicologia da memória aplicada à educação. Os testes da memória. XIII JUÍZO E RACIOCÍNIO Conceito, juízo e raciocínio. A elaboração do juízo. Abstração e generalização. Dedução e indução. A psicologia do raciocínio aplicada à educação. Os testes do raciocínio. XIV O PENSAMENTO O pensamento consciente e o pensamento inconsciente. A elaboração do pensamento. A imaginação, a inspiração e a invenção. O pensamento artístico, o pensamento científico e o pensamento prático. Os testes da imaginação. XV A EXTERIORIZAÇÃO DOS FENÔMENOS PSÍQUICOS A exteriorização das emoções. O gesto, o grito, o riso e as lágrimas. A exteriorização do pensamento. A linguagem e sua origem. O simbolismo. A linguagem mímica, a linguagem falada e a linguagem escrita. Os testes psicológicos por meio da escrita. XVI A INTELIGÊNCIA A inteligência. As formas da inteligência. Os tipos intelectuais. O gênio. A influência da educação sobre a inteligência. A medida da inteligência. Os testes da inteligência. XVII A PERSONALIDADE E O CARÁTER A personalidade e o eu. Formação e evolução da personalidade. Distúrbios da personalidade: enfraquecimento, transformação, desagregação e desdobramento da personalidade. O carácter. Os fatores do caráter. Carácter hereditário e carácter adquirido. O diagnóstico e a medida do caráter; os testes do caráter. A psicologia da personalidade e a psicologia do carácter, aplicadas à educação. Observações As lições deverão ser feitas em linguagem expositiva e clara, o professor tendo o cuidado de evitar as digressões filosóficas e procurando despertar nos alunos o interesse prático, sob o ponto de vista educativo, do assunto ensinado. Os alunos serão obrigados a se exercitarem nas diferentes provas da psicologia experimental, sobretudo com relação aos testes. O curso disporá de gráficos, aparelhos e demais materiais necessários ao ensino eminentemente prático da matéria. SEGUNDO ANO I A PSICOLOGIA DA CRIANÇA Definição e objeto. Seus métodos de estudo, métodos gerais e métodos especiais. As aplicações práticas da psicologia da criança. A psicologia da criança e a educação. Pedologia. Pedotécnica. Pedagogia. A medida psicológica e sua representação gráfica. Os testes em geral: testes coletivos e testes individuais; testes da aptidão e testes do desenvolvimento. II A EVOLUÇÃO BIOLÓGICA E A EVOLUÇÃO SOCIOLÓGICA DA CRIANÇA A criança como ser vivo e como ser social. Instintos. Caracteres hereditários. Tendências egoísticas e tendências sociais. A criança e o meio. Adaptação ao meio. Imitação. Influências do meio sobre a criança e da criança sobre o meio. O meio cósmico, o meio doméstico, o meio social e o meio escolar. A consciência e o inconsciente da criança, sua evolução. III A BASE ORGÂNICA DOS FENÔMENOS PSÍQUICOS O sistema nervoso em geral. O sistema nervoso da vida de relação e o sistema nervoso simpático. Anatomia, estrutura e fisiologia gerais. O cérebro e a inteligência. A atividade cerebral, a fadiga e o sono. A evolução do sistema nervoso na criança. IV OS ELEMENTOS E AS ELABORAÇÕES DA VIDA PSÍQUICA E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA Os elementos da vida psíquica. Suas primeiras manifestações e sua evolução. A excitação e o movimento; as sensações e as percepções; as imagens e as ideias; a afetividade; a vontade. V A IMAGINAÇÃO E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA A percepção, a imagem e a ideia. Natureza e carácter das imagens. As diversas classes de imagens. As associações de imagens e de ideias. As formas de associação. Os testes da associação de ideias. VI A AFETIVIDADE E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA A afetividade em geral. Os tons afetivos: a dor e o prazer; o agradável e o desagradável. As emoções: a alegria, a tristeza, a cólera e o medo. Os sentimentos. Necessidades e tendências; desejos e interesses. A evolução dos interesses na criança. A psicologia da afetividade na criança e suas consequências educacionais. VII A VONTADE E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA A vontade e seus fatores. O automatismo psíquico: impulsividade, negativismo e sugestibilidade. A vontade, o hábito e o automatismo. A psicologia da vontade na criança e suas consequências educacionais. VIII A ATENÇÃO E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA A atenção espontânea e a atenção voluntária. A atenção e a afetividade. A psicologia da atenção na criança e suas consequências educacionais. Os testes da atenção. IX A MEMÓRIA E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA Aspectos gerais da memória. Qualidades da memória. As lembranças. O reconhecimento. O esquecimento. A memória e o hábito. A memória e a afetividade. A psicologia da memória na criança e suas consequências educacionais. Os testes da memória. X JUÍZO E RACIOCÍNIO E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA Conceito, juízo e raciocínio. A elaboração do juízo. Abstração e generalização. Dedução e indução. A evolução do raciocínio na criança. A psicologia do raciocínio e suas consequências educacionais. XI O PENSAMENTO E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA O pensamento consciente e o pensamento inconsciente. A elaboração do pensamento. A imaginação, a inspiração e a invenção. A evolução do pensamento na criança. Os testes da imaginação. XII A EXTERIORIZAÇÃO DOS FENÔMENOS PSÍQUICOS A exteriorização das emoções. O grito, o gesto, o riso e as lágrimas. A exteriorização do pensamento. A linguagem e sua evolução na criança. O simbolismo. O desenho e a escrita. Os testes da evolução e da aptidão da criança por meio do desenho e da escrita. XIII A INTELIGÊNCIA E SUA EVOLUÇÃO NA CRIANÇA A inteligência. As formas de inteligência. Os tipos intelectuais. O aproveitamento e o cultivo da inteligência. A didática e a importância psicológica da metodologia. Os testes da inteligência. XIV A PERSONALIDADE E O CARÁTER, SUA EVOLUÇÃO E SUA ORGANIZAÇÃO NA CRIANÇA A personalidade e o eu. Evolução e formação da personalidade da criança. O caráter. Os fatores do caráter. Caráter hereditário e caráter adquirido. A educação como fator da personalidade e organizadora do caráter. A classificação e a medida do caráter. Os testes do caráter. XV AS CRIANÇAS ANORMAIS As crianças supranormais e as crianças subnormais. Noções de psicopatologia infantil. Classificação das crianças subnormais. Os problemas psicológicos da educação dos anormais. XVI OS JOGOS INFANTIS A significação psicológica dos jogos infantis e sua importância. Os jogos como estimulantes do desenvolvimento físico e do desenvolvimento psíquico da criança. Os brinquedos. Os jogos e a imaginação. Os jogos educativos. XVII A PSICOLOGIA DA CRIANÇA APLICADA AOS PROBLEMAS PRÁTICOS DA EDUCAÇÃO O objeto biológico e o objetivo sociológico da educação. A higiene física e a higiene moral. A educação profilática. A higiene física e a higiene moral. A educação pelo aproveitamento, pela correção e pelo estímulo das tendências e interesses da criança. XVIII A ESCOLA EM FACE DA PSICOLOGIA DA CRIANÇA A organização da escola segundo os dados da psicologia da criança. A escola como modelo da organização social. A disciplina e a liberdade, escolares. A criança e o educador. A psicologia do educador. OBSERVAÇÕES As lições deverão ser feitas em linguagem expositiva e clara, o professor tendo o cuidado de evitar as digressões filosóficas e procurando despertar nos alunos o interesse prático, sob o ponto de vista educativo do assunto ensinado. Os alunos serão obrigados a se exercitarem nas diferentes provas da psicologia experimental, sobretudo com relação aos "teste". O curso disporá de gráficos, aparelhos e demais materiais necessários ao ensino eminentemente prático da matéria. BIBLIOGRAFIA Para alunos: Bonfim, M. – Noções de psicologia. Medeiros e Albuquerque – "Testes" (introdução ao estudo dos meios científicos de julgar a inteligência e a aplicação dos alunos). Para professores: Aulin, A. – Autorité et Discipline en matière d’Éducation. Bleuler, E. – Naturgeschichte der Seele und ihes Bewusstwerdens. Boncour, Philip et Paul – Anomalies des Ecoliers. Buhler, K – Die geistige Entwicklung des Kindes. Buhler, K – Abriss der geistigen Entwicklung der Kindes. Compayré, G – L’evolution intelectual et morale L’enfant. Claparede, Ed. – Psicologia de I’enfant. Claparede,Ed. – Comment diagnostiquer les aptitudes chez les écoliers. Decroly, O. – L’imitation á I’ activité intellectuelle et motrice par les jeux éducatifs. Decroly, O. – L’évolution affective chez L’enfant. Decroly, O. – L’examen affectif en général et chez L’enfant en particulier. Decroly et Buysse – Les applications américaines à I’ organisation humaine. Descoeudres, A. – L’éducation des enfants anormaux. Descoeudres, A. – Le développement de L'enfant de deux à sept ans. Gaupp, R. – Psicologie des Kindes. Groos, K. – Das Seelenleben des Kindes. Grunwald, G. – Pedagogische Psychologie. Ingenieros, J. – Princípios de Psicologia. Kofka, K. – Bases de la evolución psíquica. Introduction a la psicologia infantil (Trad. espanhola do alemão). Mirick – Progressive Education. Piaget, J. – Le langage et la pensée chez L’Enfant. Piaget, J. – Jugement et le Raisonnement chez L’ Enfant. Prayer, W. – Die Seele des Kindes. Queyart – Les jeux des enfants. Queyart – La curiosité. Rasmussen, W. – Psicologie de L’Enfant (trad.). Spranger – Psicologie des Jugendalters. Stern – Psicologie der fruhen Kindheit. Stern. W. und Cl. – Monografien uber die seelische. Entwicklung des Kindes. I. Die Kindersprache. II. Erinnerung, Aussage und Luge in der ersten Kindheit. Sully, J. – Studies of Childhood. Terman. – The Measurement of Intelligence. Thorndike – Educational Psychology. METODOLOGIA Primeiro ano

I

Metodologia geral. Importância do método. Princípios fundamentais do método. Formas de ensino: expositiva, interrogativa. A arte de interrogar. A arte de sugerir e provocar a descoberta. O método intuitivo. Os métodos ativos. Nota – Estabelecer as conexões entre a psicologia e a metodologia. II- Instrumentos de aquisição e de elaboração das noções. Sensações e percepções. Educação das sensações e percepções; jogos sensoriais motores. Abstração e generalização. Formas e graus. Processo de transmissão das ideias gerais. Raciocínio. Raciocinar e pensar. Processos de raciocínio. Imaginação. Seu papel na aquisição de conhecimentos. A imaginação na criança: o seu mundo interior e os interesses que o constituem. A memória. Suas condições e seus limites na aquisição dos conhecimentos. Cultura da memória e memorização. A atenção. Suas formas e processos. O papel do interesse como fator da atenção e da memória. O interesse e o esforço.

III

A instrução primária. Função da escola. Organização do ensino primário como serviço público. Graus no ensino. Objeto do ensino primário. Sua obrigatoriedade.

IV

Programas primários. Organização do currículo escolar: como conciliar o número das matérias com a simplicidade nos programas. A reorganização do currículo e os princípios que a ele presidiram, na última reforma do ensino primário em Minas.

V

A significação e o uso que se atribuem às noções ministradas na escola primária e a sua influência na reorganização dos processos de ensino. Liberdade individualidade. Relações da escola com a sociedade: escola como um estabelecimento social. A indústria e a influência dos processos industriais sobre os processos de educação. Jogos e trabalhos manuais.

VI

O ensino normal. Caráter do ensino normal. Princípios que presidiram à última reforma do ensino normal em Minas. Processos de ensino normal e seus programas.

VII

Metodologia especial. A linguagem. Sua função na elaboração e na expressão das ideias. Defeitos e sua correção. Metodologia da leitura e da escrita. A cultura da linguagem não se processa apenas no ensino da língua pátria, mas constitui objeto de todos os ramos do ensino. Exercícios especiais de linguagem. Ortografia e redação. Vocabulário. Gramática.

VIII

Metodologia da aritmética. A natureza da habilidade aritmética. Linguagem aritmética. Raciocínio aritmético. Problemas e sua solução. Sociologia da aritmética. As funções elementares da aprendizagem, aritmética. Conhecimento da significação de uma fração. Aprendizagem dos processos de cálculo. As conexões que constituem o processo mental da aprendizagem da aritmética. A importância da formação de hábitos. Conexões desejáveis e prejudiciais. A prática e a organização das habilidades. O quantum de prática. Raciocínio em aritmética considerado como cooperação de hábitos organizados. Interesse em aritmética. Condições da aprendizagem da aritmética. Condições externas: a higiene dos olhos, o uso de objetos concretos, aritmética oral, mental e escrita.

IX

Metodologia da geografia. Importância da matéria. Fins e intuitos do ensino de geografia. Interpretação dos fatos geográficos. Relações da geografia com outras matérias. Métodos gerais aplicáveis ao ensino da geografia. A preparação, a organização e a orientação de uma lição. Processos de ensino. Uso de mapas e outros objetos de ensino. Valor das projeções luminosas, mapas, croquis, leituras, excursões, viagens. História, dramatização e projetos no ensino da geografia. Estudo do ambiente geográfico. Estudo dos países: seleção de fatos e de aspectos. Os valores relativos. Geografia física e astronômica. Observação pelos alunos. Uso dos textos.

X

Metodologia da história. Importância da matéria. Valores educativos na história. Associação da geografia ao estudo da história. Biografias e seu valor educativo.

XI

Metodologia dos trabalhos manuais. Finalidade deste ensino. Ensinos que se compreendem sob essa denominação. Valor do dobramento, da cartonagem, do modelado, do "slojs", etc. A iniciativa da criança e a sua fantasia nos trabalhos manuais. A importância dos trabalhos manuais como estímulo à compreensão dos processos industriais.

XII

Metodologia da música e do canto. Valor deste ensino na escola primária. Condições que devem reunir os cantos. Canções. Maneiras de corrigir as imperfeições de voz das crianças. As audições.

XIII

Metodologia dos exercícios físicos. Os exercícios e a cultura física. Exercícios livres e sistematizados. Graduação dos exercícios pelas distintas classes. Exercícios para meninos e para meninas. Os jogos. Os desportos e as praças de jogos.

XIV

Metodologia das ciências naturais. Importância deste estudo e sua função educativa. Como devem ser organizados e executados os programas. Métodos de ensino das ciências naturais. A observação pelas crianças. Os centros de interesse.

XV

Metodologia das lições de coisas. Importância das lições de coisas. Seu caráter educativo. Unidade do objeto mental. Os centros de interesse e a organização das noções de coisas. A graduação das lições de coisas e a evolução dos interesses infantis.

XVI

Metodologia da educação moral e cívica. Ensino sistemático e ensino ocasional. Como penetrar de espírito moral os diversos ramos do ensino. A significação dos bons exemplos. Segundo ano

I

Metodologia geral. Concentricidade. Ensino direto, ensino ocasional. Concentração do ensino (centros de interesse).

II

Os programas. Programas lineares e concentrados, analíticos e sintéticos. Os centros de interesse: observação, associação, expressão. O método Decroly. A escola ativa. Liberdade de programas.

III

Organização da escola. Divisão em classes. Bases de classificação: idade, conhecimentos, desenvolvimento mental. Critérios para a divisão de classes entre professores. Divisão por classes e por materiais. Número de alunos em cada classe: Retardamento e suas causas. Classes especiais.

IV

Disciplina escolar. Necessidade da disciplina. Fins imediatos e ulteriores da disciplina. A disciplina livre: Rousseau e Pestalozzi. A disciplina autoritária. A disciplina racional: Spencer. Disciplina preventiva; seus elementos. Disciplina mecânica. A tática escolar.

V

Disciplina escolar. Meios disciplinares excitadores. Meios disciplinares coercitivos.

VI

Disciplina escolar. Sistema de self governement. República escolar. Papel do professor no sistema disciplinar.

VII

Metodologia especial. Metodologia dos trabalhos práticos. Objetivo dos trabalhos práticos. Preceitos gerais. Iniciativa, invenção, composição. Correção dos exercícios. O erro e o hábito. A correção dos exercícios e o esforço do aluno para tornar útil a correção. Metodologia do ditado. Utilidade do ditado. O erro do ditado. A escrita sob ditado, como deve ser feita. Nota A – Recapitulação no 2º ano da parte do programa do 1º ano, relativa à metodologia especial. Nota B – Na explicação dos métodos, servirão de base os programas oficiais do ensino primário, que deverão ser estudados, analisados e discutidos em classe. Bibliografia: Dewey – Democracy and education. Dewey – The school and the society. Dewey – The school of To Morrow. Ferrière – L'Ecole active. Ferrière – La pratique de l'école active. Mirick – Progressive education. Thorndike – Psychology of Arithmetic. Thorndike – The new methods in Arithmetic. Dodge and Kirchwey – The teaching of geography in elementary schools. Branon – The teaching of geography. Mc Murray – How to organize the curriculum. Huey Psychology and pedagogy of reading. Merian – Child and the curriculum. Devolvé – La technique éducative. Demoor – et Jonckeere – La Science de l'éducation. Gerard Boon – Essai d'application de la méthode Decroly dans l'enseignement primaire. Dalhem – Contribution à l'introduction de la méthode Decroly à l'école primaire. Decroly et Boon – Vers l'école rénovée. Foerster – L'école et le caractère. Dobbs – Primary handwork. Manoel Bomfim – Pedagogia. Compayré – Cours de Pédagogie. PROGRAMAS PARA AS ESCOLAS DO 1º GRAU PORTUGUÊS Serão continuados no curso de preparatórios (1º e 2º anos) os exercícios de Leitura e recitação (sem declamação), Ortografia, Vocabulário e Redação, iniciados, no curso de adaptação. A estes se juntará o de Composição, e a todos se dará maior desenvolvimento, de modo também que sejam gradativamente mais difíceis. Neste curso, de tempos em tempos, o professor escolherá trechos de prosa e verso, para serem ditos de memória, trechos que deverão ser sempre objeto de comentário prévio. No que concerne à terminologia da análise, convém observar que ela deverá ser reduzida aos seus elementos essenciais. Primeiro ano 1 – Linguagem. Palavra. Sílaba. Letra. Gramática: definição e divisão. 2 – Notações léxicas. Acentos: agudo, circunflexo, nasal; cedilha, apóstrofo, hífen, etc. 3 – Classificação das palavras quanto ao número de sílabas e quanto à tonicidade. Exercícios sobre a decomposição das palavras em sílabas 4 – 4 Grupos vocálicos e consonantais. Exercícios sobre o emprego das letras dobradas e mudas e sobre a partição das palavras. 5 – Alterações fonéticas (as principais). Crase. Lição desenvolvida sobre o emprego da crase. 6 – Palavras simples e compostas, primitivas e derivadas. 7 – Palavras sinônimas, homônimas, parônimas e antônimas. 8 – Palavras variáveis e invariáveis. Substantivo: definição e classificação. 9 – Adjetivo: definição e divisão. 10 – Flexão de gênero do substantivo e do adjetivo qualificativo. 11 – Flexão de número do substantivo e do qualificativo, notadamente dos terminados em ão. 12 – Formação do plural dos nomes compostos. 13 – Flexão de grau dos substantivos. 14 – Flexão de grau dos adjetivos. Formação do comparativo e do superlativo. 15 – Adjetivos determinativos: articulares, possessivos, demonstrativo. Distinção entre as formas este, esse, aquele (e suas variações). 16 – Numerais e indefinidos. Conversão das formas cardinais em ordinais. 17 – Pronome. Noção. Classificação. Pronome pessoal. Exercícios escritos sobre o emprego dos casos retos e dos oblíquos. 18 – Exercícios práticos sobre as regras mais vulgares de colocação dos pronomes. Estudo mais desenvolvido sobre o emprego das formas dos pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos e indefinidos, insistindo particularmente sobre o estudo dos pronomes relativos. 19 – Verbo. Conjugação. Paradigma da 1ª e exercícios sobre os verbos regulares da mesma. 20 – Verbos regulares da 2ª, da 3ª e da 4ª conjugação. Exercícios diários. 21 – O estudo do verbo será objeto de cuidado especial por parte do professor, de maneira que a classe tenha o conhecimento maior possível da matéria. Assim, os verbos auxiliares ter, haver, ser e estar, devem ser estudados minuciosamente. 22 – Exercícios frequentes e prolongados sobre a conjugação dos verbos irregulares, principalmente dos verbos: dar, dizer, fazer, perder, valer, ir, vir, cair, sair, ouvir, pedir, impedir, despedir, ouvir. 23 – Exercícios sobre as irregularidades gráficas e fonéticas dos verbos da 1ª, da 2ª e da 3ª conjugação, especialmente dos terminados em car, çar, ear, gar, guar, iar e oar; ser, ger, guer, gir, uir e uzir. 24 – Conjugação dos verbos na forma negativa e dos verbos pronominais. 25 – Verbos defectivos. Verbos impessoais. 26 – Tempos primitivos. Tempos derivados. Segundo ano 1 – Advérbios. Noção. Divisão. Classificação dos mesmos quanto às circunstâncias que exprimem. 2 – Preposição e conjunção. Exercícios reiterados para distinguir uma da outra. 3 – Interjeição. Locuções adverbiais e conjuncionais. Exercícios. 4 – Concluído o estudo da taxinomia, o professor ditará diariamente frases em que entre sempre a mesma palavra, mas com funções diferentes, a fim de que os alunos, fora do tempo das aulas, escrevam adiante de cada frase as acepções diversas em que esteja empregada a palavra escolhida. 5 – Noção de período e de oração. Ditado de frases em que só haja sujeito e predicado. Distinção entre esses dois termos. Modo prático de conhecê-lo. 6 – Função lógica do verbo. 7 – Verbos de predicação completa e de predicação incompleta. Exercícios em que se mostre praticamente o carácter de um e de outro. 8 – Noção de objeto direto e do indireto. Verbo predicativo. 9 – Adjuntos: predicativo e adverbial. Modificadores do sujeito e do objeto. 10 – Concordância do verbo com o sujeito. Exercícios abundantes e variados sobre o assunto. 11 – Conceito da oração absoluta e dá composta por coordenação. Noção do conectivo. 12 – Estudo das orações subordinadas. Distinção entre estas e as coordenadas, pela natureza dos conectivos. 13 – Colocação dos termos da oração. Casos em que há alteração de sentido e casos em que não há. Exercícios. 14 – Sujeito composto. Sujeito colectivo. Exercícios sobre o modo de fazer a concordância do verbo com esses termos da oração. 15 – Concordância do adjetivo com o substantivo e do predicativo com o sujeito. 16 – Alguns casos de concordância por atração silepse. Exemplificação. 17 – Noções sobre os prefixos e sufixos mais comuns. 18 – Colocação de pronome. Estudo mais desenvolvido, mediante observação, em trechos escritos ou ditados. 19 – Sintaxe do verbo haver e de outros impessoais. 20 – Emprego das formas infinitivas (pessoal e impessoal). 21 – A partícula se. Funções da mesma. 22 – Pontuação. Exercícios abundantes e variados sobre o emprego da vírgula, do ponto e vírgula, etc. ARITMÉTICA 1 – Numeração decimal dos números inteiros: princípios e convenções. Grandezas e sua medida. Números inteiros e fracionários. Números incomensuráveis. A linguagem matemática. 2 – Teoria das quatro operações. Potenciação. Teoremas relativos às operações fundamentais. Exercícios variados sobre cálculo aritmético. Igualdade e desigualdade. Como se pode isolar uma quantidade em uma expressão. Exercícios sobre cálculo mental e cálculo rápido. 3 – Múltiplos de um número. Divisores de um número. Teoria da divisibilidade. Divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11 e 125. Prova dos nove das quatro operações. 4 – Teoria dos números primos e sua aplicação no máximo divisor comum e ao menor múltiplo comum. Exercícios e problemas numerosos e variados. 5 – Frações ordinárias. Transformações e operações sobre frações ordinárias. Definição geral de multiplicação e divisão. Mostrar que, quando o multiplicador é menor do que a unidade, o produto é menor do que o multiplicando, e que, quando o divisor é menor do que a unidade, o quociente é maior do que o dividendo. Cálculo mental e cálculo rápido. 6 – Números decimais. Operações sobre decimais. Transformação de decimais em ordinárias e vice-versa. Decimais periódicas e frações geratrizes. 7 – Revisão do sistema métrico decimal. Numerosos e variados exercícios e problemas sobre área, volume, peso, densidade dos corpos, etc. 8 – Raiz quadrada dos números inteiros. 9 – Teoria das proporções. Grandezas proporcionais: princípio fundamental. Regras de três simples e compostas. Numerosos e variados exercícios e problemas. 10 – Regra de juros simples. Fórmulas. Exercícios e problemas. 11 – Sistema monetário brasileiro. Regra de câmbio. A libra, o dólar, o franco, a lira e o peso. Nota – São aplicáveis às Escolas de primeiro grau as recomendações feitas a propósito das Escolas de segundo grau. GEOGRAFIA Primeiro ano Preliminares Geografia – Sua definição O Universo – A nebulosa primitiva – Estrelas – Constelações, o Cruzeiro do Sul. O sistema solar – Planetas – Satélites – A Lua e suas fases. Eclipses do sol e da lua Cometas Bólidos. A Terra – Utilidade do estudo do globo terrestre – Redondeza da terra – suas consequências – Dimensões – O Elipsóide – Movimentos. Consequência da rotação. A translação ao redor do sol. Obliquidade da eclíptica. Solstícios. Afélio – Periélio. Equinócios. Trópicos. Zonas. Desigualdade dos dias e das noites. Estações. Causas. Orientação – Pontos cardeais. Rosa dos ventos – A bússola. Representação do globo terrestre – Globo – Cartas geográficas. As principais projeções – Escalas – Unidades de extensão e de superfície. Círculos da esfera terrestre – Coordenadas geográficas – Latitude e longitude. Geografia física Elementos que constituem atualmente a Terra. 1 – Atmosfera – 1 Temperatura – Variação anual e variação diurna. Médias gerais – Fatores que a modificam. 2 – Vento – Causas que o determinam – Ventos regulares – Ventos locais típicos – Simum, khamsin, pampeiro, etc. 3 – Chuvas – Causas – Distribuição – Regiões áridas. 4 – Clima – Definição – Fatores cósmicos, energia solar, influência da latitude, da repartição das águas e das terras. Influência das correntes marinhas e da altitude. Estudo comparativo de mapas isotérmicos.

II

Hidrosfera – Caracteres dos oceanos – Níveis – Profundidade, salinidade. Vagas – Marés – Correntes oceânicas. Marés – Abrasão – Lagos – Rios (declive-volume-regimen). Dados comparativos entre os principais rios do mundo. Geleiras – a erosão.

III

Litosfera – Fatores do relevo – Dobramento e falhas, tipos de relevo – Relevos vulcânicos e sedimentários. Tipos de solo – Desertos – Dunas – Formas litorâneas.

IV

Centrosfera – Sua ação modificadora do relevo – Vulcões – Geysers – Sulfataras. Águas termais. Zonas de vegetação – Fauna, característica. Região natural. Geografia das principais potências 1 – Império Britânico. 2 – A França. 3 – A Alemanha. 4 – A Europa Central. 5 – Itália. 6 – As Repúblicas Russas. 7 – A China. 8 – O Império Japonês. 9 – Os Estados Unidos. 10 – A República Argentina. O estudo geográfico destes países obedecerá ao seguinte plano: 1 – Posições – Superfície, Limites. Continente Latitude. Fronteiras. 2 – Feições fisiográficas.

a

Relevo, serras, planaltos, planícies e sua distribuição.

b

Clima.

c

Hidrografia.

d

Vegetação. 3 – População. Raças. Religião. Língua. Dados estatísticos aproximados. Principais cidades, indicando sua posição em relação ao relevo e às águas. Característicos da Capital. 4 – Importância econômica e internacional do país.

a

Agricultura – localizar os principais centros de criação.

b

Indústria.

c

Comércio – Exterior – Viação – Porto.

d

Colônias (se existem). Segundo ano Antropografia Noção de raça – Povos cáucasos, mongólicos, etiópicos. Distribuição geográfica. Línguas – Religiões. Migrações – Causas e consequências. Formas sociais – Fases da civilização. Influências mesológicas sobre o fator humano em geografia:

a

Clima; b) Topografia; c) Águas; d) Produções naturais. Atividade econômica: 1 – Principais culturas do globo.

a

Alimentação: trigo, milho, arroz açúcar, café, cacau, chá, vinha.

b

Indústria: algodão, fumo, linho. 2 – Criação de gado e produtos derivados – carnes, couro, peles, leite, lã. 3 – Indústria.

a

Extrativa: borracha, carvão, ferro, ouro, madeiras.

b

Fabril, etc.: tecelagem, seda, linho, algodão. Tinturaria anil, etc. 4 – Comércio. 5 – Navegação marítima e fluvial. 6 – Navegação aérea. 7 – Viação férrea, estradas de rodagem. Corografia do Brasil Situação geográfica: Aspeto geral, superfície – Pontos Extremos. A posição do Brasil no Continente Sul-Americano – Dados comparativos. Fronteiras terrestres Relevo – Aspectos geológicos – Maciço Atlântico (Serra do Mar, Serra Geral, Mantiqueira) – Maciço Central (Sistema Goiano, Sistema Mato Grossense) – Maciço nortista – Maciço Guianense. Planaltos e planícies. Litoral – Aspectos e relações com o relevo – Mangues, recifes, barreiras, lagoas costeiras, dunas; os sambaquis. Principais acidentes do litoral. Clima – Posição astronômica do Brasil – Latitude e altitude – Distribuição das temperaturas, dos ventos e das chuvas. Tipos de clima; super úmido, semi úmido, de planície e de altitude. Exemplos: Hidrografia – Bacias hidrográficas – O Amazonas (regímen, curso, delta) Rios do nordeste – O São Francisco – O Paraíba do Sul – O Paraná e seus afluentes. Recursos naturais: Mineração – Ouro, ferro, manganês, carvão, pedras preciosas. Vegetação – Zonas principais – Matos e campos, caatingas, pantanais. Produtos do reino animal: População – Esboço etnográfico. Língua – Religiões. Os Estados – Limites, área, população, cidades principais. Organização administrativa – A União e o Estado – O município – Os três poderes: legislativo, executivo, judiciário. Economia nacional – Condições gerais. Agricultura – Produtos tropicais: café, cacau, algodão, açúcar, cereais, milho, trigo, arroz, zonas de produção. Criação de gado – Frigoríficos. Indústrias extrativas – Mineração, borracha, madeira, mate, carnaúba. Indústrias manufatureiras – Fábricas do Brasil. Viação – Navegação e portos – Telégrafo – Finanças Instrução pública. Comércio exterior – Artigos de exportação. NOÇÕES DE CIÊNCIAS NATURAIS 1 – A natureza. O natural e o artificial. Seres animados e inanimados. A necessidade de conhecê-los e como estudá-los. Observação e experimentação. A necessidade da classificação no estudo de ciências naturais. O animal e a planta. Diferenças entre um animal e uma planta. 2 – Os grandes grupos animais. Vertebrados e invertebrados. Caracteres gerais dos vertebrados; sua divisão em mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. 3 – Os mamíferos. O homem: noções de anatomia e psicologia humana. O esqueleto; os músculos; aparelhos respiratório, digestivo, circulatório e de excreção; sistema nervoso; órgãos dos sentidos. 4 – Estudo de um outro mamífero. Seus caracteres exteriores; noções sobre seus principais caracteres anatômicos e fisiológicos. Diferenças e semelhanças com o homem e outros animais. Caracteres gerais dos mamíferos. Sua utilidade. 5 – Aves. Estudar uma ave doméstica do ponto de vista dos seus caracteres exteriores mais salientes e dos costumes. Noções sobre sua organização geral. Aproveitando o conhecimento desses caracteres, filiar outros animais à classe das aves. Estudar as nossas aves mais interessantes, notando os caracteres distintivos do grupo a que pertencem, seus costumes, utilidade, etc. 6 – Noções sumárias sobre os répteis, especialmente sobre os ofídios do Brasil, e os anfíbios. Vital Brasil. Os peixes; estudo sumário dos peixes; sua utilidade. 7 – Artrópodes: a) os insetos: caracteres gerais. Insetos úteis e nocivos; insetos transmissores de moléstias no Brasil; b) Aracnídeos; caracteres. O escorpião. 8 – Moluscos: Fazer um estudo muito sumário desses animais. Vermes; caracteres gerais. Estudar principalmente os que parasitam habitualmente o homem. 9 – As plantas em geral: Sua importância e sua utilidade. O ambiente da planta: solo, atmosfera, luz. As diversas partes de uma planta: raiz, caule, folha. Noções da morfologia e psicologia de cada uma dessas partes; a dependência mútua entre elas. 10 – Os grandes grupos da classificação dos vegetais: Plantas com flor. A flor, o fruto e a semente. Noções sobre a morfologia e fisiologia da flor, do fruto e da semente. Plantas sem flor. Soluções gerais sobre estas; sua utilidade ou nocividade. Bactérias. 11 – Nutrição da planta: digestão, respiração, assimilação clorofiliana. Noções sumárias sobre a reprodução das plantas. Reprodução artificial. 12 – A riqueza da nossa flora: O café, a cana-de-açúcar, os cereais, o algodão; plantas têxteis, oleíferas; árvores frutíferas; árvores das nossas florestas; madeira de lei. 13 – Física. Matéria e corpo: Algumas propriedades da matéria. Mudanças que se operam na matéria: fenômenos físicos e químicos. Molécula; forças moleculares. Os estados da matéria. Caracteres gerais dos sólidos, líquidos e gases. 14 – Noções experimentais de mecânica. Movimento. Forças: Trabalho. Máquinas simples; condições, de seu funcionamento. 15 – Pressões exercidas pelos líquidos: Aplicações. Densidade dos corpos sólidos e líquidos. 16 – Atmosfera: Sua composição e natureza. Pressão atmosférica. Experiências de Torricelli. Barômetros; suas aplicações. 17 – Calor: Quente e frio. Fontes de calor. Observação dos efeitos produzidos pelo calor: dilatação dos sólidos, líquidos e gases. Experiências relativas à dilatação desses corpos. Termômetros. Outras aplicações da dilatação. Irradiação do calor; exemplos e aplicações. Mudanças de estado produzidas pelo calor: fusão, solidificação, vaporização e ebulição. Aplicação de todos esses fenômenos à indústria. 18 – O som: Sua produção; sua propagação através dos corpos. Velocidade do som no ar. Eco. Música. 19 – Propagação da luz. Sombra. Velocidade da luz; compará-la com a do som. Fenômenos de reflexão e refração. Espectro solar; arco-íris; cores dos corpos. Noções sobre os espelhos planos e lentes. 20 – Noções sobre magnetismo e eletricidade: Aplicações. 21 – Química. Corpos simples e corpos compostos: Átomo. Afinidade. Mistura e combinação. Noções de nomenclatura. Metais e metaloides; seus símbolos. Corpos orgânicos e inorgânicos. 22 – A água e o ar. A água: seu estado natural e algumas propriedades. Decomposição da água em oxigênio e hidrogênio. Principais propriedades destes dois elementos. Águas potáveis; águas duras; águas minerais. O ar: Os elementos que entram na sua composição; propriedades de cada um deles. Corpos contidos no ar. Ar confinado. Algumas propriedades do ar. 23 – Oxigênio e combustão: Carbono; óxido de carbono ou anidrido carbônico. 24 – Noções sumárias sobre o estado natural, extração, propriedades e usos dos seguintes metais: ferro, manganês, ouro, cobre, chumbo, zinco, alumínio e platina. Estado natural e propriedades físicas, extração e uso dos seguintes minerais: quartzo, granito, mármore, grafite, carvão de pedra, sal comum, argila, cal e pedras preciosas. 25 – Noções de geologia: Constituição do globo terrestre; crosta e núcleo central. Rochas, suas principais espécies. Noções sobre classificação de terrenos. Fósseis. Fenômenos atuais; ação da atmosfera e da água sobre a crosta terrestre. Tremores de terra. Vulcões. Observações: estudo deste programa deve ser fundado em trabalhos práticos. A propósito da história natural, deverão os alunos fazer observações de animais e plantas, relatando o observado em monografias orais ou escritas; fazendo desenhos, coloridos ou não, esquemas, etc. As excursões são indispensáveis. A física e a química devem ser estudadas no laboratório, experimentalmente. Problemas e aplicações devem ser propostos ou sugeridos pelo professor. Bibliografia: E. Aubert – Histoire Naturelle, élémentaire. Garcia Redondo e Rodolfo Teófilo – Botânica elementar. Washburne – Common Science. Fall – Science for beginners. Waldomiro Potsch – História Natural. Ganot – Física elementar. NOÇÕES DE PSICOLOGIA INFANTIL E HIGIENE I A psicologia em geral e a psicologia da criança em particular. Definição. Métodos de estudo. Pedologia, pedotécnica, pedagogia e higiene escolar. II Pedagogia e higiene. Educação física e educação moral. A evolução física e a evolução psíquica da criança. A saúde e seus fatores. As doenças e suas causas. III Influência do meio sobre a saúde. Influências do clima, do solo, da água, do ar e da luz. Higiene individual, higiene da habitação e higiene da escola. IV Os fenômenos psíquicos e o sistema nervoso. Sistema nervoso em geral. Sistema nervoso da vida de relação e sistema nervoso da vida vegetativa. Anatomia, estrutura e psicologia gerais. V O cérebro e a inteligência. A atividade cerebral, a fadiga, o repouso e o sono. A fadiga física e a fadiga intelectual. Higiene do trabalho físico e do trabalho intelectual. VI Os órgãos dos sentidos e as sensações. Higiene do ouvido, higiene da vista, higiene da boca e higiene do nariz. VII A vida psíquica da criança, seus elementos e suas elaborações: a excitação e o movimento; as sensações e as percepções; as imagens e a imaginação; a efetividade; a vontade; a atenção; a memória; o juízo e raciocínio; a inteligência; a personalidade e o carácter. VIII A imaginação. A percepção, a imagem e a ideia. Natureza e carácter das imagens. As diversas classes de imagens. As associações de imagens e de ideias. As formas de associação. IX A afetividade. Os tons afetivos: a dor e o prazer; o agradável e o desagradável. As emoções: a alegria, a tristeza, a cólera, o medo. Os sentimentos. As necessidades e tendências, os desejos e interesses. X A vontade e seus fatores. O automatismo psíquico: impulsividade, negativismo e sugestibilidade. A vontade, o hábito e o automatismo. A atenção. A atenção espontânea e a atenção voluntária. A atenção e afetividade. XI A memória. Qualidades da memória. As lembranças. O reconhecimento. O esquecimento. A memória e o hábito. A memória e a afetividade. XII Juízo e raciocínio. A elaboração do juízo. Abstração e generalização. Dedução e indução. XIII O pensamento consciente e o pensamento inconsciente. A elaboração do pensamento. A imaginação, a inspiração e a invenção. XIV A exteriorização do pensamento. O grito, o gesto, o riso e as lágrimas. A linguagem. Higiene da fonação. XV A atividade da criança. Os jogos infantis. Os brinquedos. Os jogos educativos. Os jogos sob o ponto de vista higiênico. XVI A inteligência. As formas de inteligência. Os tipos intelectuais de crianças. A higiene da inteligência. A medida da inteligência. Os testes da inteligência. XVII A personalidade e o caráter. A personalidade e o eu. O caráter e seus fatores. Caráter hereditário e caráter adquirido. XVIII As crianças anormais: crianças supranormais e crianças subnormais. Classificação das subnormais. XIX A saúde do corpo e as funções psíquicas. A saúde e as doenças. As causas das doenças: os agentes mecânicos, os agentes físicos, os agentes químicos e os agentes patogênicos vivos. XX Os parasitos patogênicos: os macroparasitas e os microparasitas. Os principais macroparasitas. As tênias, os ascarídeos, os oxiúros, os ancilóstomos, os carrapatos, os piolhos, os percevejos, o barbeiro, as pulgas, o bicho-de-pé, as moscas e os mosquitos. XXI As verminoses intestinais, a ancilostomíase em particular. Suas consequências sobre a saúde. XXII Os micróbios patogênicos. O contágio, a infecção e as doenças infecciosas. Defesa do organismo. Imunidade e imunização. As doenças transmissíveis e seus meios de disseminação. Maneiras de evitá-las. XXIII Noções sucintas sobre a etiologia, a sintomatologia e a profilaxia do cólera, febres tifoide e paratifoides, disenterias, influenza, coqueluche, difteria, caxumba, febres eruptivas, varíola, meningite epidêmica. Tuberculose, lepra, peste, carbúnculo, tétano, tracoma, febre amarela, impaludismo e raiva. XXIV As doenças causadas pelos vícios intoxicantes: o fumo, o álcool, o ópio, o éter, a cocaína, etc. Suas consequências sobre a saúde em geral e sobre a inteligência e o caráter em particular. XXV A higiene individual. Higiene do corpo e do vestuário. Higiene da pele e do couro cabeludo. Higiene da vista. Higiene dos ouvidos. Higiene da boca, dos dentes e da garganta. Higiene da respiração. Higiene da alimentação. XXVI A higiene da habitação, dos campos e das cidades. Ventilação: Iluminação. Distribuição de águas e de esgotos. Asseio das habitações. XXVII A higiene da escola. O edifício escolar. A sala de aula. O mobiliário e o material escolar. A higiene do escolar. A educação física. Exercícios de desenvolvimento e exercícios de aplicação. Exercícios corretivos. METODOLOGIA

I

Metodologia geral: Importância do método. Princípios fundamentais do método. Formas de ensino: expositiva, interrogativa. A arte de interrogar. A arte de sugerir e provocar a descoberta. O método intuitivo. Os métodos ativos. Nota: Estabelecer as conexões entre a psicologia e a metodologia.

II

Instrumentos de aquisição e de elaboração das noções. Sensações e percepções. Educação das sensações e percepções; jogos sensoriais motores. Abstração e generalização. Formas e graus. Processo de transmissão das ideias gerais. Raciocínio. Raciocinar e pensar. Processos de raciocínio. Imaginação. Seu papel na aquisição de conhecimentos. A imaginação na criança: o seu mundo interior e os interesses que o constituem. A memória, suas condições e seus limites na aquisição dos conhecimentos. Cultura da memória e memorização. A atenção. Suas formas e processos. O papel do interesse como fator da atenção e da memória. O interesse e o esforço.

III

Metodologia especial: A linguagem. Defeitos e sua correção. Metodologia da leitura e da escrita. A cultura da linguagem não se processa apenas no ensino, na língua pátria, mas constitui objeto de todos os ramos do ensino. Exercícios especiais de linguagem. Ortografia e redação. Vocabulário. Gramática.

IV

Metodologia da aritmética: Utilidade prática da aritmética. Gosto da criança pelo cálculo. Raciocínio aritmético. Problemas e sua solução. Meios concretos de ensinar a aritmética. Conhecimento da significação de uma fração: Aprendizagem dos processos de cálculo. A importância da formação de hábitos. Raciocínio em aritmética considerado como cooperação de hábitos organizados. Interesse em aritmética. Condições da aprendizagem da aritmética. Condições externas à higiene dos olhos, o uso de objetos concretos, aritmética oral, mental e escrita.

V

Metodologia da geografia: Importância da matéria. Interpretação dos fatos geográficos. Métodos gerais aplicáveis ao ensino da geografia. Processos de ensino. Valor das projeções luminosas, mapas, croquis, leituras, excursões, viagens. Estudo do ambiente geográfico. Estudo dos países: seleção de fatos e de aspectos. Os valores relativos. Geografia física astronômica. Observação pelos alunos. Uso dos textos.

VI

Metodologia da história: Importância da matéria. Valores educativos na história. Associação da geografia ao estudo da história. Biografias e seu valor educativo.

VII

Metodologia dos trabalhos manuais: Finalidade deste ensino. Ensinos que se compreendem sob essa denominação. Valor do dobramento, da cartonagem, do modelado, do slojs, etc. A iniciativa da criança e a sua fantasia nos trabalhos manuais.

VIII

Metodologia da música e do canto: Valor deste ensino na escola primária. Condições que devem reunir os cantos. Canções. Maneiras de corrigir as imperfeições de voz das crianças. As audições.

IX

Metodologia dos exercícios físicos. Os exercícios e a cultura física. Exercícios livres e sistematizados. Graduação dos exercícios pelas distintas classes. Exercícios para meninos e para meninas. Os jogos. Os desportos e as praças de jogos.

X

Metodologia das ciências naturais: Importância deste estudo e sua função educativa. Como devem ser organizados e executados os programas. Métodos de ensino das ciências naturais. A observação pelas crianças. Os centros de interesse.

XI

Metodologia das lições de causas. Importância das lições de coisas. Seu caráter educativo. Unidade do objeto mental. Os centros de interesse e a organização das noções de coisas.


Francisco Campos ANEXO: Observação: A imagem do Anexo está disponível em: https://mediaserver.almg.gov.br/acervo/162/942/2162942.pdf

Decreto Estadual de Minas Gerais nº 8.225 de 11 de fevereiro de 1928